20 de dezembro de 2013

Capítulo Sete

“Quem vai me abraçar, me compreender, me consolar? Quem vai me querer? Quem vai saber me perdoar? E quando tantas tardes gelam, quem vai me esquentar? Eu sei que é você e a todo instante vai me amar.” Até o Fim, Rosa de Saron.


Pelos raios de sol que invadiam minha janela eu já poderia prever que aquele domingo prometia ser um dia lindo. Levantei de bom humor e depois de um banho desci para o café da manhã. Como era de se esperar, meus pais já estavam sentados a mesa.
- Bom dia! – disse em tom cantarolado.
- Bom dia, princesa. – meu pai disse.
- Bom dia, querida. Parece feliz! – minha mãe comentou sorrindo. – Alguma novidade?
- Nossa, você deve ser algum tipo de adivinha né? – eu disse enquanto me servia de um pouco de suco. – Tenho uma novidade sim.
- E qual seria? – meu pai perguntou desviando sua atenção do jornal para mim.
- Bom, como deve ser do conhecimento de vocês, Maurício marcou a data do nosso casamento. – fiz uma pausa para ler a reação dos dois, mas nada de incomum aconteceu.  – Tendo em vista isso, decidi que devo começar os preparativos como por exemplo: o vestido, coquetel, salão de festas, decorações e todas essas coisas...
- Isso é muito bom! – meu pai disse sorrindo. – Sabe que faço gosto desse relacionamento.
- Mãe? – minha mãe estava estática e olhava o nada a sua frente. 
- Eu... Me desculpe. – ela disse e saiu da mesa.
Olhei para o meu pai com um grande ponto de interrogação imaginário na cara. Ele maneou com a mão como quem diz “Não ligue para ela.”. E quando fiz menção de ir atrás dela ele segurou meu braço.
- Tenho que saber o que a deixou assim. – disse aflita e soltei meu braço suavemente. Sorri para meu pai e depois de depositar um beijo em sua face, subi ao encontro de minha mãe.
Dona Débora estava sentada em uma poltrona que ficava próxima a grande janela panorâmica do quarto que ela dividia com meu pai. Vi de relance que ela segurava fortemente alguma coisa entre as mãos, mas não soube identificar o que era de fato. Aproximei-me devagar e toquei seu ombro ao que ela deu um leve pulo de susto. Quando seu rosto virou para mim, notei algumas lágrimas em seus olhos.
- Mãe... O que aconteceu? – perguntei em um quase sussurro.
- Tá tudo bem, eu só... – ela pegou em meu rosto, fazendo o contorno e sorriu pra mim. – Sabe, quando eu soube que estava esperando você, eu fiquei tão feliz! Sempre quis ser mãe... E quando soube que era uma menina foi como se nada mais pudesse ficar melhor, mas eu me enganei... Porque aí nasceu você e tudo que já era bom, ficou perfeito!
Eu sorria encantada com o que ela estava dizendo. Sempre que via as fotografias da gravidez da minha mãe percebia como era nítido o quanto ela já me amava, mesmo dentro do ventre.
- Eu carreguei você por nove meses dentro de mim e por mais um ano você dependeu de mim pra se alimentar... – continuou ela. – E pelos anos que se seguiram, eu me sentia especial em saber que era a mim que você recorria sempre que precisava de ajuda, de conselhos... Eu era seu porto seguro. – ela fez uma pausa pra controlar o choro que se formava. – E agora... Estão tirando isso de mim!
- Mãe, ninguém está me tirando de você... – eu disse enquanto secava as lágrimas que lhe percorriam a face.
- Estão sim! Logo você estará casada e terá sua própria família, seus próprios filhos e se esquecerá de mim... Velha e sem utilidade! – dramatizou minha mãe.
- E a quem você acha que eu vou recorrer quando estiver desorientada? Pelo amor de Deus, mãe eu estou morrendo de medo de fracassar! – disse sorrindo, porém apreensiva. – E se eu não for uma boa esposa? Uma boa mãe? E se eu errar em tudo? E se eu não for como você?
- Ah, por favor, não queira ser como eu. – ela disse firme.
-Porque não? Você é uma excelente dona de casa, uma dama da sociedade, uma mãe incrível! – disse com veemência. – Lógico que minha intenção é ser como você! E sabe de uma coisa? Mesmo estando casada, com filhos, será no seu colo que eu virei buscar conforto, carinho, paz... Porque eu sei que você sempre estará aqui por mim.
- Me perdoa filha! – ela disse e caiu em prantos. – Por favor, me perdoa!
- Porque está pedindo perdão? – eu disse sem entender. – Se for por estar chorando, nem precisa... Acho que estaria do mesmo jeito se estivesse em seu lugar.
- Apenas saiba, que sempre fiz o meu melhor por você. – ela disse enquanto segurava meu rosto com firmeza. – E se eu errei foi por que... Eu sou humana... E não sou perfeita, ao contrário do que você pensa.
- Tá tudo bem, mãe... – disse tentando tranquilizá-la. – Vamos descer agora? O dia está lindo...
- Vamos sim. – ela respondeu sorrindo um pouco. – Deixe-me apenas dar um jeito nesses olhos inchados.
Minha mãe levantou e foi em direção ao banheiro, deixando cair no chão o que presumi ser o que ela segurava quando cheguei. Ao pegar o papel retangular, percebi ser uma foto. Uma foto minha com Maurício.
Depois de alguns minutos descemos de volta para a sala de refeições. Meu pai falava ao celular com alguém, porém desligou assim que nos aproximamos e sorriu ao nos ver juntas.
- Vejo que está tudo bem agora. – disse com seu tom diplomático.
- Só tive uma crise... – minha mãe disse indo abraçá-lo. – Afinal, nossa única filha irá se casar.
- Eu sei... Mas temos que agradecer que ela ao menos soube escolher bem com que vai dividir a vida. – meu pai foi enfático. – Nos dias de hoje, tá cada vez mais difícil confiar na índole dos seres humanos.
Naquele momento eu não sabia, mas meu pai tinha acabado de dizer uma das maiores verdades da vida.
O resto do dia correu tranquilo. Vi um filme romântico com minha mãe, depois, enquanto ela ia ao salão, ajudei meu pai com alguns processos no escritório enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias. Mais tarde, lá pras cinco, seis da horas, recebi um telefonema de Maurício. Entre outras coisas, queria saber como estava, como tinha sido meu dia e que não poderia ir ao meu encontro hoje, pois ficaria preso no trabalho mais uma vez. Eu já estava acostumada com isso e tinha plena consciência de que não mudaria depois do casamento.
Conversei um pouco com Angel pela internet e ela me mostrou a foto do novo carinha com quem ela estava ficando. Até que era bonito, mas definitivamente, não fazia meu tipo. Era um cara malhado demais e com cara de quem usava mais creme que eu e ela juntas. Não que eu tenha preconceito com homens assim, mas metrossexuais não são minha praia.  
Ao fim da noite, lá quase onze horas, meu celular tocou. No visor o nome de Joe piscava e a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi: Como o número dele foi parar na minha agenda?
- Alô. – eu atendi já rindo.
- Antes que me pergunte, eu peguei seu celular e coloquei meu número nele e liguei pra mim do seu celular pra gravar seu número também. – ele disse sempre com aquele ar confiante. – Só no caso de você precisar de mim.
Eu ri da pretensão dele, mas antes que pudesse responder ele foi logo acrescentando.
- Você é pior melhor amiga do mundo! – ele disse fingindo raiva na voz.
- Nossa, desde quando sou sua melhor amiga? – provoquei.
- Desde quando você é minha única opção por hora... – ela disse debochado como sempre.
- Ai, assim você me magoa. – eu fingi certa indignação na voz.
- Sabe, você devia ter ligado e perguntado se eu consegui o trabalho na agência onde eu fui fazer entrevista. Lembra? – ele quase não respirou durante a frase.
- Caramba! É verdade... Desculpa mesmo eu esqueci. – respondi verdadeiramente culpada. Ele havia me perturbado durante o sábado inteiro contando sobre isso e gastando toda a sua ansiedade comigo.
- Pois é... Pra sua informação eu fui aceito e começo a trabalhar amanhã.
- Isso é incrível, Joe, parabéns! – disse genuinamente feliz.
- Eu sei, sou demais! Eles não conseguiram resistir ao meu talento incontestável, sem mencionar meu charme...
Eu explodi em uma gargalhada saída do meu âmago ao ouvi-lo dizer isso.
- Ai Joe, você tem certeza que está na profissão certa. Acho que você leva jeito pra comediante.
- Olha aqui bonequinha de porcelana francesa, vai ver se eu tô na esquina! – ele disse rindo.
- Como vamos comemorar? – perguntei
- Isso eu deixo por sua conta, afinal, não preciso lembrar que não conheço quase nada por aqui. – respondeu calmamente.
- Pode deixar, vou falar com Maurício e combinamos alguma coisa. – eu disse e me dei conta que roía as unhas.
- Vou ficar segurando vela? – sua voz tinha um pouco de indignação, mas não tinha o tom divertido de costume.
- Bom, eu posso levar uma amiga pra te apresentar. – disse sorrindo, mas por algum motivo me arrependi logo depois.
- Não tô interessado. – Joe respondeu seco.
- Nossa... Por que falou assim?
- Por que se eu quiser conhecer alguém, pode deixar que mesmo procuro. – a irritação estava cada vez mais presente n sua voz. – E quer saber, não quero mais comemorar nada!
E a ligação foi finalizada antes que eu pudesse sequer perguntar o que estava acontecendo.



Continua...


n/a: Oie! :D Bem, quero informar que esse é o último capítulo onde tudo está um mar de rosas... As turbulências vão começar e se eu fosse vocês apertaria o cinto, porque já no próximo capítulo o impacto vai forte! u.u Espero que tenham gostado desse capítulo e repito, tudo irpa se encaixar e eu já até prevejo vocês fazendo um "Aaaah, tá!" enquanto leem! kkk Enfim, comentem amores e acho que segunda eu posto o capítulo bombástico! :D Beijos e até a próxima! :****



6 comentários:

  1. tpw, to amando!!
    só segunda??? sacanagem isso, faz tento tempo que não posta, por que nao faz uma boa ação e poste uma mini maratona esse fds ??? heheheh

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  2. Véééi...
    Que capitulo perfeito...
    Oint..A mãe da Dem é muito fofaaaaaa...\o/
    E cara...Joey ficou muito bravo? Porque? Me explica isso ai..u.u
    Ham...Muito feio isso, Sammy..
    Ficar falando que a Dem vai quebrar a cara e me deixar curiosa..u.u
    RUM...
    hahaha
    Posta Logooo..u.u
    Beijoo
    <3

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  3. Hey Diva <3
    vish...to achando que tem um segredo no ar ai....~e tem a ver com a mãe da demi~ (eu acho kk´k)
    To imaginando muitas coisas na minha cabeça. ~lê super curiosa~
    Joe ficou com ciúmes,porque a demi citou o
    nome do Maurício... kkkkk´k
    To aqui ansiosa para saber sobre o próximo
    capítulo...mal posso esperaar para chegar
    segundaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
    não demore...
    beijoss

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  4. Eu nao sei mas acho que esse trabalho do Mauricio nao é bem trabalho kkkkk
    To zuando, como voce ouza fazer uma briga entre Jemi como?
    Serio, mas o capitulo ta perfeito, como sempre eu so nao curti essa discussao de Jemi, acho que voce nao entendeu muito bem, eu pedi Jemi, mas eu nao queria brigas, serio U.u
    essa parte da mae da Demi chorar por causa do casamento dela, vai acontecer igual quando eu me casar (o que vai demorar muito mas oks)
    Eu to tipo assim segunda me possua sua linda kkkk
    Emfim, ameiiiiii
    Te amo
    Beijooos

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  5. Meu amor, hoje o comentário tá pequeno porque eu tenho uma festa e nossa, tá complicada essa semana, mas eu amei com todas as minhas forças e amei saber que muitos capítulos vem por aí ogbfvripdsbvpo e que segunda nbcfoeibego você vai postar um bombástico *o* tô louca pelo momento onde eu vou falar "Aaaah, tá!" ncoergfbv aaaaaaa posta logo <3 <3
    mil beijos
    te amo,
    Brubs <3

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  6. Hey *-*
    a sumida resovel aparecer kkkk bom so pra constar o pq de eu ñ ta comentando muito é pq final de ano e eu to engachada em festas e preparativos essas baboseiras assim ok?! mas vou tentar continuar comentando hehehe'
    Bom o capitulo ficou Perfeito *-*
    Esse momento mãe e filha foi lindo necessito de mais
    Agora a porra vai ficar seria entre ela e o Joe uiii prevendo mil tretas mano
    Posta logooooo
    Beijos!!!

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Comentem, lindas e façam uma autora feliz! :D