31 de agosto de 2013

Thirteen

n/a: Este capítulo é dedicado a Thaly, pra que ela saiba que não importa o que aconteça eu sempre estarei ao lado dela. <3

***

Mais um dia começava e o despertador tocava insistentemente na mesinha ao lado da cama de Demi que esfregou os olhos e espreguiçou-se ao mesmo tempo em que derrubava o relógio no chão, fazendo-o parar de berrar em seus ouvidos. 


- Bom dia! – Selena disse sorridente.
- Nossa você já está acordada? – Demi perguntou ainda forçando para abrir os olhos.
- Estamos! – Miley disse saindo do banheiro.
- Afinal, temos que escolher nossas roupas, arrumar o cabelo e, lógico, fazer a maquiagem. – Anna disse enquanto passava o rímel repetidas vezes nos cílios.
- Ah, entendi! – Demi disse e sentiu-se subitamente horrível por isso. Ela não ligava muito pra maquiagens nem tão pouco para a roupa que usava.
- Se quiser a gente pode te ajudar com isso. – Anna voltou a dizer.
- Me ajudar? – Demi questionou sem entender.
- Com suas roupas, seu cabelo... Tá na cara que você não entende disso! – Anna disse meio que rindo, em uma forma de deboche.
- Não fala assim! – Miley se pronunciou. – Eu até gosto do jeito como ela se veste! Fica linda naturalmente.
- Eu também acho, sabia?! – Selena também se manifestou. – Não precisa desse monte de coisas e pode até acordar mais tarde.

Selena riu e foi acompanhada por todas no quarto. Demi sentiu-se melhor com os comentários das amigas, mas algo na forma como Anna falava com ela a incomodava.

- Bem, eu estou pronta! – Selena disse, pondo-se de pé e arrumando a saia que estava levemente amassada.
- Eu também. – Miley disse enquanto colocava a blusa semitransparente por cima do sutiã preto.
- Então podemos ir? – Anna disse enquanto acertava o batom nos lábios.
- Não, vamos esperar a Demi! – Miley disse enquanto arrumava/bagunçava os cabelos.
- Não precisa! – Demi disse levantando-se. – Eu devo demorar um pouco... Podemos nos encontrar no refeitório!
- Tem certeza? – Selena perguntou.
- Claro!
- Então vamos logo! – Anna disse impaciente. – Encontramos com ela depois!

As três meninas saíram do quarto mandando beijos no ar para Demi que correspondeu. Gostava das meninas, mas pra ser franca tinha certeza de que algo nela não agradava Anna. Espantou esses pensamentos e decidiu começar a se arrumar ou então acabaria atrasada.

Pegou sua toalha e caminhou para o banheiro onde começou o ritual de toda a manhã. Despiu-se das roupas de dormir e ficou apenas de calcinha, pôs-se de frente ao espelho e começou a observar seu corpo. Analisou cada detalhe, cada gordura extra e cada cicatriz... O que ela via? Uma camada infinita de tecido adiposo. O que realmente era? Uma pessoa tão magra que mal conseguia permanecer de pé.

Apoiou-se na pia e segurou tão forte que seus dedos doeram. Sentia raiva de si e do que via todo o dia. Não importava o que ela fazia nada mudava e isso a estava deixando totalmente frustrada. Uma inútil!

- Demi desculpa, mas eu preciso pegar uma coisa que eu... Meu Deus! – Miley entrou no banheiro sem que Demi tivesse tempo de colocar sua roupa.
- Miley sai daqui! – Demi gritou apavorada e pegando suas roupas no chão de forma trêmula, tentando cobrir-se em vão.
- Demi o que são esses cortes na sua perna? – Miley disse entrando e puxando as roupas da mão de Demi.
- Nada! Vai embora! – ela já estava em lágrimas e sem força.

Miley finalmente conseguiu tirar as roupas da mão de Demi deixando a menina sem proteção.

- Meu Deus, Demi! – Miley estava horrorizada com o que estava vendo.

Demi então se encolheu em um canto o pôs-se a chorar copiosamente. Estava envergonhada, mais uma pessoa sabia do seu segredo agora.

- Demi calma, vamos conversar tá?! – Miley estava aflita e não sabia o que fazer.
- Não quero conversar, My, vai embora! – ela respondeu ainda gritando e entre soluços.
- Não vou sair daqui antes de você me contar os motivos desses cortes e porquê eu consigo contar cada costela sua! – foi a vez de Miley falar alto.

Miley aproximou-se da amiga e sentou-se ao seu lado, colocou as roupas sobre a amiga de modo que cobriam seus ombros e afagou seus cabelos.

- Olha, eu não vou te julgar. – Miley começou a dizer. – Só quero saber o que aconteceu.

Demi levantou a cabeça e encarou a amiga com seus olhos vermelhos e inchados. Engoliu o choro e tentou controlar a respiração. Mas não conseguia falar.

- Quem fez isso? Quem te fez chegar nesse estado? – Miley perguntou solícita.
- Tudo começou quando eu me mudei pra Londres... 

Assim Demi começou a contar toda a sua história para Miley que ouvia tudo atentamente e indignava-se com o que escutava. Demi sentia-se cada vez mais leve a medida que colocava tudo pra fora, da mesma forma que sentiu-se quando relatou tudo a Joe.

- Demi, você precisa de ajuda! – Miley disse amigavelmente.
- Não conta isso pra ninguém, por favor! – Demi quase implorou.
- Não vou contar, mas vou ajudar você! – Miley disse. – Minha mãe é psicóloga, eu posso falar com ela...
-Não quero falar com ninguém, Miley. – Demi disse, alto e autoritariamente. – Eu estou bem!
- Não, você não está! – Miley disse séria. – Você não come, vomita o que raramente ingere e ainda se corta por outras pessoas! Você não está bem!

Demi nada respondeu, apenas abaixou a cabeça e voltou a chorar.

- Vem, levanta e vamos ao refeitório. Já perdemos a primeira aula mesmo! – Miley disse ajudando a amiga ficar de pé. – Eu espero você.

Demi confirmou com a cabeça e Miley deixou o banheiro, para esperar a amiga no quarto.
Quando Demi saiu encontrou Miley sentada na cama, mexendo no celular.

- Está pronta? – ela perguntou ao ver a amiga em pé ao seu lado.
- Sim. – Demi respondeu.
- Então vamos!
- Miley! – Demi chamou antes que a amiga passasse pela porta. – Obrigada!

Miley nada disse, apenas sorriu e abraçou a amiga pelo pescoço e caminharam desse modo, rindo de algumas coisas que Miley falava, como se nada tivesse acontecido naquele banheiro há alguns minutos.


Ao chegarem ao refeitório, Demi estancou e perdeu brevemente o sorriso que tinha no rosto. Bem na sua frente, sentados em uma mesma mesa, estavam Selena, Mike, Anna e Joe. Ela não soube explicar o porquê, mas ver Anna e Joe tão próximos e rindo de algo em comum a deixou brevemente irritada e com vontade de sumir dali.




Continua...


n/a: Oi minhas lindas! ;) Bem, como disse no início, esse cap. é dedicado à Thaly que é uma grande amiga e que está passando por um momento complicado aqui no mundo dos blogs :/ Mas assim como a Miley apoiou a Demi aqui nesse cap. eu que ro que vc saiba, Thaly, que eu apoiarei vc sempre, ok?! Amo vc, amiga! <3 Quanto a fic o que posso dizer é que ela está praticamente na metade e daqui por diante as coisas aceleram... Espero, mesmo, que vcs gostem tá?! Obrigado pelos comentários e é isso... Até o próximo post, amores, bjus! :***



RESPOSTAS DO CAPÍTULO 11 AQUI
RESPOSTAS DO CAPÍTULO 12 AQUI



Divulgação :D

Amores, esse post é pra divulgar o blog da Thais. 
Ela é uma fofa e a fic que está sendo postada no blog é meu novo vício kkk enfim, vale a pena seguir e quem já seguia vale dar uma conferida se está tudo certo, pois ela mudou o url... Bem, é isso! Sigam e comentem MUITOOO!! ;))





Post do capítulo novo a seguir! ;)

27 de agosto de 2013

Twelve

- Como é que é? – Brian disse em tom ameaçador, dando dois passos em direção a Joe.
- Eu preciso de um prazo maior. – Joe disse, sem poder soltar a respiração, tamanho o seu nervosismo.
- Mais? Será possível que você não entende que eu quero a minha grana?! – Brian disse, encarando Joe duramente.
- Eu ainda não tenho todo o dinheiro, mas falta pouco, eu juro! – Joe disse aflito.

Brian continuou a encarar o colega de quarto e então se virou, dando a Joe a oportunidade de respirar.

- Não costumo fazer isso, mas vou levar em consideração que somos companheiros de quarto. – Brian disse sorrindo falso. – Vou dar mais uma semana.
- O quê? Não! Preciso de pelo menos duas. – Joe protestou.
- Uma semana e nada mais. – Brian disse sério. – E se reclamar, vai ficar sem prazo nenhum!

Joe respirou fundo e balançou a cabeça afirmativamente. Brian caminhou até a mesinha e depois até Joe, estendeu a ele um pacotinho que tinha como conteúdo um pó branco. Joe pensou em relutar, não aceitar, mas quando deu por si, já estava guardando o pacote transparente no bolso da calça.

- Fiquei sabendo... – Brian começou e fez uma pausa pra acender um cigarro. – Que você encontrou sua amiga de infância. A tal menininha da foto. É verdade?

Joe estancou. Não sabia o que responder, tinha medo que sua resposta, sem querer, colocasse Demi na jogada. Mas se Brian já sabia desse fato, era apenas uma questão de tempo até saber que sua amiga era Demi.

- É verdade. – Joe respondeu, por fim.
- E ela é bonita? – Brian perguntou erguendo uma sobrancelha.
- Não pra você. – Joe disse categórico.
- Olha... –Brian fingiu um risinho. – Quem decide o que é bom ou não pra mim, sou eu.

Joe nada respondeu.

- Preciso conhecer essa sua amiguinha, talvez ela valha alguma coisa na sua dívida. – Brian disse, calmamente, como quem negocia uma mercadoria.
- Deixa a Demi fora disso! – Joe disse entre dentes, já que estava pressionando uma arcada dentária contra a outra.
- Isso, meu querido, quem decide também sou eu! – Brian disse rindo. – Agora, vaza! Não tenho tempo a perder.

Joe virou-se e saiu porta a fora. Sentia todo o seu corpo tremer em misto de raiva e medo. A faculdade não era mais segura para Demi, pois ele sabia que Brian era capaz de tudo. Mas como convenceria a amiga de ir embora, sem falar seu real problema?

A cabeça de Joe funcionava rapidamente e ele, por muitas vezes, perdeu-se em seus próprios pensamentos. Jamais se perdoaria se algo acontecesse com Demi por sua culpa, mas, por outro lado, não queria ficar longe dela.

Quando deu por si, já estava em frente ao jardim e, como se todo o universo estivesse conspirando algo ou brincando com ele, Demi estava sentada em um dos bancos com seus fones no ouvido e os olhos fechado, cantando baixinho. O garoto nunca havia reparado em como a amiga era linda e em como seu coração disparava toda vez que a via. Mas para ele, isso não passava de nervosismo, pois ter Demi por perto era por seu segredo e ela própria em risco.

Ele caminhou calmamente pela grama até aproximar-se dela. Sentou-se ao seu lado e esperou que ela o notasse, mas nada aconteceu. Então Joe apenas esperou enquanto a observava a luz do sol. Linda, de uma maneira diferente que Joe não soube precisar, mas linda!

- Joe! – Demi exclamou quando o viu ao seu lado, olhando-a sem nada dizer. – Você está aí faz muito tempo?
- Não sei... Fiquei distraído olhando pra você. – ele respondeu dando de ombros e abrindo um sorriso que fez as bochechas de Demi corarem.
-Para com isso, assim me deixa sem graça! – ela disse, batendo de leve no ombro do amigo que riu e desviou o olhar dela.
- Você está melhor? – ele perguntou realmente preocupado.

Demi apenas balançou a cabeça afirmativamente. Joe pegou os braços da garota e puxou as mangas para cima. As feridas ali presentes estavam cicatrizando, sem sinal de novas. O garoto passou os dedos levemente por cima e depois beijou cada linha no pulso da menina, que fechou os olhos ao sentir os lábios quentes do amigo tocarem sua pele.

- Eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você, Demi. – ele disse olhando para a menina que, ao ouvir suas palavras, abriu os olhos para encará-lo. – Eu prometo!

Demi sentiu o coração disparar e a boca secar. Não sabia o motivo, mas era, talvez, pela afirmativa do amigo. Ela realmente sentia-se mais segura com Joe por perto, mas aquelas palavras a fizeram tremer. Algo ruim estava por vir e ela podia sentir isso.

- Joe, eu não quero que nada de mal aconteça com você! – ela disse aflita e tomando as mãos do amigo nas suas. – Acho que morreria se algo do tipo acontecesse com você.
- Vai ficar tudo bem, ok?! – ele disse sorrindo.

Demi devolveu o sorriso e abraçou o amigo. Joe a puxou para mais perto fazendo com que a garota sentasse em seu colo, o que tornou o baraço ainda mais apertado. Podiam sentir seus corações baterem compassados e suas respirações se igualarem.

Era uma sensação estranha e nova. Ambos nunca se sentiram tão desconfortavelmente confortáveis. Essa mistura de sentimentos faziam suas cabeças rodarem em busca de respostas. Mas ambos tinham uma certeza: não existia, no mundo, melhor lugar para estar que nos braços um dos outro. 

Afastaram-se depois de um tempo e viram-se muito próximos de modo que suas bocas sopravam seus hálitos adocicados uma na outra. Não conseguiam desgrudar os olhares nem ao menos mover-se. Era como se, qualquer movimento, coloca-se tudo a perder.

- Acho melhor nós voltarmos... – Joe sussurrou contra os lábios de Demi que ainda parecia hipnotizada. – Você não acha?
-Claro... – ela disse baixinho e depois pigarreou, levantando-se na sequência. – Acho sim.
- Eu acompanho você até seu quarto. – Joe disse, também se pondo de pé.

Demi apenas confirmou com a cabeça e seguiram pelo corredor.

- Você... Hm... deixou algum é... Namorado lá em Londres? – Joe perguntou meio sem jeito enquanto andavam.
- Jura que você está me perguntando isso, mesmo depois de tudo o que eu contei? – ela disse com uma risada descrente.
- Ah, foi só pra saber... – ele disse dando de ombros.
- Não, ninguém me espera em Londres. – ela disse olhando para os próprios pés. - E você? –perguntou divertida, andando de costas para olhar para o amigo.
- Eu o quê? – Joe tentou desconversar.
- Você sabe! Está de rolo com alguém? – ela disse dando uma piscadinha no final o que deixou Joe totalmente desconcentrado.
- Ahnn... Não, eu não sou do tipo popular... – ele disse tímido.

Demi riu do jeito do amigo e voltou a andar do seu lado.

- As meninas dessa faculdade estão perdendo um cara incrível. – ela disse sincera.

Joe olhou para ela que tinha os olhos fixos no chão e riu sem jeito.

- Os meninos de Londres é que não sabem a garota incrível que eles perderam. – ele devolveu o elogio.

Demi olhou para o amigo e abriu um sorriso que fez todo o dia de Joe ter valido a pena. Era o sorriso mais lindo que o garoto vira em toda a sua vida.

- Chegamos. – ele disse parando em frente a porta do quarto da amiga.
- É... Chegamos... – ela confirmou a frase do amigo.
- Bom, nos vemos amanhã no refeitório? – Ele perguntou apenas para confirmar.
- Claro! – ela respondeu sorrindo.   
- Então, boa noite Dems!
- Boa noite, Joe!

Abraçaram-se em despedida e estalaram um beijo na bochecha um do outro. Joe saiu andando pelo corredor com o coração em brasa e quase saindo pela boca. Nunca havia se sentido assim ao lado da amiga, mas alguma coisa nisso tudo havia posto um sorriso em seu rosto.


Demi foi dormir com a sensação de plenitude e com o coração palpitando. O dia hoje havia sido diferente e ter sido sincera com o amigo a fazia mais leve. Como se não precisasse mais dos cortes. Como se Joe fosse a peça que sempre esteve faltando em sua vida. O amigo que ela sempre precisou ter ao seu lado. 




Continua...




n/a: Oi amores! :) passando aqui rapidinho, só pra postar pra vocês u.u Tô morrendo de sono, pois só dormi 3 horas hoje o dia todo!! Essa faculdade vai acabar me matando :/ Enfim... Desculpem qualquer erro, pois não tive tempo de revisar a fic :S Amo vocês, não esqueçam de comentar ok?! Não vou responder os comentários do cap. anterior agora, por motivos de ESTOU COM SONO :/ mas no próximo post eu respondo junto com os desse cap. ok?! :D Bjus amores e até o próximo post! :***

24 de agosto de 2013

Eleven

Joe andava apressado pelos corredores. Estava sentindo raiva de si mesmo e do jeito como tinha tratado sua amiga. Ele nunca imaginou que seria capaz de agir assim com alguém. Demi não merecia isso, ela não tinha culpa de nada.

Depois que a garota saiu do quarto, Mike conversou com Joe e contou que durante o tempo em que ficou sumido, Demi não deixou de se preocupar com ele um instante sequer. Joe ouviu tudo calado, sentindo-se pior ainda. Sem que ele pedisse, Mike disse onde era o dormitório onde Demi estava e era exatamente para onde ele caminhava com tanta pressa.

Ao chegar em frente ao quarto, bateu na porta algumas vezes, mas não obteve resposta. Cogitou a possibilidade de voltar e falar com ela pela manhã, mas não conseguiu. Ele precisava desculpar-se hoje, ou então não conseguiria dormir. Bateu na porta mais uma vez. Nada. Levou a mão até a maçaneta e rodou. A porta estava aberta. Joe hesitou um pouco, mas então resolveu entrar.

Todas as luzes estavam apagadas e Joe não conseguia ver quase nada. Tudo o que era possível enxergar era graças a um feixe de luz fraco que saia da fresta do banheiro. 

-Demi. – Joe chamou baixinho, mas não obteve resposta.

Olhou rapidamente para as camas e viu que nenhuma delas estava ocupada. Então Joe caminhou devagar até o banheiro, bateu na porta três vezes e chamou pela Demi novamente. Mais uma vez não teve resposta alguma.

Joe repetiu os mesmos passos que fizera há pouco com a porta do quarto e, nesse caso, a porta também estava aberta. O garoto abriu-a devagar e ao entrar deparou-se com a cena mais desesperadora que ele pode presenciar.

Demi estava jogada no chão, com os braços cortados e uma pequena poça de sangue tinha sido formada no azulejo branco. A garota estava pálida e imóvel. O primeiro pensamento de Joe foi terrível. Demi havia se matado.

- Demi! Demi, pelo amor de Deus, fala comigo! – Joe disse, já de joelhos e carregando o tronco da amiga em seu colo.

A menina continuava de olhos fechados e com a respiração fraca. Pelo menos havia alguma respiração, por mínima que fosse. Ela não estava morta. Joe levou os olhos até os cortes e tocou de leve, deixando seus dedos um pouco sujos de sangue e de alguma forma sentiu-se culpado por aquilo.

- Demi! – ele chamou mais uma vez.

O desespero fazia seu corpo tremer involuntariamente. Joe não sabia o que fazer, olhou a sua volta em busca de algo que pudesse ajudar, mas antes que ele encontrasse algo, sentiu Demi mexer-se milimetricamente em seu colo.

- Demi, por favor... – Joe chamou baixinho.

Demi abriu os olhos lentamente, tentando focar alguma imagem.

- Joe? – ela disse, forçando a vista para que a imagem se tornasse nítida.
- Sou eu sim. – Joe disse, sorrindo levemente.
- Onde... O que aconteceu? – ela disse, levantando o tronco e pondo-se sentada.
- Eu que pergunto. O que é isso no seu pulso? – Joe perguntou.

Demi com em um impulso, levou as mãos para tampar o ferimento e fechou os olhos. Foi invadida pelo sentimento de vergonha ao ser descoberta e não conseguiu dizer uma palavra.

- Você tentou se matar, Demi? – Joe perguntou com uma expressão incrédula.

Demi levantou-se ainda meio tonta sendo acompanhada por Joe, que esperava uma resposta.

- Não. – ela respondeu simplesmente, de costas para o amigo.
- Então o que é isso? – ele insistiu.
- Porque eu deveria contar? – ela disse, virando-se para Joe. – Você não confiou em mim. Porque eu confiaria em você?
- Demi, isso é sério! – Joe tentou argumentar. – Eu encontrei você desmaiada, com cortes no pulso.
- E eu encontrei você espancado! – ela retrucou.

Joe respirou fundo e sentou-se na tampa da louça do banheiro. Apoiou os cotovelos nos joelhos e a cabeça nas mãos. Enquanto Demi permaneceu no mesmo local.

- Eu estou devendo... A uma pessoa. – Joe começou a dizer, ainda de cabeça baixa, mas, agora, com as mãos cruzadas.
- Devendo? – Demi perguntou, em uma forma de demonstrar interesse.
- É. – ele disse, maneando a cabeça de forma afirmativa.
- Devendo quanto? Pra quem?  - Demi começou a questionar, descruzando os braços.
- É muito dinheiro, mas eu já tô dando um jeito. – Joe disse, levantando os olhos para encarar a amiga, mas por poucos segundos.
- Foi esse cara que mandou bater em você? – ela perguntou de forma preocupada.
- Foi ele sim. E eu fiquei aquele tempo sumido porque eu... Estava com ele, foi aí que eu adquiri a dívida. – ele disse, querendo acabar logo com aquilo.

Demi ficou em silêncio. Não sabia o que fazer nem o que falar. Queria poder ajudar o amigo, mas não tinha muito dinheiro.

- Joe, eu não tenho muito, mas se eu economizar... – ela começou a dizer, mas foi interrompida.
- Não, Demi, por favor! – Joe disse, com uma expressão que Demi não soube interpretar. – Não faz eu me sentir pior. Eu... Vou dar um jeito.

Demi mordeu o lábio inferior em sinal de nervosismo. O silêncio tomou conta do ambiente e então a garota se deu conta que era sua deixa.

- Eu não tentei me matar. – ela escolheu essa explicação para começar a contar sua história. – Sou fraca demais pra isso...

A garota respirou fundo e então sentou-se de frente para Joe, no chão.

- Acho que faço isso justamente porque não tenho forças pra ir além. – ela disse sincera.
- Mas... Porque Demi? Porque se castigar assim? – Joe quis saber.
- Tudo começou, quando eu tomei a decisão errada em uma noite de festa e bebida. Eu não era muito de sair sabe?! Mas um garoto me convidou. O garoto que eu gostava. Peter era o nome dele. – Demi parou e respirou fundo. – Depois de algumas doses ele me chamou pra subir e fomos para o quarto e você deve imaginar o que aconteceu... – ela fez uma pausa e Joe apenas confirmou com a cabeça. – No dia seguinte, ele me humilhou na frente de toda a escola, dizendo coisas horríveis.
- Que coisas? – Joe perguntou cuidadoso.
- Que tinha me usado, pois eu era gorda e nerd demais pra ser desejável. Ele disse que só conseguiu ir pra cama comigo porque estava bêbado. – Demi secou algumas lágrimas que desciam pela sua bochecha. – Eu saí correndo e quando cheguei em casa me senti péssima e então... Não sei por que, senti uma vontade imensa de me castigar e foi aí que tudo começou.
- Você tá me dizendo que se corta porque se acha gorda e feia? – Joe perguntou sem poder acreditar. – Você não pode estar falando sério!
- Eu perdi peso! Muito peso nos últimos dois anos... – ela disse criando forças pra contar o resto.
- Com certeza fazendo aquelas dietas loucas de menina né?! Que besteira, Demi! – Joe estava indignado.
- Eu não como! – ela disse alto e apertando os olhos.
- O quê? – Joe pareceu não acreditar.
- Eu passo dias sem comer e quando como... Vomito tudo! – ela disse, ainda sem encarar o amigo.

Joe pareceu perplexo. Não era possível que Demi passasse por tudo isso era inacreditável que alguém chegasse a tal ponto.

- Não acredito que você faz tudo isso por causa de um garoto! – Joe disse meio agressivo.

Demi levantou-se de impulso e controlou a vontade de gritar.

- Eu sofria bullying! – ela disse alto o suficiente para que deixasse transparecer sua raiva. – Não foi por causa de um garoto, foi por causa de tudo! Ele foi só a gota d’água... Eu era humilhada todo o dia, jogada de canto, não tinha amigos e tudo porque eu era gorda e usava óculos! Ninguém queria chegar perto de mim, pois era vergonhoso. Eu nuca fui convidada a uma festa de pijama, nunca tive grupos de amigas, eu fiquei esse tempo todo sozinha! Você sabe o que é isso? Ficar sozinha e saber que é por causa da sua aparência! Eu era apenas uma adolescente, Joe! E eles... Acabaram com a minha vida!

Demi então caiu em prantos sentindo-se estranhamente mais leve, como se um piano tivesse saído de suas costas. Joe andou rápido até a amiga e a abraçou, fazendo seu corpo balançar juntamente com o dela, devido os soluços. Demi relutou, mas logo abraçou o amigo como se disso dependesse sua vida. E realmente dependia, naquele momento, dependia.

- Desculpa! Por favor, me desculpa! – ele pediu baixinho no ouvido da amiga. – Eu tô aqui com você! Tudo vai ficar bem porque agora eu tô aqui com você!


Demi queria mais que tudo acreditar naquilo, mas alguma coisa dentro dela dizia que tudo ainda podia piorar. Ela resolveu ignorar essa vozinha irritante e apegar-se às palavras do amigo que, naquele instante, era tudo o que ela tinha.




Continua...



n/a: Oi minhas lindas! :) Capítulo tenso hein?! Joe descobriu tudo sobre a Demi, mas ela não sabe de toda a verdade dele... Alguém aí acha que isso vai dar confusão? .-. Pra quem aí tá se roendo de curiosidade pra saber quando as amigas vão saber eu preciso dizer que NEM TODAS vão ficar sabendo... Enfim, por hoje é isso! Muito obrigada pelos comentários e eu AMO vocês mesmo!! Até o próximo post e comentem! Bjuuus! :****


P.S.: Minhas lindas, aqui vai uma dica pra quem gosta de BOAS histórias de vampiros e lobisomens esse aqui é um blog que vocês PRECISAM acessar: Dammed Blood. Eu recomendo DEMAIS e posso dizer com toda a certeza que vocês não irão se arrepender de dar uma passadinha lá. Comentem muito pois a autora, Thalya, merece demais! Ela é uma fofa e escreve SUPER bem! ;)  



RESPOSTAS DO CAPÍTULO ANTERIOR AQUI

22 de agosto de 2013

Ten

- Ai, Demi! – Joe exclamou alto.
- Fica quieto, assim não consigo limpar isso direito. – Demi disse, enquanto passava algodão com soro nos ferimentos no rosto de Joe.

Depois do telefonema de Demi, Mike correu até onde eles estavam. Juntos, levaram Joe até o dormitório e, agora, cuidavam dos ferimentos do amigo. Demi demostrava impaciência com Joe e ele sabia que ela estava irritada com ele, mas queria a todo custo não demostrar, pois não queria tocar no assunto.

- Pronto. – Demi disse, após terminar os curativos.
- Obrigado. – Joe disse, sussurrando.

Demi virou-se para Mike, sem olhar para Joe, o que incomodou o garoto.

- Mike, você pode me deixar sozinha com o Joe? – ela pediu educadamente.

Mike olhou para o amigo que estava com os olhos fixos no chão, sem resposta, afirmou brevemente com a cabeça e saiu do quarto, acompanhado do sorriso agradecido de Demi.

- Somos só nós agora. – Demi começou a dizer, ainda em pé próximo a porta. – Pode me contar o que está acontecendo?
- Demi... É uma longa história... – ele disse, tentando não começar esse assunto.

Demi deu dois passos e puxou a cadeira que ficava próxima a escarninha, sentou-se e cruzou os braços.

- Tenho o todo o tempo do mundo pra ouvir você. – ela disse séria.

Joe suspirou derrotado e pareceu lutar consigo mesmo. Por várias vezes ameaçou abrir a boca e falar alguma coisa, mas nenhuma palavra era emitida.

- Joe, eu ainda sou sua amiga... Pode fazer muito tempo, mas acho que nem preciso lembrar que você pode confiar e contar comigo sempre! Porque não me deixa ajudar você? – Demi disse na tentativa de encorajar Joe a se abrir.
- Você não entenderia... – ele disse, sem olhar nos olhos da garota a sua frente.
- O que faz você pensar isso? – ela disse, meio revoltada com o que ouviu.
- É complicado... Você se afastaria de mim e eu não quero isso. – Joe disse, sentindo-se mal por ser o que era.
- Jamais, Joe! Nada me afastará de você... Não agora que te encontrei! – Demi disse de modo sincero.

Mesmo tendo certeza que podia confiar na amiga, Joe não conseguia contar, nem tão pouco encarar a amiga. Tinha vergonha e sabia que Demi sentiria o mesmo dele.

Demi levantou-se e caminhou até o amigo, pondo-se agachada na sua frente.

- Olha pra mim, Joe. – ela pediu, docemente.

Ele não conseguiu fazer o que foi pedido.

- Por favor... – Demi insistiu.

Nada.

- Deixe-me ajudar você. – a voz doce da amiga o fazia sentir ainda pior.

Contra a vontade dele as lágrimas começaram a rolar, por fraqueza, por vergonha e por medo. Demi levou as mãos até o rosto de Joe, para secar as lágrimas, mas foi impedida pela mão do amigo que segurou a sua com certa força.

- Sai daqui, Demi. – ele disse entre lágrimas.

Demi não entendeu o pedido e continuou estática.

- Sai! Vai embora! – Joe disse aos gritos, o que assustou Demi fazendo-a cair sentada no chão.
- Joe o que aconteceu com você? – ela perguntou deixando as lágrimas pelo susto rolarem.
- Só quero que você suma! Não é bom ficar do meu lado, eu não sou mais aquele menino de 10 anos! – ele disse ainda aos gritos e pondo-se de pé.
- Você sempre será aquele menino pra mim! – ela disse aos prantos.
- Eu não sou uma boa pessoa! Dá pra entender? - ele continuou gritando com a amiga, por mais que isso o estivesse matando por dentro.

Demi levantou-se no exato momento em que Mike entrou no quarto.

- O que está acontecendo aqui? – Mike perguntou urgente. – Vocês perderam a noção?
- Leva a Demi daqui, Mike. – Joe pediu ao amigo.
- Não precisa, eu sei o caminho. – Demi disse secando as lágrimas do rosto. – Só não espere que eu volte!

Então Demi girou nos calcanhares e saiu batendo a porta atrás de si. Mike olhou para o amigo sem entender o que tinha acontecido e Joe pode finalmente se entregar ao choro que estava entalado em sua garganta.

A garota corria desesperada pelos corredores que a levavam para o quarto. As lágrimas, que desciam teimosamente pela face, eram levadas pelo vento. Mais uma vez ela havia sido rejeitada. Mais uma vez a dor de ser desprezada. Ela não era amada e jamais seria.

Entrou no seu quarto e todas as luzes estavam apagadas. Suas companheiras de quarto não estavam. Por um breve momento ela cogitou a possibilidade de terem ido atrás dela, tamanha a sua demora, mas logo desconsiderou. Como alguém se preocuparia com uma pessoa como ela? Um misto de risada e choro tomou conta de Demi. Realmente, ela não merecia ser amada.

Cambaleando, devido ao choro, ela caminhou até o banheiro. Olhou-se no espelho e se, naquele momento, tivesse algo nas mãos, teria quebrado o reflexo repugnante que viu de si mesma. 

Ela sabia do que precisava, sabia que só assim poderia se sentir um pouco melhor. Um vicio que falava mais alto que o amor próprio, que há muito ela não tinha.

Começou a buscar algo que pudesse ajudá-la. Abriu o armário do espelho, uma por uma as gavetas que estavam a direita e o mesmo fez com as da esquerda, mas foi na última que Demi encontrou o que precisava. O objeto metálico e pontudo parecia gritar. Demi pegou a tesoura de unha e abriu. Isso com certeza serviria.

Fechou os olhos e desferiu o primeiro corte contra a pele próxima ao seu pulso esquerdo. Depois o segundo, terceiro, quarto... Até que a vista de Demi escureceu, suas pernas fraquejarem. O baque contra o chão ela não sentiu. Já estava desacordada.




Continua...



n/a: Oi :) Tive um tempinho durante a semana e resolvi postar o capítulo pra vocês! c: Ele não está muito grande, desculpem :/ Bem, eu não tenho muito pra falar... Só quero pedir pra que vocês comentem, conversem comigo e digam o que estão achando da fic ok?! AMO vocês! MUITO OBRIGADA por não me abandonarem e até a próxima!! Bjuus! :***




COMENTÁRIOS RESPONDIDOS AQUI


18 de agosto de 2013

Nine

- Mike, por favor, me diz cadê o Joe? – Demi perguntava aflita, pela quarta vez.
- Eu já disse que não sei, Demi. – o garoto respondeu, paciente.
- Como pode? Vocês dormem no mesmo quarto! – ela já estava aumentando o tom de voz e sua preocupação era nítida.
- Ele não tem aparecido por lá... – ele disse, enquanto olhava fixamente para o copo em sua mão.
- Você está mentindo, eu sei que está! – ela disse, em um tom baixo, quase tímido.
Mike nada disse, apenas sustentou o olhar por algum tempo, antes de tornar-se a concentrar no copo.
- Eu só queria saber o porquê dele ter sumido... – ela disse, encostando-se na parede às suas costas. – Foi alguma coisa que eu fiz, ou que eu disse. Tenho certeza.
- Não Demi! – ele apressou-se em dizer.- Não se culpe. Acredita em mim, não tem nada a ver com você!
- Então você sabe o motivo. – ela constatou e cravou o olhar em de Mike.
- Sei... – ele confessou com um suspiro derrotado.
- Então me conta! – ela pediu aflita.
- Não posso, prometi que não falaria nada a ninguém! – Mike disse, com expressão de pesar.
- Eu sou a melhor amiga dele! Tá certo que não nos vemos faz muito tempo, mas duvido que ele esconderia algo de mim... – ela disse, de braços cruzados.
- O Joe mudou muito sabia?! A começar pelo fato dele não ter mais 10 anos... – Mike disse, disfarçando a seriedade do que ele dizia com um risinho nervoso. – Assim como você não tem mais 8 anos...
- Continuamos as mesmas pessoas! – ela disse convicta.
- Não mesmo, Demi! – Mike discordou.
- Como pode ter certeza? – Demi quis saber.
- Todo mundo muda. É a lei da vida! – ele deu de ombros.

Ela bufou irritada.

- Você não vai me dizer mesmo onde ele está né?!
- Já disse que não sei! Agora eu preciso ir... – ele se aproximou e deu um beijo rápido na bochecha da garota.

Demi observou Mike ser engolido pela multidão de pessoas que circulavam pelos corredores da faculdade. Ela sentia-se triste e fraca. Tinha feito algo de errado e por isso Joe não queria mais estar ao lado dela. Isso era um fato incontestável na cabeça da garota.

Há três dias sem notícias e a única pessoa que poderia ajudá-la, estava mentindo. Alguma coisa dentro dela dizia que Joe precisava de ajuda, mas como ela poderia ajudar? Tinha que encontrar seu amigo!

- Oi meninas! – ela disse quando chegou em seu quarto.
- Oi! – elas responderam em uníssono.
- Hm, pela sua cara, ainda está sem notícias do seu amigo, não é?! – Miley perguntou, realmente sentida.
- É... O amigo dele não quer me dizer onde ele está e eu sei que ele sabe! – Demi deixou toda a sua revolta nítida ao dizer aquelas palavras.
- Calma isso aqui é um campus, ele deve estar em algum lugar. – Selena se manifestou.
- Isso se estiver por aqui... – Anna, que pintava as unhas do pé em cima de sua cama, disse dando de ombros.

Demi levou as mãos ao rosto e deixou-se cair em sua cama. Sentia-se exausta em nem ao menos sabia por quê... Ou melhor, fingia não saber.

- Não vi você no almoço hoje, Demi. – Miley disse, enquanto digitava algo em seu notebook.
- É eu acabei me distraindo na biblioteca e perdi a hora. – ela mentiu.
- E você está sem almoçar até agora? São quase seis horas da noite, Demi! – Selena disse, boquiaberta.
- Não esquenta, depois vou à lanchonete e como alguma coisa! – Demi disse, despreocupadamente.
- Cuidado, essas besteiras vão direto pra sua bunda em forma de celulite! – Anna disse, de sobrancelhas levantadas, como quem alerta alguém sobre algo muito importante.

Demi nada respondeu. Ela não precisava desse aviso, sabia muito bem disso. Aliás, era por esse motivo que ela não comia. Sem que ela pudesse controlar, sua mente formou sua imagem gorda e cheia de celulites. Uma visão completamente assustadora. Nesse exato momento ela decidiu que dormiria em jejum. Sim, ela não havia comido nem bebido nada, além de água, durante todo o dia.

- Bem, vou lá ao lanche antes que feche. – ela disse levantando-se. Não iria comer, mas suas amigas não precisavam saber desse fato.

Saiu do seu quarto e caminhou lentamente pelos corredores quase vazios. Quanto tempo levava pra que uma pessoa comesse? Fazia tanto tempo que ela não fazia isso que havia esquecido. Mas, por vias das dúvidas, caminharia por algumas horas. Duas talvez...

 Pouco depois de alguns minutos, chegou a uma espécie de jardim, onde havia bancos de madeira, dispostos em pares por todo o quadrante coberto de grama. Nesse momento ela arrependeu-se por não ter trazido seu livro. Mas ainda havia seu celular e os fones de ouvido.

Com os olhos fechados e pernas flexionadas, de modo que podia encostar o queixo nos joelhos, Demi ouvia apenas a melodia da música, fazendo-a flutuar por outro lugar, muito longe dali, longe das pessoas e da dor. Longe de si mesma.

De repente essa calma foi quebrada. Demi sentiu algo caindo sobre ela, muito pesado. Não pode conter o grito que saiu de sua garganta, tão alto, que mesmo com os fones, ela pode ouvir.

- Shiiiiii... – fez a pessoa que caíra sobre ela.  

Ela lutou um pouco até conseguir levantar-se e quando o fez, viu seu amigo, Joe, coberto de sangue no rosto e pelo nariz, sujo e meio grogue. Ele ia dizer algo, mas ela não deixou.

- Joe! – exclamou, arrancando os fones do ouvido e segurando o rosto do amigo para examinar de onde vinha tanto sangue. – O que foi isso? O que aconteceu?
- Demi... – ele disse em um meio gemido, segurando as costelas.
- Joe, pelo amor de Deus, quem fez isso com você? – ela estava tão nervosa que lágrimas começaram a brotar de seu rosto.
- Leva... Quarto... – ele tentava falar, mais quase nenhum som saía.

Demi fechou os olhos deixando algumas lágrimas caírem. Pegou o telefone e discou um número que ela já havia decorado. Depois de três toques, foi atendida.

- Mike, eu o achei!




Continua...


n/a: Oi amores :) É o seguinte, quando eu disse que não sabia quando ia postar não quis dizer que não postaria mais! O que aconteceu com os comentários??? :((((( Eu não vou abandonar vocês de novo, juro! Tenho capítulos adiantados e a demorada é apenas por conta da faculdade que me deixa meio sem tempo durante a semana... Poxa, não me abandonem! :( Tenho uma mini fic pra postar, mas só farei se esse capítulo voltar a ter  um número considerável de comentários ok?! MUITO OBRIGADA a quem sempre comenta, AMO vocês do fundo do meu coração! <333 E é isso... até a próximo post! Bjus! :***



COMENTÁRIOS RESPONDIDOS AQUI