28 de abril de 2013

Selinho Divo *-*

Gente, como eu AMEI ganhar esse selinho! *-*
Primeiro porque ganhei da Thaly, que eu amo demais!! <33 (blog: Just a girl)
Segundo porque achei o selinho DIVO demaaaais!!! Tô encantada! :DD



Vamos às perguntinhas:

1 - Sonho?

Tenho tantos... Mas acho que, no momento, o maior dele é conseguir terminar minha faculdade e montar meu consultório e tals... u.u 

2 - Medo?

Passar de certos limites, quando não consigo ter o controle sobre mim. Tenho medo de repetir erros que podem ser fatais! D: 

3 - Tem amigas virtuais?

Tenho :) Converso com muita gente, por causa do blog e dos fandoms aos quais pertenço, mas, com certeza, as que posso considerar amigas de verdade, só tenho duas, Thaly e Brubs *-* 

4 - Tem namorado?

Sim.

5 - Rock ou Pop?

Depende do rock... Depende do pop... u.u

6 - Felicidade?

Estar com quem amo, apenas...

7 - Música?

Ultimamente, graças a minha irmã (@S2TheWanted), tenho escutado bastante Duality do Slipknot e Vermillion ( part 1 e part 2) também deles *-* #SuperAmo 


Repassando:

Just a girl - Thaly, devolvedo, amor! Muito obrigada! <33
Oh, you should be jealous - Brubs, sempre né?! kk <33
Jemi Lovely - acho top esse blog! ;)
Your Biggest Fan - Nise e Carol, divas! *-* #amo




Daqui a pouco volto com o capítulo! <3
Amo vocês, lindas! :D






22 de abril de 2013

Capítulo 5 – Outro ponto de vista.

* Esse capítulo será narrado em Terceira Pessoa, mas depois tudo volta ao normal. :)

***

Miley estava sentada em um dos bancos da escola, praticamente vazia àquela hora, mas ela preferia assim. Chegar mais cedo no colégio dava a ela a liberdade de pensar, sem seus pais, sem Demi e sem Nick... Não que ela desgostasse dessas pessoas, mas ter tempo para si e seus próprios pensamentos sempre lhe fazia bem. Entretida com alguns desenhos sem nexos que fazia em seu caderno, nem percebeu a aproximação de um certo alguém.

- Oi... – a voz cumprimentou.
- Oi...  – Miley respondeu mecanicamente, sem nem parar pra reconhecer a voz.
- Posso me sentar aqui? – o dono da voz insistiu e só então My ergueu a cabeça pra ver quem era. Se ela soubesse que tal ação a faria perder completamente a sensação de que estava pisando em terra firme, talvez tivesse se preparado melhor.
- Cla...Claro, Liam. – ela disse, fechando o caderno e se sentando melhor no banco. 
- O que faz aqui tão cedo? – Liam perguntou, com um sorriso tímido.
- Pensando... Apenas... – Miley respondeu colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
- Hm... E você costuma fazer isso sempre? – o garoto continuou a perguntar.
- Sempre que posso... Hoje, por exemplo, consegui vir antes que meu irmão acordasse... Sabe, ele ficou a madrugada toda lendo um livro sobre os Beatles que uma certa pessoa emprestou a ele.  – ela respondeu rindo de leve no fim.  Liam riu junto, mais pelo encantamento com o sorriso da garota do que pelo o que ela havia dito. 
- Bom, pelo menos consegui acertar em alguma coisa... Será que ele me odeia menos agora? – o garoto perguntou em tom de brincadeira, mas querendo, de fato, saber se tinha conseguido agradar. 
- O Nick não odeia ninguém. – My respondeu de prontidão, enfatizando sua resposta com um aceno de negação com a cabeça. – Ele só tenta defender as pessoas que gosta. A Demi é muito importante pra ele, pra mim também, mas pro Nick é como se ninguém pudesse tocá-la, como se ela fosse algo precioso demais sabe?!
- Você tem ciúmes disso? Afinal, ele é SEU irmão não é?! – Liam perguntou erguendo as sobrancelhas.
- Não! De jeito nenhum... – My respondeu rindo. – Ele também é bem ciumento comigo, mas entendo completamente essa preocupação com a Demi, você sabe... Por tudo o que aconteceu...

Miley mordeu o lábio inferior, incerta se havia feito mal em pôr aquele assunto na mesa ou não. Ela sabia o quanto aquilo era delicado de se falar. Cada um tinha um ponto de vista, cada um achava que estava certo e ela, óbvio, sempre estaria do lado da amiga, mas não tinha tanta certeza se Liam compartilhava da mesma opinião que ela. 

- Sei bem do que você está falando, deve ter sido difícil pra Demi passar por tudo aquilo... – Liam disse, com certo pesar na voz. – Se eu pudesse voltar no tempo...
- Mas não pode... – My respondeu, com a voz triste e baixa. – Não se pode mudar o passado, mas pode tentar fazer diferente agora...
- Eu estou tentando, My... Juro que estou. – o olhar que Liam lançou para Miley, misturava súplica e arrependimento.

A garota analisou a expressão de pesar do Liam e, nem que quisesse, conseguiria duvidar da veracidade daquele sentimento. Era como se ela pudesse sentir o tamanho da culpa que ele carregava por ter sido omisso por tanto tempo, por ter deixado com que sua amiga passasse por coisas que talvez não merecesse. Miley teve certeza naquele momento que Liam falava a verdade e que estava disposto a mudar.

- Eu sei disso. – a garota afirmou com um sorriso sincero e segurou a mão do garoto em demonstração de apoio.
- Foi bem difícil pra mim também... Confesso que cheguei a compartilhar da mesma ideia que Kevin, mas depois vi que estava sendo cego e rígido demais com alguém que estava sofrendo tanto ou mais que eu... Demi não merecia isso... - Liam falava baixo, como se estivesse envergonhado pelo o que havia feito.
- A Demi sofre até hoje.  – My disse, soltando um suspiro pesado ao final da frase. – Todos os dias eu peço com todas as minhas forças pra que ela supere isso, mas sempre acontece alguma coisa que a faz voltar a estaca zero... 
- Ela vai superar! Passar por tudo o que ela passou e ainda assim estudar no mesmo colégio é prova suficiente de que ela é mais forte do que nós imaginamos. Tenho certeza que em breve teremos aquela Demi de antes de volta... – Liam disse sorrindo e agora que apertava a mão da garota era ele.
- Bem, aquela Demi eu não sei se teremos de volta, mas... Uma Demi sorridente isso com toda a certeza, olha ali! – Miley disse e fez um aceno com a cabeça em direção a entrada da escola.

Liam desviou o olhar para aquela direção e viu Demi caminhar até eles com um sorriso tímido, porém bastante significativo pra quem a conhecia. Alguma coisa muito boa havia acontecido com ela e essa possibilidade fez sorrisos brotarem nos lábios de Liam e Miley.

- Oi! – Demi exclamou assim que se aproximou. – Atrapalho?
- Claro que não boba... – Miley disse, soltando a mão de Liam que sorriu tímido ao mesmo tempo em que abaixou a cabeça pra fitar o chão.
- Bom... Não quero ser estraga prazeres nem nada, mas... Liam, eu preciso DEMAIS conversar com a minha amiga, será que você me emprestaria ela um minutinho? – Demi disse fazendo uma carinha fofa, arrancando risos de Liam.
- Me sinto um objeto desse jeito, Demi... Que você pede emprestado e devolve quando quer... – My disse cruzando os braços fingindo uma expressão de ofendida.
- Bom, independente disso, vou deixá-las a sós... – Liam disse rindo e virando-se para Miley disse – Adorei a conversa, precisamos tê-la mais vezes.
- Eu também gostei. – My respondeu timidamente sentindo as bochechas corarem.

Liam se levantou, despediu-se das meninas e caminhou em direção ao corredor principal da escola, sendo acompanhado pelo olhar vidrado de Miley. Demi não precisaria ser nenhuma adivinha pra saber o que se passava ali.

- O que foi isso? – Demi perguntou, fazendo a amiga dar um salto com o susto e levar a mão ao peito.
- Deus! Como você faz isso comigo? – My perguntou com os olhos fechados ainda tentando se recuperar. Demi, por sua vez, gargalhava sem parar da amiga.
- Tenho culpa se você estava aí toda hipnotizada pelo andar do senhor Hemsworth? – ela disse, tentando se controlar da crise de riso.
- Não estava nada... – Miley disse fazendo cara de desentendida.
- Claro que não estava! E eu sou a Barbie... - Demi disse ironicamente.
- Sabe... Olhando assim até que lembra. – Miley disse os olhos apertados e a mão no queixo.
- Ah, cala a boca! – Demi disse rindo.
- Mas, então... Pode ir me contado o motivo desse bom humor matinal totalmente atípico. – Miley disse tentando fazer com que a conversa mudasse de rumo. Com sucesso.
- Sabe o aluno novo? - Demi perguntou à amiga. 
- Sei, o Joe. - Miley respondeu naturalmente.
- Isso. Não lembro se cheguei a comentar com você, mas eu emprestei meu caderno pra ele. - Demi seguiu contando os fatos. 
- Lembro vagamente de Nick ter mencionado algo do tipo, mas e daí, também emprestei meu caderno pra ele... - My disse dando de ombros. 
- Acontece, querida amiga, que eu duvido que ele tenha ligado pra você e também tenho certeza que não foi com você que ele passou a tarde tomando sorvete e conversando... - Demi disse com um ar superior e sorridente.

Miley apenas conseguiu abrir a boca em um "Oh!" mudo como se o que ela acabara de escutar fosse a coisa mais improvável do mundo. Se não fosse a própria Demi quem estivesse contado ela jamais acreditaria. 

- Fala alguma coisa. - Demi pediu aflita quando o silêncio da amiga já se prolongava por segundos a fio.
- Desculpa... É que... Nossa! - My exclamou ainda surpresa.
- Bem, isso não quer dizer nada, ok?! - Demi disse gesticulando com as mãos. - Apenas saímos como amigos...
- Mesmo assim, amiga! Há quanto tempo que você não sai com outra pessoa se não eu o meu irmão? Isso é um grande progresso! 

Miley, aos poucos, deixava o sentimento de felicidade pela amiga tomar conta de si. Era muito bom ver que Demi estava começando a abrir seu coração novamente. Por mais que tudo entre ela e o aluno novo ficasse apenas na amizade, nada mudaria o fato de que ela estava se dando uma nova chance. 

- Eu tô feliz por você amiga! – My disse abrindo um sorriso sincero.
- E o que aconteceu pra você estar feliz por ela? – a chegada repentina de Nick assustou as meninas, fazendo-as pularem de leve e levarem as mãos ao peito.
- Nossa! Hoje estão querendo me matar do coração mesmo... – Miley disse olhando com cara feia para o irmão.
- Para de ser dramática... – Nick disse enquanto sentava-se entre as duas. Forçadamente. – E então, do que estavam falando?
- Nada... Bobagens... – Demi se apressou em responder.
- E que bobagens são essas que fizeram a My ficar feliz por você? – Nick insistiu.
- Ai, Deus! Como você é intrometido! – My exclamou. – Não vê que é assunto de garotas?
- Sei... – Nick disse, ainda desconfiado. Principalmente pelo fato de Demi estar tão concentrada olhando para a entrada principal do colégio. – Esperando alguém?
- Quem? Eu? – Demi perguntou meio desorientada.
- É, você não tira o olho do portão... – Nick disse, cruzando os braços.
- Claro que não... – Demi respondeu dando um risinho nervoso. – Aliás, estou sim. O aluno novo com meu caderno, vou precisar dele hoje. Será que ele não vem pra aula?
- Nós não temos Geografia hoje, Demi... – Nick disse apertando os olhos.
- Não temos? – Demi começava a ficar nervosa com aquilo. – Ai, Nick! Você está um chato hoje! Que foi, incorporou o Sherlock Holmes enquanto dormia?

Nick até abriu a boca para responder, mas o sinal não deixou. Os alunos começaram a caminhar em direção as suas salas. Demi olhava em todas as direções, cuidadosamente, mas nem sinal. Joe não estava ali. Sentiu-se triste com a constatação e logo depois curiosa. Porque um aluno novo faltaria no segundo dia de aula? 

Mas a dúvida nem teve tempo de criar raízes, pois, antes de Demi entrar em sua sala, lançou um último olhar para o corredor e avistou Joe correndo. Sem querer um sorriso brotou nos lábios da garota, singelo demais para ser notado por qualquer outro aluno. Exceto Nick. 

- Atrasado, Jonas? – Nick perguntou assim que o garoto se aproximou.
- É, tive que visitar meu irmão. – Joe respondeu, ainda ofegante.
- Mas... Você disse que seu irmão não mora mais aqui... - Demi disse com o cenho franzido, transparecendo confusão.
- E não mora. Não na cidade, exatamente... - Joe disse, meio desconfortável.
- E você pegou a estrada no meio da semana? Não podia ter deixado para o sábado ou para o domingo? – Nick, insistiu.
- Nick! – Demi repreendeu – Isso tá ficando chato! Parece que estamos interrogando o garoto, como um criminoso.
- Não tem problema, Demi. – Joe disse sorrindo amarelo e passado a mão na nuca, um tanto desconfortável com assunto – E respondendo a sua pergunta, Nick, não, meu irmão não podia esperar. 

Nick calou-se, mas sua expressão ainda era de pura desconfiança. Algo o dizia que Joe escondia alguma coisa. A voz da inspetora do colégio, mandando os alunos irem para suas salas, ecoou pelo corredor, interrompendo a conversa entre eles. Cada um seguiu para dar início a mais um dia de aula. Mal sabiam que seus pensamentos, por vários momentos, giraram em torno do mesmo assunto. 



Continua...



n/a: Ooooooooiiiiii!!! :)) Tudo bem com vocês? Eu estou feliz pq tá frio aqui na minha cidade, o que é bem raro, então tô aproveitando!! :DD Mas isso não vem ao caso! Quero saber o que acharam do capítulo...  Será que temos um casal a vista? Ou dois? Mais um mistério: O que acham que o Joe esconde? Algum palpite? Vi algumas aqui chutarem no cap. passado e gostei da criatividade de vocês u.u kkkkkk Bem, amores, espero que gostem, COMENTEM e me façam feliz!! :DD Amo vocês e até a próxima! Bjuuuus!!! :***



RESPOSTAS AOS COMENTÁRIOS DO CAPÍTULO 4 AQUI




20 de abril de 2013

Capítulo 4 – Por que ele não sai da minha cabeça?

Cheguei em casa cansada e com a cabeça a mil. Muitos acontecimentos apenas pra uma manhã. Falei brevemente com minha mãe, que estava na cozinha, e subi para o meu quarto. Depois de um banho, vesti uma roupa leve e deitei em minha cama, ainda pensado nele.

Joseph era do tipo brincalhão e extrovertido, fazia amizades facilmente. No tempo do intervalo, conseguiu a amizade de Liam e Miley, que o conheceu na aula de Matemática. Nick, por outro lado, mal olhava para ele e se esforçava para não rir das piadas que Joe contava. Puro ciúme. Ele já não seria mais o único garoto em nosso grupo.

Acabei pegando no sono enquanto pensava e, se não fosse por meu celular tocando escandalosamente, eu não acordaria tão cedo.

- Alô? – atendi com a voz arrastada de sono.
- Hm, oi... – não reconheci a voz do outro lado da linha e isso me fez ficar em alerta, quem poderia ser? – Te acordei?
- Sim – respondi, já mais acordada – Hm, desculpa, mas... Quem está falando?
- Ah, me desculpe... É o Joe. – ele disse com um riso nervoso no final da frase.
- Joe? Como você descobriu o número do meu celular? – perguntei desconfiada.
- Bom, você anotou em seu caderno. – ele disse com a voz baixa, podia jurar que ele estava corando – Er... Desculpa, não devia ter ligado.
- Não, espera! – eu quase gritei ao telefone – Já que ligou, deve ser algo importante. O que foi?
- Nada demais, é que... – ele parecia incerto se continuava ou não – Bem, você sabe que sou novo aqui e... Não sei, queria saber se você podia... Sei lá, me acompanhar em um passeio turístico...

Fiquei muda por alguns instantes. Ele estava me convidando pra sair? Claro que não, né, Demi! Era só um passeio inocente, entre amigos, para que ele pudesse conhecer a cidade. O que haveria de mal nisso?

- Demi? – ele chamou do outro lado da linha.
- Ahn, oi... – eu disse despertando dos pensamentos.
- Se não quiser, não tem problema. Eu vou entender. – ele disse com a voz meio triste.
- Hm, você passa aqui ou eu vou até sua casa? – perguntei mordendo o lábio inferior. Não era nada demais, eu repetia pra mim mesma.

Joe demorou um pouco pra responder, acho que ele estava tentando entender (ou acreditar) que eu tinha aceitado o convite.

- Eu passo na sua casa. Daqui a 20 minutos? - ele perguntou com a voz mais... Feliz?
- Ótimo. Meu endereço está aí no caderno também. – eu disse já caminhando em direção ao closet. Que roupa eu vestiria?
- Eu sei. Vi isso também. – ele confessou meio tímido e eu ri do jeito fofo como ele havia falado.
- Ok! Te vejo daqui a pouco então. – eu disse enquanto escolhia uma calça jeans no armário.
- Certo! Tchau, Demi.
- Tchau, Joe.

Joguei o celular em cima da cama e corri para o banheiro. Depois de um banho rápido, vesti a calça jeans de lavagem escura e uma blusa de mangas longas marrom clara, calcei minha botas de cano alto, sem salto, de tom marrom mais escuro e prendi o cabelo em uma rabo de cavalo. No exato momento em que terminei de passar o batom em meus lábios, ouvi a campainha soar pela casa.

Desci as escadas correndo e antes que minha mãe girasse a maçaneta, me pus na frente dela, impedindo que ela abrisse a porta.

- Pode deixar. – eu disse meio ofegante pela pequena corrida – É um amigo lá da escola.
- Amigo? – ela disse com a testa franzida – Mas você só fala com Nick e Miley lá na escola.
- Ele é um aluno novo, mãe – eu disse revirando os olhos. – Agora para de me olhar com essa expressão desconfiada.
- Não estou desconfiada, Demi. – ela disse sorrindo de um jeito que me deu medo – Estou apenas tendo um vislumbre do futuro.
- Hm... Certo. – eu disse sem entender o que ela estava dizendo – O garoto está esperando e eu tenho que ir. Beijos.

E antes que ela pudesse dizer algo, eu já estava do lado de fora da casa, encarando Joe. Assim que meu viu seus lábios formaram o sorriso mais encantador que já havia visto. Ele tinha um charme que me fazia lembrar de Peter. Não, Demi! Nada de Peter agora!

- Oi. – eu disse e sorri pra ele.
- Oi. – ele disse em um tom de voz baixo, quase galanteador.
- Vamos? Tenho muito pra mostrar. – eu disse animada – Você vai amar a cidade!
- Tenho certeza que sim. – ele disse e o sorriso dele dessa vez me fez corar.

Caminhamos alguns metros em silêncio. Eu estava nervosa e isso bloqueava totalmente minha capacidade de encontrar algum assunto interessante que desse início a uma conversa. Joe também parecia meio desconfortável com a falta de diálogo e as mãos nos bolsos da calça jeans surrada revelavam que eu não era a única nervosa ali.
- Então, por que veio pra cá? – perguntei a primeira coisa que me veio à cabeça, talvez isso rendesse alguns minutos de conversa.
- Não aguentava mais morar com meus pais. – ele respondeu dando de ombros. – Então decidi sair de casa e morar bem longe deles.
- Entendo... E por que aqui? – eu quis saber, aquela história parecia ser interessante.
- Meu irmão sempre me falou bem daqui, que era uma cidade encantadora e que eu ia amar morar aqui... Acho que ele estava certo. – ele explicou e falou a última frase olhando pra mim. Tenho quase certeza que minhas bochechas ficaram rosadas.
- Hm... Seu irmão ainda mora aqui? – perguntei, tentando disfarçar que havia ficado corada com o olhar dele sobre mim.
- Não. – a resposta monossilábica dele me fez ficar sem palavras por um tempo. Acho que esse não era o melhor assunto pra ele.
- Bem, já que sou sua guia hoje... – eu disse mudando totalmente o rumo da conversa. – Quero lhe deixar ciente de que não poderemos ir tão longe a pé... – Sorri ao falar e ele pareceu perder-se em pensamentos por alguns instantes.
- Eu sei, mas acho que não preciso conhecer muita coisa pra saber que já amei esse lugar. – ele disse sorrindo e, dessa vez, minhas bochechas deveriam estar em tom vermelho neon. Ele riu, sem parecer rude, da minha falta de palavras, o que só me fez corar ainda mais, se é que isso era possível. – Vem, vamos tomar sorvete.

Antes que eu respondesse, Joe pegou em minha mão e começou a me puxar em direção a sorveteria que ficava na esquina da rua onde estávamos. Pode parecer idiota e, sei que vai, mas desde o momento em que ele pegou em minha mão até quando ele a soltou, já dentro da sorveteria, meu olhos não conseguiam mirar outra coisa se não nossas mãos entrelaçadas.

- Vai querer de quê? – ele perguntou, voltando-se para mim.
- Hm... Acho que chocolate... Não, creme! Espera! Melhor morango... Ou será que... – comecei minha batalha com os sabores de sorvete, fazendo Joe rir da minha angústia.
- Pode colocar uma bola de cada sabor. – ele pediu ao atendente que, por sua vez, pegou a maior taça que tinha e começou a colocar as bolas de sorvete dentro dela.
- Joe, você enlouqueceu?! Não vou conseguir comer isso tudo! – eu disse colocando as mãos na cintura e olhando espantada pra montanha de sorvete que se formava em cima do recipiente.
- Eu te ajudo. – Ele disse e piscou um olho pra mim. Preciso dizer que quase virei um pimentão humano? Acho que não, né?!

Tomamos o sorvete entre risos e palhaçadas do Joe. Ri tanto, mas tanto, que minha barriga já doía e meus olhos lagrimavam. De longe foi o encontro mais divertido que eu tive. Eu disse encontro?! Qual é o meu problema?!

- Definitivamente, nunca mais misturo sorvete de menta com qualquer outro sabor! – eu disse, fazendo careta depois de outra colherada.
- Tem razão! Fica horrível! – ele disse com a boca meio cheia, o que fez a voz dele ficar engraçada.
- Você é cômico, sabia?! – perguntei rindo de leve.
- Ótimo! Me chamou de palhaço! – ele disse fazendo cara de ofendido.
- Não foi isso que quis dizer, você sabe! – eu disse apontando com a colher pra ele.
- Não, não sei... O que você quis dizer? – ele perguntou, debruçando-se sobre a mesa e chegando mais perto de mim.
- Que... Bom, você é um cara divertido... Uma boa companhia. – eu disse olhando a taça de sorvete a minha frente.
- Apenas isso? – ele disse erguendo as sobrancelhas. – Não me acha nem ao menos bonitinho?

Levantei os olhos até poder mirar seu rosto e vi que ele sorria. Era tudo brincadeira dele, eu sabia, mas meu cérebro pareceu não entender e formulou a resposta rápido demais, fazendo com que eu não tivesse tempo de controlar minha enorme boca.

- Acho sim. – respondi em tom baixo e sem nenhum resquício de que estava brincando.

Joe logo perdeu o ar brincalhão e suas feições adotaram um ar de surpresa. Claro que ele não esperava essa resposta! Mas que merda de cérebro traidor! Pisquei algumas vezes, atônita, e como se tivesse acordado de uma hipnose, me pus de pé rápido.

- Melhor voltarmos pra casa, tá ficando tarde... – disse meio sem jeito.
- Claro. – ele respondeu, pondo-se de pé também.

Trocamos poucas palavras durante o trajeto de volta. Comentávamos apenas coisas aleatórias e que não rendiam mais que breves frases de conversa. Ao chegar em frente a minha casa, virei-me pra ele para que pudéssemos nos despedir.

- Eu adorei o passeio, obrigado. – ele disse com as mãos nos bolsos da calça.
- Não tem que agradecer, sempre que precisar pode chamar. – eu disse sorrindo verdadeiramente.
- Bem, então a gente se vê na escola... – ele disse sorrindo timidamente.
- Nos vemos na escola. – assenti sorrindo também.
- Boa noite, Demi. – ele disse e se aproximou do meu rosto. Por breves e ilusórios segundos, tive quase certeza que ele fazia o trajeto direto para os meus lábios, mas ao se aproximar, desviou para a maçã do meu rosto, depositando ali um delicado beijo.
- Boa noite, Joe. – eu disse depois de soltar o ar que havia prendido por causa dos segundos de tensão pelo qual eu tinha acabado de passar.

Ele sorriu e virou-se, indo em direção a rua. Fiquei ali parada, observando-o sumir do meu campo de visão e sentindo meu coração apertar. Como, em tão pouco tempo, ele conseguiu me deixar assim? Subi para o meu quarto e deitei-me na cama, fechei os olhos e lembrei-me de cada momento daquele passeio. Acabei pegando no sono, com um sorriso bobo dançando em meus lábios.



Continua...



n/a: Amoreeeeeees!!! :) E aí? Como estão? eu vou bem, obrigada. hehehe. Ok. Parei. Bem, esse capítulo teve uma contribuição da minha sister no quesito experiências com sorvete de menta, se é que me entendem kkkkkkkk tadica dela! u.u mas enfim, o que acharam desse capítulo? Gostaram? O que pode acontecer daí pra frente, hein?! Só pra dizer que ainda sinto falta de muuuuuuuuuuuitas leitoras lindas por aqui :(( VOLTEM PRA MIM!!!! Enfim... Muito obrigada a todas que comentam, continuem comigo pq eu amo vocês! *-* Até o próximo post, lindas! Bjuuuuus :**** 




RESPOSTAS DO POST "SELINHO E DIVULGAÇÕES" AQUI
RESPOSTAS DO POST "SINOPSE :)" AQUI
RESPOSTAS DO CAPÍTULO 3 AQUI

15 de abril de 2013

Sinopse :)


Eu sei que estou bem atrasada com essa sinopse, mas antes tarde do que nuca né?! kkkkkk
E nem é beeeeem uma sinopse, é mais uma apresentação da fic e tals...
Espero que isso as ajude a entender um pouco mais da fic ;)


" O que fazer quando o passado que você tanto lutou para deixar apenas dentro de si retorna? O que fazer quando a culpa fala mais alto? E o que fazer quando a luz no fim do túnel está perigosamente perto desse passado? "


Pra quem começar a ler daqui, vou colocar abaixo os links dos capítulos que já postei:


Espero que gostem ;)

Bjuus! :**


Capítulo 3 – De volta a realidade.



 Eu estava parada. Não tinha reação. Não conseguia mover um músculo do meu corpo. Peter estava ali, bem na minha frente, mas eu não conseguia tocá-lo. Não tinha forças nem coragem pra isso. Minha cabeça começou a rodar e meus pés já não sentiam o chão embaixo deles. Foi então que senti alguém me segurar. Reconheci o rosto de Nick me olhando assustado. E, ao longe, a voz de Kevin: O que você fez? Como pôde, Demi? Como pôde? Minha vista embaçou e eu já não via mais nada.


Um barulho estridente me fez acordar. Meu coração estava acelerado, a boca seca e senti o suor escorrer pela testa. Demorei alguns minutos para perceber que estava em meu quarto e que o barulho vinha do despertador. Levei a mão até ele e, na tentativa de desligá-lo, acabei jogando-o no chão, foi quando percebi que tremia. Fechei os olhos com força, tentando tirar aquela dor do peito e aquela imagem da mente. Passei as mãos pelos cabelos e os senti completamente úmidos pelo suor. Eu definitivamente precisava de um banho.

Levantei-me ainda com as pernas bambas. Fui até o banheiro e sentei-me no chão, colocando a cabeça entre as mãos e encostando a testa nos joelhos. Tentei não pensar em nada, mas minha mente funcionava rápido demais, trazendo a tona lembranças que há muito eu havia trancafiado dentro de mim.

Fazia muito tempo que não tinha mais pesadelos daquele tipo. Não conseguia entender porque eles tinham voltado, ou... Talvez, soubesse sim. Os últimos acontecimentos: Kevin, Liam... Meu Deus, tudo estava de volta! Até os pesadelos. Eu não queria mais isso. Não queria mais lembrar. Não era justo comigo. Ou era? Eu realmente merecia toda essa culpa?

Juntei toda força que ainda restava em mim e tomei um banho demorado. Por mais que eu tentasse evitar, os pensamentos retornavam a minha mente, como um bumerangue. Eu tinha que me controlar, tinha que ficar bem. Dentro de alguns minutos eu estaria a caminho da escola. Não poderia de jeito nenhum permitir que alguém me visse no estado em que eu estava. Terminei o banho e preparei-me para a escola.

O uniforme me fazia parecer uma personagem saída de um anime qualquer. Era composto por uma saia de pregas azul marinho, camisa social branca de mangas longas, uma gravata da mesma cor da saia, meias brancas que cobriam toda a extensão da minha perna e um sapato estilo boneca pra finalizar.

Desci as escadas, degrau por degrau, sem muita vontade de chegar ao último. Na verdade, por mim, eu teria ficado em meu quarto, sem a necessidade de encarar mais um dia de aula.
Ao chegar à cozinha, meus pais já estavam em seus lugares de sempre, tomando café e conversando sobre algo que não me interessava. Assim que me viram, lançaram sorrisos em minha direção. Tentei retribuir o sorriso, mas acho que o máximo que consegui foi fazer uma careta estranha.

- Bom dia, família! – eu disse com uma animação forçada, tentando amenizar minha cara.
- Bom dia, querida! – eles disseram juntos.
- Não dormiu bem? – minha mãe perguntou, demonstrando toda a sua preocupação habitual.
- Mais ou menos – eu disse dando de ombros – só tive um pesadelo, nada de mais.
- Pesadelos? De novo? – foi a vez de meu pai se preocupar.
- Nada demais, pai – eu disse enquanto preparava o cereal.
- Tem certeza? Foi com o... – minha mãe não terminou a pergunta, e eu sabia bem por que. O medo de tocar no assunto e trazer tudo à tona novamente estava estampado no rosto dela.
- Não, mãe – menti – foi só um pesadelo bobo por causa de um filme de terror que eu assisti ontem à noite e acabei me impressionando um pouco.

Minha mãe fez um breve aceno afirmativo com a cabeça e voltou a se concentrar em seu café, mas meu pai continuou olhando pra mim e, no momento em que encontrei seu olhar, percebi que ele não tinha acreditado nem um pouco no que eu havia dito. Era impressionante como ele conhecia cada olhar e cada gesto vindos de mim. Eu simplesmente não conseguia mentir pra ele. Nem que quisesse.

- Certo – ele disse em tom baixo, como se tivesse apenas confirmando em voz alta o que já sabia mentalmente – Bem, vamos, Demi. Se não corrermos, acabo me atrasando para o trabalho.

Levantei-me junto com ele e segui em direção a minha mãe, depositando um beijo em sua testa e murmurando um “até mais”. Segui meu pai até o carro e entrei no veículo. No começo o silêncio me incomodou, eu e o senhor Eddie sempre tínhamos o que conversar. Só que dessa vez o único assunto que passava pela cabeça do meu pai era justamente o que eu menos queria falar.

- Os pesadelos voltaram, filha? – ele perguntou sem tirar os olhos do trânsito a frente.
- Não só os pesadelos, pai – eu disse quase em um sussurro.
- Tem a ver com a festa, não é?! – e mais uma vez ele prova que não consigo mentir pra ele. Por que ainda me iludo?
- Tem sim. – eu comecei – lembra-se do Kevin?
- Amigo do Peter. – ele respondeu de prontidão.
- Ele ficou bêbado durante a festa e acabou falando mais do que devia – eu comecei, e antes que ele perguntasse algo eu continuei – e depois o Liam, lembra-se dele também, né?! – perguntei e meu pai apenas fez um sinal afirmativo com a cabeça – Então, ele veio em casa e disse um monte de coisas e eu fiquei meio confusa e tudo meio que acabou voltando!
- O que foi esse monte de coisas que o Liam disse? – ele perguntou ainda sem desviar a atenção do tráfego.
-Ah, em resumo, ele disse que não concordava com as ideias do Kevin – eu disse dando de ombros.
- O Kevin continua com a mesma ideia em relação e esse assunto? – meu pai perguntou, olhando-me pelo canto do olho.
- Parece que sim – eu disse com um longo suspiro no fim da frase.
- Preciso que se lembre de que sempre que precisar, seu velho estará aqui! – ele disse e sorriu pra mim - você não está enfrentando isso sozinha, ok?!
- Eu sei, pai. Eu sempre soube! – eu disse devolvendo o sorriso.

Meu pai tinha o dom de me deixar mais segura. Como se ao lado dele nada pudesse me abalar, derrubar ou enfraquecer. Eddie Lovato era meu herói e nada mudaria essa imagem dele pra mim.

Sem que me desse conta, já estávamos em frente a minha escola. Despedi-me do meu pai com um beijo no rosto, peguei a mochila e saí do carro, sentindo o vento frio arrepiar minha pele. Caminhei calmamente até o portão de entrada e, em seguida, ao jardim do colégio, onde estavam dispostos alguns bancos de madeira. Em um desses bancos, o mais afastado, avistei os gêmeos, conversando animadamente sobre algo que com certeza ia me interessar. Apertei o passo e me aproximei.

- Hey, meus amigos preferidos! – eu disse sorrindo, genuinamente feliz em vê-los.
- Qual é, Demi?! Nós somos seus únicos amigos! – My disse entre risos, sendo acompanhada por Nick.
- Nossa, assim você me magoa! – eu disse fingindo cara de ofendida.
- Não precisa ficar ofendida – My continuou – é só a verdade!

Eu ri e dei uma tapinha de leve em seu braço.

- Oi, Nick, bom ver você também! – eu ironizei e Nick riu, levantando-se do banco e indo ao meu encontro para um abraço apertado.
- Oi, linda! – ele disse ao meu ouvido e riu quando os pelos da minha nuca arrepiaram.
- Olha, não é legal fazer isso com uma amiga que não namora há 1 ano, ok?! – eu disse olhando para ele indignada.
- Não namora porque não quer! – mais uma vez foi My quem se manifestou.
- Ixi, vai começar, não sei nem porque toquei no assunto – respondi, já ficando mal humorada.

My abriu a boca para começar seu discurso de como eu poderia estar feliz e aproveitando a minha juventude com um namorado a tiracolo, mas tem alguém lá em cima que me ama muito porque nesse exato momento o sinal que indica o início das aulas soou, fazendo com que eu soltasse um suspiro de alívio.

- Vamos? – perguntei ao Nick, que ainda estava ao meu lado.
- Vamos. – ele respondeu sorrindo e me abraçando pelos ombros.
- Nos vemos no intervalo, My – eu disse fazendo um breve aceno com a mão para minha amiga.

My não tinha as primeiras aulas comigo na segunda, em compensação nos outros dias não me livrava dela em nenhuma aula. Tínhamos todas juntas. Já Nick tinha os primeiros tempos de segunda e na quarta comigo enquanto nos outros dias eram os últimos, com exceção da sexta, onde só tínhamos o tempo após o intervalo.

Eu e Nick caminhamos abraçados pelos corredores da escola até a sala onde teríamos aula de Geografia. Eu amava essa relação que tinha com Nick, era algo único. Não via maldade em nada e tenho certeza que nem ele via. Éramos como irmãos. Nick era lindo e totalmente desejável, mas tinha certeza que entre eu e ele seria apenas amizade.

Chegamos à sala e nos sentamos nos lugares de sempre: segunda fileira, eu na quarta mesa e Nick logo atrás de mim. Como a professora ainda não estava na sala, me virei pra ficar de lado na cadeira e assim poder conversar melhor com Nick. Falamos sobre o dia, sobre algumas besteiras que My fez e que, com certeza, iria usar para irritá-la depois, e sobre algumas revistas em quadrinhos que eram a paixão de Nick.

Nossa conversa foi interrompida pela chegada da professora na sala, mas algo, além disso, chamou minha atenção. Um garoto acompanhava a professora, mas não era qualquer garoto. Ele era extremamente lindo, de tal modo que poderia passar minha vida o descrevendo e ainda assim não faria jus à beleza dele. A professora pediu a atenção da classe e eu me virei pra frente, não sem antes lançar um sorriso a Nick, que me retribuiu o gesto.

- Classe, esse é o novo aluno: Joseph Jonas. Ele terá aula de Geografia nessa turma. Por favor, não o assustem logo no primeiro dia! – a professora disse em um tom divertido que fez a classe soltar alguns risos – Pode sentar-se, Jonas.
- Obrigado, Sra. Hudson – o novo aluno lançou um sorriso encantador à professora, mas que surtiu enfeito em mim, que ri automaticamente.

Joseph começou a caminhar em minha direção e quanto mais perto ele chegava, mais o oxigênio parecia me faltar. Até que ele sentou-se a mesa ao meu lado. Ótimo! Modo, hipnotizada pelo aluno novo: on! Eu poderia estar fechada para relacionamentos e tudo o que envolvesse meninos, mas eu não era cega, nem tão pouco uma pessoa sem hormônios. E o novo aluno era do tipo que gostava de mexer com os hormônios alheios. Ou fazia isso sem nem perceber.

A aula correu normalmente, tirando, é claro, os momentos em que eu olhava de canto de olho para o aluno novo, que, ao que parecia, estava bastante concentrado na matéria ministrada. Nick, ao contrário dos outros dias, não falou comigo durante a aula toda e esse silêncio todo estava me incomodando.

O sinal anunciando o fim da aula soou. Comecei a guardar meus materiais dentro da mochila quando uma mão pousou em meu ombro.

- Er... Oi. – o aluno novo disse, coçando a nuca em sinal de timidez.
- Oi! – eu respondi exalando simpatia. Até demais.
- Então, como deu pra notar eu sou novo aqui e queria saber se você pode me emprestar seu caderno, sabe, pra copiar... A matéria – ele disse com as mãos dentro dos bolsos da calça e de um jeito que eu achei extremamente charmoso.

Nesse momento Nick fingiu limpar a garganta, como se pedisse para ser notado ali e só então me dei conta de que devia estar babando.

- É claro que posso – me apressei em responder.
- Então, cara, sou o Nick. – meu amigo apresentou-se enquanto eu procurava pelo caderno dentro da minha mochila.
- Ah, eu sou Joseph, mas, por favor, me chame apenas de Joe – o aluno novo respondeu estendendo a mão para tocar a de Nick.
- Achei. – eu disse puxando o caderno de minha bolsa e entregando ao lindo, digo, ao novato.
- Obrigado, é... – ele cerrou os olhos em tom questionador.
- Demetria, mas apenas Demi ok?! – eu disse sorrindo – e você é só Joe, certo?!
- Certo – ele respondeu rindo.
- Então, Demi, é melhor irmos ou então vamos nos atrasar pra próxima aula – Nick disse pegando em minha cintura e percebi o olhar de Joe notar esse detalhe. Qual era o problema do Nick?
- Vamos então – eu respondi me soltando de Nick – a gente se vê por aí, Joe.
- A gente se vê, Demi – ele respondeu sorrindo – você também, Nick.
- A gente se vê, cara – Nick disse fazendo um aceno que parecia uma continência com dois dedos.

Eu e Nick caminhamos para fora da sala e, assim que percebi que estávamos a uma certa distância da sala, me pus em frente a Nick e o encarei séria.

- O que foi aquilo dentro da sala? – eu perguntei de braços cruzados.
- Estava tentando te proteger – ele disse com um ar superior.
- Proteger de quê, Nick? – eu perguntei impaciente.
- Daquele tal de Joe – ele disse fazendo careta ao mencionar o nome do novato – tá na cara que ele tava te paquerando, Demi.
- Sério? – eu perguntei sorrindo.
- Sério, mas não é você que diz que não está pronta para outro relacionamento e blá blá blá? – ele respondeu cruzando os braços.
- E quem disse que paquerar é relacionamento sério? – eu perguntei sorrindo com cara de quem vai aprontar e Nick riu.
- Sério, linda, só quero que tome cuidado – ele disse agora me abraçando – morreria se algo ruim acontecesse com você.
- Não se preocupe – eu respondi com o rosto afundado no peito de Nick – sem contar que eu só emprestei o caderno pra ele, nada demais.
- É – ele disse e soltou um suspiro longo – nada demais.
- Acho que perdemos a hora da aula, Nick – eu disse ainda abraçada a ele.
- Então acho que você está condenada a me aturar por 50min. no esconderijo – ele disse rindo e soltando o abraço.
- Acho que posso sobreviver a isso. – eu disse rindo também.

O esconderijo era o lugar pra onde os alunos iam quando não estavam a fim de assistir a aula. Era uma espécie de jardim que ficava atrás da cantina abandonada, no fim do prédio. Eu e Nick caminhamos até lá e, ao chegarmos, descobrimos que teríamos companhia.

- Oi, Liam – eu disse assim que avistei o garoto sentado na grama com as costas apoiadas no muro, lendo um livro. Isso mesmo, o capitão do time da escola matava aula para ler escondido. Chocante!
- Ah... Oi, Demi! – ele respondeu meio sem jeito, abaixando o livro no colo – oi, Nick.
- Oi – foi o que Nick limitou-se a responder.

Aproximei-me de Liam e sentei ao seu lado, não sei o por que, mas depois da conversa em minha casa, me senti a vontade para me considerar amiga dele de novo, ou pelo menos tentar ser. Nick, em contrapartida, pareceu não gostar muito da ideia, pois se sentou do outro lado, de frente para mim, lançando-me um olhar de repreensão que eu apenas ignorei.

- Então, o que você está lendo? – eu perguntei pra puxar assunto.
- Ah, nada demais – Liam respondeu dando de ombros – é um livro sobre os Beatles.

Antes que eu pudesse responder algo como “Nossa, também amo Beatles!” e tentar manter a conversa normalmente, Nick voou para onde estávamos, sentando ao lado de Liam, o que pareceu assustá-lo tanto quanto a mim.

- Nossa! – Nick exclamou pegando o livro, maravilhado – eu procurei esse livro como louco e não encontrei em lugar nenhum! Como conseguiu?
- Eu tive que dormir na porta da livraria – Liam respondeu, coçando a nuca em sinal de timidez.

A partir daí Liam e Nick começaram uma conversa animada sobre Beatles, guitarras, baterias e música em geral. Eu apenas ouvia e tentava dar minha opinião às vezes (leia-se era totalmente ignorada). Depois de um tempo resolvi apenas ficar observando as nuvens no céu e imaginado como seria tocá-las. Podia jurar que não passei nem cinco minutos fazendo isso, mas logo o sinal tocou, me fazendo perceber que fiquei mergulhada em pensamentos  por tempo demais. Levantei e peguei minha mochila. Nick e Liam ainda conversavam e tive que chamar por Nick duas vezes pra que ele me escutasse.

- Vamos, Nick, não quero perder outra aula! – eu disse já sem paciência.
- Ok! Vamos! – ele finalmente levantou e despediu-se de Liam.

Também me despedi de Liam, que disse que ficaria ali e terminaria de ler o livro, afinal, ele tinha prometido que o emprestaria a Nick. É o poder do Beatles, fazendo surgir amizades onde eu menos esperava. De certa forma isso era bom, pois pelo que sei, logo Nick terá que se acostumar e muito com a presença de Liam entre nós.

A aula de Física correu como deveria. O professor falando um monte e eu não entendendo nada. Passei a maior parte do tempo escrevendo meu nome no caderno e desenhando corações. Epa! Por que eu coloquei o nome do aluno novo aqui?

Não deu tempo de pensar em uma resposta, logo o sinal soou, despertando-me dos pensamentos. Guardei minhas coisas na mochila e caminhei com Nick até o refeitório. Ao chegarmos lá, duas coisas chamaram minha atenção. A primeira foi o fato de Nick ir ao encontro de Liam e o convidar para sentar em nossa mesa, convite esse aceito por Liam, acompanhado de um grande sorriso. O segundo foi a pessoa que já se encontrava sentada em nossa mesa na companhia de My. Afinal, o que Joe estava fazendo ali?




Continua...


n/a: OI amores!!! :) Aiii, eu ainda sinto a falta de muitas pessoas por aqui :((( VOLTEM LOGO PRA MIIIIIIM!!! :((( Às minhas lindas que continuam comigo, firmes e fortes, MUITO OBRIGADA! Vocês são uns amores! <33 Espero que estejam gostando da fic, de verdade! E o Joe apareceeeeeeeu!!!! \o/ VIVAAA!!! e agora hein?! o que acontecerá?? Alguém tem algum palpite?? não? Olha eu vou postar aqui, depois, uma sinopse que tem lá no FFOBS que eu acho importante vocês lerem... enfim... Por hoje é isso. Fiquem bem e até a próxima, amores!! BJUUUUS!!! :***



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Selinho e Divulgação! ;)

Amores da minha vida, vim aqui repassar um selinho lindo que ganhei da Thais do blog Empire Jemi, muito obrigada, meu amooor!! Você é uma fofa *-* li suas respostas e quase chorei quando você disse que não vive sem meu blog :~~~ sério, vocês ainda me matam do coração com tanto amor!! <333 Obrigadaaaa! :DD




1 - Qual foi a primeira fic que você leu?

Nossa, faz tanto tempo... Mas, se não me engano, foi uma Jemi, chamada Mundos Diferentes ou algo assim .-. 

2 - O que mais te inspira no dia-a-dia?

Ouvir música *-*

3 - Qual o seu casal preferido: Jemi ou Nelena?

Acho que é bem óbvio, né?! Mas para que não haja dúvidas: Jemi.

4 - Diga um blog que não vive sem.

Bem, AMO vários blogs e várias autoras, mas não vivo sem o blog da Brubs Oh, You Should Be Jealous, por motivos de:  Sem ele não estaria aqui! u.u

5 - Se considera uma boa escritora?

Sou meio bipolar quando se trata disso. Tem momentos que amo o que escrevo, mas em outros, acho uma droga. :/

6 - Diga 5 músicas que você ama:

Só 5? :C Bem, vou tentar...
Heart Attack - Demi Lovato
Pom Poms - Jonas Brothers
A Drop In The Ocean - Ron Pope
Kiss Me - Ed Sheeran
Through Glass - Stone Sour

7 - Diga três músicas que você não suporta:

Qualquer música de forró! Que, lógico, não sei o nome... ¬¬

8 - Diga 5 coisas sobre você;

Estou, atualmente, apaixonada pelo casal NaDessa do BBB13 u.u me julguem! 
Tô com saudade do meu namorado que tá viajando :(
Sou chocólatra, compulsiva.
Viciada em música.
Quero morar na Inglaterra. *-*

9 - Repasse para 5 blogs:




DIVULGAÇÃO!





13 de abril de 2013

Capítulo 2 – Mais Um Dia.

Acordei no dia seguinte com a sensação que minha cabeça pesava uma tonelada. Travei uma batalha com meus olhos para que eles abrissem e depois outra com meu corpo para que ele levantasse da cama. Consegui com muito custo me arrastar até ao banheiro que ficava no meu próprio quarto. O reflexo do meu rosto no espelho era algo assustador, eu estava com os olhos inchados pelo choro excessivo durante a madrugada, o cabelo desgrenhado e a face pálida. A imagem era o exato reflexo do que eu era por dentro. Eu estava acabada! Parei de olhar para ‘aquilo’ no espelho e fiz minha higiene matinal.


Desci as escadas já sentindo o cheiro de café e torradas. Encontrei minha mãe na cozinha, sentada a mesa ao lado do meu pai.

- Bom dia, mãe – disse sem animação nenhuma, indo dar um beijo em sua bochecha – Bom dia, pai – fiz o mesmo com meu pai.
- Bom dia, filha – os dois disseram juntos.
- Por que essa carinha, filha? A festa não foi boa? – minha mãe perguntou com ar maternal preocupado.
- Digamos que a festa não foi como eu esperava. – respondi fazendo careta – Mas não quero falar sobre isso, ok?! – disse com a intenção de encerrar o assunto.
- Tem certeza que não aconteceu nada nessa festa que a gente precise saber? – meu pai perguntou preocupado.
- Não aconteceu nada, pai, eu só não gostei da festa – disse fitando o café a minha frente para que meu olhar não me entregasse. Odiava mentir para meus pais. Aliás, odiava mentiras. Mas aquilo era necessário, não queria que eles se preocupassem mais comigo e com toda aquela história de novo. Além do mais, nem era uma mentira, era apenas uma omissão.
- Tudo bem então, vamos mudar de assunto – minha mãe falou depois de soltar um suspiro conformado – Eu e seu pai vamos passar o dia fora hoje – minha mãe falou levantando-se da mesa – Você podia chamar a Miley... Ou o Nick... Ou os dois para fazer companhia a você.

Não disse?! Preocupação era o sobrenome dos meus pais. Qual é, eu já tenho 17 anos! Posso muito bem ficar sozinha em casa.

- Ok! Acho que vou fazer isso... – disse pensando totalmente o contrário, tiraria o domingo para ficar apenas eu e meus pensamentos. Mais uma vez.
- Você devia sair – meu pai disse como se tivesse lido minha mente, às vezes ele me assustava com isso. – Ir ao shopping, passear, ver gente nova, paquerar... Essas coisas de menina. – meu pai disse em um tom divertido, soltando uma risadinha – Ficar em casa em pleno domingo com a sua idade é quase um crime.

Eu ri do que meu pai acabara de dizer e murmurei um talvez.

Meu pai, o Senhor Eddie Lovato, era uma pessoa totalmente fora dos padrões de pai. Era mais um amigo mais velho que eu tinha. Sempre contei tudo a ele. Meu primeiro beijo, primeiro namorado, as briguinhas com Miley, entre outras coisas. Eu confiava nele, não tinha vergonha ou qualquer receio perto dele. Com certeza ele era o melhor pai do mundo.

Já a Senhora Dianna Lovato era do tipo bem mãe. Totalmente superprotetora e cuidadosa com tudo o que dizia respeito a mim. Parecia que eu nunca deixaria de ser o bebê dela. Não que eu não gostasse disso. Às vezes é bom ter alguém cuidando de você, zelando pela sua felicidade. De certa forma, ela sabia até onde podia ir com essa proteção toda, e isso eu admirava nela. Apesar de me sentir menos a vontade em contar certas coisas a ela, eu sabia que sempre que precisasse de alguém pra conversar e choramingar minhas mágoas, ela estaria lá. Como esteve, de fato, quando eu mais precisei.

Terminado o café da manhã, me despedi dos meus pais que já estavam de saída e subi para o meu quarto. Fiquei assistindo a um filme qualquer na TV, mas meus pensamentos não estavam nem um pouco voltados ao filme. Em minha cabeça apenas a voz de Kevin ecoava, aquela frase dita na noite anterior é que me atingia como um raio. “Vai fugir de novo, assassina?!”

Kevin Paul era o melhor amigo do meu ex-namorado Peter White, éramos muito próximos, mas depois do que aconteceu Kevin começou a me odiar. E com toda a razão. Ele já havia terminado o colegial e estava fazendo faculdade na Universidade de Londres. E o que ele estava fazendo naquela maldita festa? Eu não fazia ideia, e nem me daria ao trabalho de pensar sobre isso.

Meus pensamentos vagavam por entre as lembranças daquela noite, revivendo cada momento. E foi exatamente no meio desse meu devaneio que meu celular tocou, fazendo-me sobressaltar com o leve susto que levei. Tateei a mesinha de cabeceira até encontrá-lo, olhei para o visor e um sorriso brotou em meu rosto instantaneamente.

- Oi, Nick. – eu disse atendendo o telefone o mais rápido que pude.
- Oi, linda, como você está? – ele disse um pouco preocupado.
- Bem – disse vagamente, não querendo mentir, mas também não querendo dizer a verdade.
- Tem certeza, porque o que o Kevin disse... – Nick tentou dizer, mas eu o interrompi.
- Como está sua mão? O soco deve tê-la machucado. – falei a primeira coisa que me veio à cabeça, apenas para mudar o rumo da conversa. Nick pareceu entender.
- É, machucou um pouco... Nada que não tenha valido a pena, há muito tempo que queria fazer isso – Nick disse parecendo não se importar com o fato de ter socado a cara de uma pessoa. Não que eu me importe com Kevin, mas não gosto de violência.
- Apesar de achar que o que você fez não foi certo, tenho que te agradecer por isso. Obrigada! – disse sentindo uma pontada em meu peito por lembrar-me do que Nick me defendeu.
- Não por isso, Demi, você sabe que sou capaz de tudo por você, não sabe? – Nick disse com a voz um pouco mais baixa, talvez envergonhada.
- Sei sim, Nick, e fique sabendo que eu também faria tudo por você. – disse sorrindo.
- Bom, vou passar aí na sua casa em 10 minutos, esse telefonema me deixou com saudade - Nick disse rindo e me fazendo rir também.
- Ok, estou esperando! – eu disse um pouco mais feliz. A companhia do meu melhor amigo sempre era uma boa opção, por mais que tivesse outros planos pra hoje.
- Beijos, linda! – ele disse despedindo-se.
- Beijos!

Depois de colocar o celular na mesinha ao lado da cama, fui tomar um banho e trocar de roupa para esperar Nick chegar, o que não demorou muito. Tinha acabado de pentear os cabelos quando ouvi a campainha soar. Desci as escadas para abrir a porta, mas para minha surpresa não era Nick quem estava ali.

- Liam?? – eu disse sem conseguir disfarçar minha surpresa em vê-lo.
- É... Oi, Demi... Eu... Preciso falar com você – Liam disse um pouco envergonhado.
- Certo, entra – disse dando espaço para que ele adentrasse na sala de minha casa em uma reação automática – Senta. - eu disse apontando para o sofá - Você quer alguma coisa, água, suco...?! – disse sendo educada, mas ainda assim estranhando muito a situação.

Liam Hemsworth é, com certeza, o garoto mais desejado da escola e tudo isso se deve aos fatos de ele ser capitão do time de futebol, portanto, popular, estar no último ano e, claro, ser lindo de tal forma que dava arrepios só de olhar. De todos os amigos de Peter ele era um dos poucos que ainda mantinha algum tipo de contato comigo, talvez por ser um dos únicos que ainda frequentava o colegial. Mas, ainda assim, a presença dele na sala da minha casa era algo totalmente fora do comum.

- Não, obrigado. – ele disse com uma breve negação com a mão. – Eu vim aqui pra saber como você está depois de ontem.

Certo, agora isso estava realmente estranho! Desde quando Liam se preocupava comigo?

- Bom, eu estou bem, na medida do possível. - eu disse enquanto me sentava ao seu lado no sofá - De certa forma nada do que Kevin falou é novidade pra mim, mas pensei que isso tivesse parado. – disse ficando um pouco triste ao lembrar disso.
- Eu tentei evitar, Demi – ele disse olhando pra mim agora com uma expressão de culpa – tentei fazer com que ele não subisse naquele palco, mas não consegui, desculpa! – ele disse abaixando a cabeça e negando levemente com ela.

Fiquei ainda mais surpresa com essa revelação. Como assim ele tentou evitar? Por quê? Nada estava fazendo sentido pra mim agora. Minha cabeça não estava raciocinando direito e demorei certo tempo para me recompor e respondê-lo.

- Liam, você não precisa se desculpar, não foi sua culpa. Aliás, não foi culpa de ninguém. – eu disse ainda meio zonza com tudo o que estava acontecendo.
- Olha...

Liam ia começar a dizer, mas foi interrompido pelo som da campainha, pedi licença e fui atender a porta. Agora sim, ao abrir vi a figura de Nick parado em frente a ela, com Miley logo atrás dele.

- E aí, lindinha! – Miley me cumprimentou animada e já entrando em casa, mas parou assim que viu Liam sentado no sofá.
- O que ele está fazendo aqui? – Foi Nick quem perguntou com a cara fechada e sem nem dizer um oi para mim.

Fechei a porta e fui para o lado de Nick, que já estava parado a poucos passos do sofá com os punhos cerrados. Parecia fazer uma extrema força para se controlar.

- Nick, calma, ele veio conversar comigo, ok?! – eu disse segurando o braço de Nick, com a esperança de conseguir impedi-lo caso ele tentasse algo.
- Olha, Demi, acho melhor eu ir embora – Liam disse meio sem jeito, já se levantando do sofá – só vim mesmo dizer isso, e também que não concordo com o que Kevin falou. Pra mim você não teve culpa de nada – ele disse olhando em meus olhos com tamanha sinceridade que não consegui, nem por um segundo, duvidar do que ele disse – Só queria que soubesse.
- Eu... É... Bem, obrigada por isso... – eu disse meio sem saber o que falar.
- Certo, então eu já vou – dizendo isso Liam caminhou até a porta, mas parou quando chegou perto de Miley, que ainda encontrava-se paralisada no mesmo lugar desde que chegou. – É... Oi, Miley – ele disse esboçando um sorriso tímido.
- Ér... Oi, Liam. – Miley respondeu um pouco hipnotizada com a imagem de Liam a sua frente.

Liam passou por ela e caminhou em minha direção a Nick.

- Olha, cara, eu sei que você não gosta de mim e até entendo os seus motivos, mas como eu disse, não tenho nada contra a Demi, ok?! Jamais faria nada de ruim pra ela. – Liam disse a Nick, que o encarava com a expressão séria e nada respondeu.

Vendo que não obteria resposta alguma, Liam virou-se pra mim e com um sorriso e um aceno de cabeça se despediu de mim, eu retribuí o gesto e o acompanhei até a porta, fechando-a logo depois que Liam passou por ela. Assim que o fiz, virei-me para as duas pessoas paradas em minha sala e observei suas expressões, uma estava completamente atônita como quem acaba de ver a coisa mais absurda do mundo e a outra estava séria, e eu poderia arriscar dizer, com raiva.

- O que ele queria aqui? – foi Nick quem acabou com o silêncio. O tom de sua voz era ríspido e as palavras saíram por entre seus dentes. Ele realmente estava com raiva.
- Bem, vocês viram. Ele veio me pedir desculpas e falar tudo aquilo - eu disse caminhando em direção à cozinha e sendo seguida pelos dois.
- Pedir desculpas? – Miley finalmente se manifestou, trocando sua expressão perplexa por uma confusa.
- É, ele disse que tentou impedir Kevin de subir no palco, mas não conseguiu. – eu disse enquanto enchia um copo com água, tentando absorver tudo aquilo também.
- Isso não faz sentido, Demi, ele é amigo do Kevin e por que ele se daria ao trabalho de impedi-lo a fazer qualquer coisa que fosse? – Nick disse ainda com a expressão séria e de braços cruzados.
- Eu não sei, Nick. Acredite, estou tão confusa quanto vocês. – eu disse apontando para os dois.
- Talvez ele realmente não tenha nada contra a Demi. – Miley disse meio receosa, olhando para o irmão.
- Claro, e eu sou o Príncipe Charles. – Nick disse revirando os olhos.

Não pude conter a gargalhada que saiu de minha boca, que logo foi acompanhada por Miley.

- Do que vocês estão rindo? – Nick perguntou tentando manter a expressão séria, sem muito sucesso.
- Imaginei você com aquelas roupas de príncipe – eu disse em meio às gargalhadas – acredite, você fica bem melhor sem elas.

Assim que terminei a frase, Nick e Miley me olharam com os olhos arregalados e por um instante fiquei sem entender, mas logo depois tudo fez sentindo.

- Ah, vocês me entenderam... – eu disse corando – não quis dizer sem roupa literalmente, quis dizer sem aquelas roupas...

Mas a essa altura minha explicação de pouco valia, pois as gargalhadas já tomavam conta da cozinha. E assim passamos o domingo todo rindo, falando besteiras e vendo filmes na TV. Pedimos pizza quando a fome já dava sinais pelos roncos de nossos estômagos. Rimos da cara de Miley tentando paquerar o entregador para que ele pudesse deixar as pizzas de graça, o que não deu muito certo. A única coisa que ela conseguiu foi o número do celular dele e o olhar mortal de Nick quando disse que ia ligar. Eu mencionei o quanto Nick tem ciúmes de Miley? Pois é, ele tem, e muito.

Eu realmente amava esses momentos, pois eles me faziam esquecer tudo. Durante aquelas horas em companhia de Nick e Miley nada importava, eu não tinha problemas, nem pessoas que me culpavam e me julgavam. Era apenas eles, eu e nosso mundo paralelo e protegido de todo o exterior. E era nesses instantes tão importantes pra mim que eu percebia que tinha os melhores amigos que uma pessoa pode desejar ter. 



Continua...



n/a: e aí amores?! como estão?? Olha percebi que muitas de vocês me deixaram e, de certa forma, não as culpa, pois fiquei MUITO tempo sumida, mas peço COM TODO MEU CORAÇÃO que comentem amores, é muito importante pra mim saber o que vocês estão achando da fic e se ainda me amam ~sim, estou carente u.u~ Bem, por hj é isso, respondo aos comentários depois tá?! PROMETO! Bjus amores e COMENTEEEEM POOOOR FAVOOOOR!!! :DD