24 de novembro de 2013

Capítulo Um

"Venha, o amor tem sempre a porta aberta e vem chegando a primavera. Nosso futuro recomeça. Venha, que o que vem é perfeição." - Perfeição, Legião Urbana.




- Há 18 anos nascia a razão da minha existência. Tão pequena e rosada que não acreditei ser possível ser feita com um pouco de mim. – risos - Daquele dia em diante passei a viver apenas por ela e hoje vejo que o esforço não foi em vão. Demetria é hoje tudo que sempre sonhei que fosse. Parabéns minha filha, pela mulher linda que és hoje e pelo futuro brilhante que terás pela frete!
O discurso emocionado do meu pai quase me fez borrar a maquiagem. Ele sabia exatamente o que dizer em momentos como esses, afinal o senhor Marcos Marcondi era o maior advogado do estado de São Paulo. Um pai amoroso e preocupado. Sempre esteve ao meu lado e nunca me negou nada. Se tem uma pessoa nesse mundo que sei que poderei contar pra sempre, sem dúvidas, é meu pai.
Olhei para a minha mãe e ela sorriu pra mim. Como ela era perfeita! Linda com seus olhos verdes e seus cabelos dourados. Elegante e com ar de mulher bem sucedida. Tudo o que quero ser um dia estava ali, personificado em mulher dentro de um vestido cor de vinho, salto alto e joias caras. Minha mãe era minha rainha.
- Minha pequena, quanto orgulho eu sinto por ser sua mãe. Uma grande bailarina, uma excelente filha e tenho certeza que serás uma esposa sem igual, ouviu Maurício?! - minha mãe riu da própria piada sendo acompanhada pelos demais convidados. - Parabéns minha querida e que possamos comemorar muitos outros aniversários.
A senhora Débora Marcondi não poderia deixar de falar e fazer suas piadinhas com meu noivado. Ela parecia, às vezes, mais empolgada que eu.
Depois de um tempo perdida em pensamentos, percebi que todos me olhavam e me toquei que era minha deixa para os agradecimentos e os blá blá blás comuns as festas da alta sociedade.
- Muito obrigada a todos por estarem aqui, comemorado comigo mais um aniversario. Obrigada em especial aos meus pais, pois sem eles eu não seria nada do que eu sou hoje. Obrigada a minha professora, senhora Beatrice Mathews, por toda sua dedicação comigo desde que eu tinha apenas 5 anos. E, claro, não podia deixar de agradecer aquele que será meu companheiro para toda uma vida, meu noivo Maurício, obrigada por sempre estar ao meu lado.
Sai do palco com aplausos e sorrisos, caminhei até o rapaz mais bonito da festa, que não por acaso era meu noivo. Maurício Alencar era filho de um poderoso empresário do país. Crescemos juntos, estudamos na mesma escola e sempre frequentávamos os mesmos lugares. Não era de se estranhar que um dia namoraríamos. Esse dia chegou no meu aniversário de 15 anos, quando ele me pediu em namoro e, agora, aos 18 me pediu em casamento. Óbvio que eu disse sim.
- Não precisa agradecer por nada, minha princesa. - ele disse assim que me acerquei puxando para um beijo carinhoso.
A festa seguiu normalmente até altas horas da noite e eu já não via a hora de tirar aqueles saltos e deitar em minha cama. Não que eu não gostasse de festas, mas essa tinha me cansado bastante. Sorrisos e cumprimentos para todos os lados e sempre havia alguém querendo falar comigo sobre o balé e as apresentações.
Depois de uma longa conversa com a filha dos Albuquerque, que falava sem parar sobre como a França era legal e de como ela tinha ficado com vários “gatinhos franceses” – palavras dela – sentei-me em uma mesa que já estava vazia e suspirei fundo. Tentando recuperar as energias que já estavam me faltando. 
- Querida... - senhora Mathews disse pousando sua mão suave e fina em meus ombros. Ela era a personificação da delicadeza. - Preciso ir, tenho que buscar meu filho no aeroporto, espero que não fique chateada...
- Ah, claro que não, imagina! - eu exclamei e sorri feliz por ela. Desde que recebeu a noticia de que seu filho viria morar com ela aqui no Brasil que não fala em outra coisa. - Mande lembranças ao pequeno Joseph.
- Pode deixar. - ela respondeu sorrindo e, depois de um abraço apertado, ela saiu porta afora.
Senhora Mathews era uma segunda mãe pra mim e Deus sabia o quanto eu a queria bem. Às vezes me pergunto o que seria de mim se ela não tivesse se separado do marido e decidido sair de Londres e vir morar aqui no meu país.
- Vamos pra casa? - Senti os pelos da minha nuca arrepiarem ao sentir a boca de Maurício próxima demais.
- Mas e os convidados que ainda não foram embora? - perguntei preocupada.
- Seus pais se encarregam disso. - ele respondeu com uma piscadela e eu sorri.
Eu sou a pessoa mais feliz do mundo! Minha vida era mais que perfeita e mais do que eu sonhei um dia. Meus pais eram maravilhosos comigo, se amavam e tinham um casamento bem sucedido. Eu era noiva do cara mais desejado de todo o estado, o melhor partido da alta sociedade. E ainda era a bailarina número um da academia e já cheguei a receber flores com um cartão cheios de elogios da Ana Botafogo. Quase morri nesse dia. Eu realmente não poderia reclamar de absolutamente nada!

Dois dias depois...

O sábado e o domingo passaram mais rápido que um piscar de olhos e quando menos esperei o sol, que anunciava a chegada de mais uma segunda-feira, já nascia. Era chagada a hora de levantar da cama e cumprir todo o ritual matinal comum a nós, seres humanos.
A caminho da academia, no meu carro novo que tinha ganhado de aniversário, pensei em tudo o que tinha para fazer hoje. Depois da aula, teria que ir ao shopping comprar alguns cosméticos, depois iria até a casa da Angelina, minha melhor amiga que estava chegando hoje da Califórnia depois de uma temporada lá com os pais. E depois... Nada. Esse seria o meu dia. Pensar nisso me desanimou um pouco porque olhando criticamente, além do balé eu não fazia nada de útil.
Entrei no estacionamento e procurei uma vaga, mas parecia que todas as pessoas haviam decidido estacionar ali hoje. Só podia ser brincadeira, esse estacionamento quase nunca lotava! Depois de muito procurar achei uma vaga e, devo confessar que demorei alguns minutos pra conseguir estacionar. Mas em minha defesa a vaga era minúscula, ok?!
- Pensei que precisaria ir ai te ajudar. - ouvi uma voz masculina com certo ar irônico/debochado na voz e me virei pra ver quem era e, pra minha surpresa, eu não conhecia.
- Desculpa, eu conheço você? - perguntei educadamente enquanto abria a porta do banco de trás e pegava minhas coisas.
- Não. - ele respondeu dando de ombros e continuou a me olhar com aquele ar risonho que me incomodou.
- A vaga era pequena demais. - não sei por que, mas eu me dei ao trabalho de dar explicações àquele estranho. Apenas pra me arrepender em seguida quando ouvi a risada dele que parecia sair do seu âmago. Ele chegou a lagrimar! - Posso saber do que está rindo?
- A vaga é imensa garota! - ele disse passando as mãos nos olhos e controlado o riso. - Cabem dois carros iguais ao seu ai!
Eu, como boa idiota que sou, olhei para onde meu carro estava estacionado e cheguei a conclusão de que não cabiam dois carros ali. Conclusão essa que qualquer criança também poderia chegar.
- Não exagera! - eu disse voltando- me para o estranho. - E da um desconto, eu acabei de pegar minha habilitação.
Ele riu e balançou a cabeça em negação. O vi dar dois passos em minha direção e então um medo repentino tomou conta de mim. Eu não conhecia esse cara nem nunca o tinha visto por aqui, meu sinal de bom senso me dizia pra sair dali o mais rápido possível.
- Desculpa, mas eu estou atrasada. - disse rapidamente, acionei o alarme do carro e praticamente corri em direção ao prédio, deixando o estranho sem reação.
Meu noivo que não me escute, mas esse rapaz era extremamente lindo e tinha uma voz... Com um sotaque incrivelmente sexy e... Eu não devia estar pesando nisso!
- Desculpa o atraso, senhora Mathews. - disse ao entrar na sala e fui direto para o aquecimento.
- Que não se repita. - ela me repreendeu e eu apenas acenei com a cabeça.
Estávamos ensaiando para uma nova apresentação que aconteceria dali a três semanas. Claro que eu era a bailarina principal, mas não pense que isso me exime de responsabilidades, pelo contrário, desde que me tornei a bailarina principal a cobrança ficou ainda pior. Eu não reclamava, pois o balé era a minha vida. Algo que eu realmente gostava de fazer e me sentia completa fazendo.
O ensaio foi mais que intenso e eu sentia cada músculo do meu corpo reclamar, isso sem mencionar meus pés. Já arrumava minhas coisas quando ouvi a porta bater e assim que vi quem era senti um calafrio na espinha.
- Você dança bem. - o estranho do estacionamento disse. Ele estava me seguindo ou o que? Meu Deus ele era um maníaco, um estuprador! - Sabe, quando a gente recebe um elogio costumamos agradecer.
- O que você quer? Como conseguiu entrar aqui? - perguntei sendo um pouco ríspida.
- Calma... - ele disse rindo um pouco. - eu sou...
- Filho! - a senhora Mathews entrou na sala e abraçou o garoto que retribuiu o abraço de uma maneira doce que não combinava com a jaqueta de couro preta que ele usava. - Estava procurado por você!
- Eu estava conhecendo sua academia e ela é linda, mãe! - ele disse depositando um beijo na testa da senhora.
- Ah, você já conheceu a Demetria? - ela disse apontando pra mim.
- Não devidamente. - ele sorriu e deu dois passos em minha direção. - Sou Joseph.
O sorriso dele me desconcertou um pouco. Aquele era o pequeno Joseph?
- Prazer em conhecê-lo. - eu disse estendendo a mão para cumprimenta-lo.
- A Demetria é nossa bailarina número um. – minha professora disse e vi o sorriso dela aumentar um pouco mais. Gostava de saber que as pessoas sentiam orgulho de mim, ainda mais quando eram pessoas que eu amava. Beatrice era uma dessas pessoas.
- Você deve ser boa no balé como não é de volante. - o mesmo ar debochado de antes acompanhando de um sorriso de canto.
- Devo ser... – disse simplesmente enquanto soltava a mão dele e voltava a guardar minhas coisas.
- Demetria querida, você pode chegar mais cedo amanhã? – minha professora pediu. – Preciso repassar alguns passos com você que ainda não estão perfeitos.
- Claro. – respondi com um sorrisinho amarelo.
Odiava não ser perfeita. E quando se tratava do balé eu não admitia ser menos que perfeita.
Enquanto caminhávamos para fora da academia decidi que assim que chegasse em casa repassaria toda a coreografia e, quando chegasse pro ensaio, Beatrice não veria mais erros. Afinal, eu tinha que ser a melhor!


 Continua...



n/a: Olá amores! :) Nova fic começando e eu já estou LOUCA pra saber as primeiras impressões de vocês! u.u Devo confessar que não gosto muito do primeiro capítulo, mas eu JURO que melhora tá ~ou não :x Mas enfim... Bom, sim, ela se passa no Brasil, porque a ideia original dela não era Jemi, porém acho que dá pra ler mesmo assim né?! Usem a imaginação \o/ hahaha Ai, lindas, espero que vocês gostem! Vou me calar, mas saibam que eu estou roendo todas as minhas unhas esperando os comentários de vocês! POR FAVOR falem comigo tá?! Até o capítulo 2! Beijooooos! :****


21 de novembro de 2013

Respostas aos Comentários, Selinho e Divulgação

Oie! :)
Bem, como vocês viram tive que mudar o layout e minha saga foi grande :/ No fim - cansada e sem paciência - decidi por esse mesmo... Vai ficar até eu encontrar um melhor e que me deixe responder os comentários de vocês né?! :D
Por falar neles:



Agora, vamos a DIVULGAÇÃO:

O blog divulgado hoje será o da Ju S. e a fic está na primeira temporada e bem no comecinho, ou seja, dá tempo de correr lá e acompanhar tudo desde o início! ;) Podem ir que eu recomendo e sei que vale a pena! :D



E temos o selinho que ganhei da linda Thais, do blog Too Blind To See (passem lá que vale a pena :D). Obrigada, amore! :**

Vamos lá:

Regras:
- tem que passar a tag para 5 blogs;
- repassar com o selinho (imagem);
- Colocar o link de quem criou e de quem passou;
- assim que receber a tag, tem que repassa-lo no prazo de 1 semana;
- avisar ao blog que tem tag para eles;
- tem que criar 5 perguntas das quais os blogs escolhidos terão de responder;



Quem Criou: Lado Negro
Quem passou: Who Says

Respondendo:
1. Alguma vez já pensou em viver o enredo de uma fanfic que você já leu?
váaaaaaaaaaaaarias vezes! All She Dreams é uma delas u.u

2. Alguma coisa que você se arrepende e gostaria de consertar.
Acho que tudo o que fiz até hoje me trouxe até aqui... Não sei se mudaria algo... :x

3. Futuramente, pensa em levar o que você escreve mais a serio (tipo escrever um livro) ou só faz isso por diversão mesmo?
Não acho que minhas fics possam virar livros e tals... Mas escrevo por diversão e acho que tá de boa ;)
 
4. Gostaria de morar em algum outro país?
Londres, com certeza!

5. Qual sua data comemorativa preferida?
Sereve meu aniversário? kkkk Se não, eu fico com a Páscoa! :D


Minhas perguntas:
1. Qual a fic que você considera sua preferida?
2. Que música está no seu "repeat" atualmente?
3. Alguma série de TV preferida? 
4. Que filme você gostaria de viver?
5. Está lendo algum livro atualmente? Qual? 

Blogs:

é isso amores!
Não esqueçam de ler o Prólogo/Sinopse da nova fic e até a próxima! ;)
Beijos! :***




20 de novembro de 2013

Prólogo

Quando paro pra pensar em perfeição muitas coisas passam pela minha cabeça: a nota máxima na prova, um passo de balé bem executado, uma obra de arte dos pintores famosos, uma música, uma melodia... Mas, no fim de tudo, sempre me pergunto: O que é perfeição, afinal?
Ter uma vida perfeita faz de quem a vive perfeito também? Ou apenas uma peça na obra completa que é a perfeição? E, se perfeição existe, porque tanta coisa nesse mundo é imperfeita?
Em minha vida, a perfeição sempre me assombrou, mas depois de tudo que passei, hoje sei que perfeição é como um castelo de cartas. Difícil de construir e, quando terminado sem nenhuma utilidade. Porém a comparação mais importante é a fragilidade, tal qual o castelo de cartas a perfeição pode ser derrubada com um simples vento, um simples descuido. E aí, tudo que era perfeito passa a ser desastre.


                                                                                                          


n/a: Prólogo pequeno, mas é que tava meio sem o que escrever... Espero pelo menos que tenha dado um gostinho de como será a fic ;) ansiosas? hahaha Beijos lindas e até o primeiro capítulo! ;*** 

p.s.: amores, vou ficar devendo as respostas pra vocês porque o layout do blog n me deixa responder então vou ter que mudar :( assim que resolver esse problema eu respondo todos os comentários ok?! ;) 



16 de novembro de 2013

Mini Fic - As Long As You Love Me



O vento noturno bagunçava os cabelos negros e enrolados do garoto que andava tranquilamente pela rua deserta. Apenas o som de seus passos era ouvido e o asfalto, molhado pela chuva que havia caído mais cedo, dava ao cenário um ar de filme de terror.
O caminho que Joe seguia era bem conhecido por ele, pois o fazia todas as madrugadas desde que seu namoro com Demetria foi terminantemente proibido pelo pai da garota, um poderoso empresário, dono de uma rede de lojas que tinham filiais em vários países. Mas Joe sabia que tudo não passava de faixada para encobrir os verdadeiros negócios da família.
Foi por saber demais sobre as ilegalidades da, digamos máfia chefiada por Leon Lovato que Joe foi demitido da empresa, onde ocupava o cargo de advogado, e proibido de continuar o namoro com a herdeira de todo esse império.  
Com o primeiro fato ele não se importava tanto, mas deixar Demi sempre esteve fora de cogitação. Por esse motivo, encontrava-se caminhando com as mãos nos bolsos da calça jeans preta e vestindo sua habitual jaqueta, também preta e de couro, indo de encontro a Demi.
Andou mais alguns metros e pode avistar a mansão dos Lovato. Parou um pouco distante, de modo que os seguranças não o visse. Enfiou a mão no bolso da jaqueta e pegou seu celular, digitou a mensagem rapidamente e apertou no botão ‘enviar’. Sentou-se em um banco que havia ali próximo e esperou.
Depois de alguns minutos, ele escutou passos apressados e uma respiração ofegante. Levantou o olhar e avistou Demi, vindo em sua direção. Pôs-se de pé e acolheu-a em um abraço apertado.
- Eu estava morrendo de saudade! - ela disse, ainda tentando recuperar o fôlego.
- Eu também estava meu amor! - ele respondeu enquanto acariciava os cabelos negros e muito lisos da sua garota.
Entregaram-se a um beijo fervoroso, apaixonado e repleto de saudades... Os lábios moviam-se em sincronia. As mãos do garoto seguravam o rosto dela, como algo muito precioso e que pudesse quebrar a qualquer momento, enquanto as mãos de Demi repousavam firmemente nos braços musculosos dele.
Separaram-se relutantes, mas o fizeram apenas por necessidade de ar. Abriram os olhos bem devagar e encararam-se por alguns segundos. Os olhos cor de avelã que pertenciam a Joe, trasbordava admiração enquanto os olhos castanhos de Demi demonstrava tristeza.
- Joe eu não suporto mais isso! - ela disse suspirando alto - Eu tenho que enfrentar meu pai. Ele precisa saber que eu já cresci e sei o que é melhor pra minha vida!
- Demi, você sabe que ele nunca vai aceitar. - ele disse puxando-a pela mão e voltando a encurtar a distância entre eles.
Demi abaixou o olhar sabendo que o namorado estava certo. Seu pai não era do tipo que entendia. Mas se não fosse isso, o que ela faria? Não poderia viver a vida toda namorando escondido. Ela queria ter uma família, casar, ter filhos... Se a opção ‘enfrentar Leon Lovato’ não era boa, apenas outra pairava na cabeça de Demi.
- Então vamos fugir! - ela disse para Joe que a encarou por alguns segundos sem dizer uma palavra nem esboçar qualquer reação.
- Isso e loucura! – ele disse finalmente como se despertasse de um transe – Seu pai colocaria todos os homens dele atrás de nós!
Demi mordeu o lábio inferior e afastou-se um pouco, pensativa. Joe apenas observou, ponderando o que acabara de escutar dela. Não podia negar que já tinha pensado nisso antes e dera, a si mesmo, a mesma resposta que havia acabado de proferir.
- E se eu despistasse? – Demi disse voltando-se para ele que fez uma cara de quem não havia entendido. – Se eu dissesse que dormiria na casa de uma amiga... Isso daria um tempo pra gente. Quando ele se desse conta, já estaríamos longe! – ela explicou e terminou o raciocínio com um sorriso lindo nos lábios.
- Não sei Demi... Pra onde iriamos? – ele disse, sentando-se ao lado dela, entrelaçando suas próprias mãos e apoiando os cotovelos nos joelhos. 
 - Não sei... Pra longe! – ela disse, apoiando a cabeça no ombro de Joe. – Para o Brasil?
- Demi eu jamais poderei dar a você o que seu pai dá... Essa mansão, o conforto, o dinheiro... – ele disse de modo triste, porém sincero.
- Não me importo! – ela disse olhando-o nos olhos – Não ligo se passarmos fome, se não tivermos onde morar, porque você será meu ouro, contanto que você me ame, nada mais me importa!
Joe sustentou o olhar por um tempo, decidindo se devia agir com o coração ou com a razão, pois cada uma gritava por coisas diferentes. Ele tinha certeza que a amava e que a recíproca era verdadeira, mas temia pelo que podia acontecer, temia pela vida de ambos, pois sabia do que Leon era capaz.
Respirou fundo, puxou Demi para mais perto e beijou seus lábios calorosamente. Tinha tomado sua decisão.
- Eu prometo que farei o possível para que nada falte a você. – ele disse, de olhos fechados, como quem faz uma prece fervorosa.
- Eu confio em você. – era a resposta que ele precisava.
- Quando? – ele perguntou e Demi sorriu. Finalmente ficariam juntos de verdade.
- Dois dias. – ela disse. – É o tempo que preciso pra convencer ele de que vou dormir na casa da Miley, e claro, tempo que preciso para convencê-la a me ajudar.
- E se ela não ajudar? – ele perguntou preocupado.
- Ela é minha melhor amiga e mais do que ninguém sabe o quanto eu sofro. Tenho certeza que se eu disser a ela o quanto isso me fará bem, ela concordará em ajudar. – Demi disse convicta.
- Certo. – ele consentiu.
- Na hora certa, mando uma mensagem e então você me busca na casa dela. – Demi disse enquanto acariciava o braço de Joe.
- Vamos viajar de carro daqui de Los Angeles até San Diego e então viajaremos de ônibus até Hermosillo, no México, e de lá pegaremos um voo para o Brasil ou o mais próximo que conseguirmos. – ele disse, traçando a viagem mentalmente. – Acho que isso é possível.
- Isso é brilhante! Parece até que você já tinha tudo planejado... – ela disse sorridente e pela expressão de Joe ela soube que sim. Ele já havia planejado isso em sua mente em algum momento. – Uma vez no México, será quase impossível nos acharem.
- Vou providenciar tudo, pode deixar. – ele disse sorrindo. – Pode dar certo!
- Vai dar certo, meu amor! – ela respondeu confiante. – Mas por agora tenho que voltar, antes que ele sinta minha falta.
- Certo... Nos vemos daqui a dois dias então. – ele disse e levantou-se do banco, sendo acompanhando por ela.
- Sim e, dessa vez, será para nunca mais nos despedirmos. – ela disse antes de selar os lábios nos dele e abraça-lo fortemente.


Dois dias depois...

- Você tem certeza disso? – Miley perguntou pela milésima vez à amiga.
- Como nunca tive em toda a minha vida! – Demi respondeu feliz.
- Ainda dá tempo de voltar pra sua casa e esquecer essa loucura! – Miley disse, roendo as unhas.
- Nem que eu tivesse todo o tempo do mundo eu voltaria atrás. – Demi disse sorrindo de orelha a orelha. – Eu vou ser feliz amiga!
Miley sorriu e respirou fundo, andou até a amiga e a abraçou forte. Sabia que era a última vez que a veria e queria sentir-se feliz por ela, mas algo dentro de seu coração gritava ao contrário.
- Vou sentir muito a sua falta. – Miley disse fechando os olhos e deixando as lágrimas rolarem.
- Também sentirei sua falta, amiga. – Demi respondeu ao abraço fortemente e também deixou as lágrimas escaparem de seus olhos.
Assim que desfizeram o abraço, ouviram o som de uma pedra batendo no vidro da janela. Era o sinal. Demi correu até a sacada e avistou Joe ali em baixo, a sua espera. Sorriu e fez um sinal com a mão pra que ele esperasse um pouco. Voltou para o quarto e pegou sua bolsa. Abraçou mais uma vez sua amiga e partiu para finalmente ser feliz.

***

Eles eram só sorrisos e mal podiam acreditar que tudo havia corrido bem. Eles estavam livres e a caminho de uma nova vida.
- Eu amo essa música! – Demi disse e aumentou o volume do rádio onde tocava We Own The Night da boyband The Wanted.
- Tonight we own the night... – Joe começou a cantar o refrão da música que se encaixava tão bem no que eles estavam vivendo agora.
Joe repousou seus olhos brevemente em Demi que cantava feliz, seu rosto iluminado de felicidade e os cabelos ao vento. Sua garota era linda! Quando retomou a atenção para o trânsito teve que pensar rápido. Freou bruscamente e teve que atravessar o carro na pista. Olhou para o lado e viu o rosto de Demi pálido, como o seu também devia estar. Parado bem na sua frente, encostado em seu Rolls Royce preto, estava Leon Lovato.
- Eu vou falar com ele, me espera aqui. – ele disse pra menina que apenas confirmou com a cabeça e permaneceu imóvel.
Joe saiu do carro calmamente e caminhou em direção ao mafioso que lhe esperava de braços cruzados.
- Pensaram que poderiam fugir sem que eu descobrisse? – Leon disse assim que Joe se aproximou.
Joe nada disse. - Quem você pensa que é pra levar minha menina de mim? – Leon levantou a voz e descruzou os braços.
- Sua menina sabe bem o que quer e eu a amo. Foi a única solução que encontramos. – Joe respondeu firme.
- Demetria não é pra você e nunca será!
Joe não teve tempo de responder, foi atingido por um soco no estômago que tirou todo o seu ar e logo veio uma sequência de socos e pontapés que ele não sabia de onde vinha e tão pouco tinha chance de se defender. Ouviu uns gritos abafados, mas logo os reconheceu. Eram de Demi.
- Para, pai! – ela gritava desesperada e entre lágrimas.
- Esse safado nunca mais tentará nada com você! – Leon dizia enquanto chutava Joe, que já estava caído no chão.
Ainda sob os gritos e protestos de sua filha ele atingia Joe como podia, até perder o fôlego e parar. Virou-se para a Demi e fez sinal pra que ela entrasse no carro. A garota relutou e ameaçou caminhar até o amado.
- Se você der mais um passo até esse vagabundo eu juro que o mato. – Leon disse enquanto tirava sua Colt da cintura e a apontava na direção de Joe.
- Eu odeio você! – Demi gritou para o pai. – Consegue conviver com isso? Eu odeio você!
Ela deu dois passos fortes na direção ao pai, mas estancou.
- Quer saber, se quiser pode me matar, eu não ligo. – Demi disse e voltou correndo até Joe.
Leon foi tomado por um ódio sem fim. Sua filha o desafiava e o odiava. Tudo graças a um advogadozinho de merda! Cego pela fúria fechou os olhos e puxou o gatilho, a arma disparou e o som ecoou em seu ouvido.
- Não! – o grito veio junto com seu desespero. O grito não era de Demi.
O mafioso abriu os olhos e a imagem com que se deparou o fez dar dois passos para trás. A arma caiu de sua mão e ele já não conseguia ficar de pé. Suas pernas fraquejaram e ele caiu de joelhos. A dor era enorme, sem dimensão e precedentes. Leon havia matado sua filha?
Joe segurava sua garota em seus braços, enquanto tentava de alguma forma fazê-la reagir. Sem sucesso. O sangue caía impiedoso e ensopava sua blusa, já suja com seu próprio sangue.
Os choros de dois homens era a única coisa que podia ser ouvida. Nada mais fazia sentido para eles, pois a razão da vida de ambos jazia ensanguentada nos braços de seu amado.


Três meses depois...

- Aqui está seu crachá, senhor. – a moça da recepção disse simpática.
- Obrigado. – Leon respondeu de modo calmo, quase desanimado.
Caminhou lentamente pelos corredores que já conhecia perfeitamente. Eles habitavam seus pesadelos com grande frequência. Isso quando conseguia dormir. Chegou à frente do quarto 208, rodou a maçaneta e entrou. Já havia alguém ali dentro, mas isso não o surpreendeu.
- Olá Joe. – ele cumprimentou educadamente.
- Como vai senhor? – Joe também foi educado.
Leon deu de ombros em uma expressão de mesmice. Joe o entendeu e acenou com a cabeça para confirmar. Permaneceram calados por algum tempo, enquanto Leon aproximava-se do leito onde repousava o motivo de ambos estarem ali.
Demi permanecia em coma, depois da cirurgia que retirou a bala, até então alojada em seu crânio. Os médicos não garantiam que ela voltasse do coma, tampouco que, caso acordasse, não teria nenhuma sequela.
Olhar para sua filha naquele estado, matava Leon por dentro, pois havia sido sua culpa. Durante esse tempo, aprendeu a conviver com Joe, que nuca abandonou Demi em momento algum e sempre se mostrava confiante na recuperação de sua menina.
Aos poucos, e ajudado pela culpa que o corroía, Leon foi aceitando a presença do rapaz que sua filha tanto amava. Era o mínimo que podia fazer por ela.
- O médico já veio vê-la? – Leon perguntou.
- Ainda não. – Joe respondeu, aproximando-se da cama, do lado aposto ao que Leon estava. – Apenas uma enfermeira veio verificar as medicações e os sinais vitais.
Leon confirmou com a cabeça e suspirou alto.
- Sabe desde que isso aconteceu não há um dia em que eu não me arrependa do que fiz. – Leon começou a dizer. – Não só com minha filha, mas com você... Com vocês.
Joe apenas ouvia calado.
- Eu amo tanto minha filha que não suportei a ideia de perdê-la. – algumas lágrimas teimosas rolaram pela face envelhecida de Leon. – Eu a criei sozinho desde que perdi minha esposa e Demi passou a ser tudo na minha vida. Como eu ficaria sem ela? Como eu sobreviveria sem minha menina?
Joe enxergava sinceridade e culpa a cada palavra proferida pelo homem a sua frente. Sabia a dor que sentia, pois amava Demi tanto quanto ele e assim como Leon, não tinha ideia do que faria se Demi nunca mais acordasse.
- Hoje eu sei o quanto minha filha amava você e também sei que a recíproca é mais que verdadeira. – o mafioso continuou. – Não sei se é tarde, mas... Você tem minha benção.
- Obrigado senhor. – foi tudo que Joe conseguiu dizer naquele momento.
- Desculpa... Por tudo. – Leon disse, olhando pela primeira vez diretamente nos olhos de Joe.
O silêncio seguiu-se reconfortante. Leon sentia-se bem por ter dito tudo aquilo e Joe por ter ouvido. Era como tudo tivesse sido zerado entre eles, pois estavam unidos pela mesma dor e pelo mesmo desejo.
Leon secou as lágrimas e virou-se na intenção de ir ao banheiro, mas antes que desse o segundo passo, Joe o chamou. Ao mirar o garoto, viu que seus olhos estavam cravados em Demi e logo o acompanhou. Um choque percorreu todo o seu corpo e sua boca se abriu em descrença. 
Demi havia aberto os olhos.




Fim.



n/a: Oie! :) Troquei o Layout do bolg! \o/ Gostaram? :D Vou mudar o nome logo pra vocês saberem o nome da nova fic! ;) Por enquanto vai ficar assim mesmo kkk Maaaaaas, vamos falar de coisa boa! (e não é a takepix --') O que acharam da mini fic?? Ela tem uma história looonga... Vou resumir: Tive essa ideia logo quando vi o clipe e escrevi ela toda em uma noite, porém na versão original a Demi morria... Minha irmã leu e me convenceu ~lê-se obrigou~ a mudar o final. Daí, eu pensei, pensei... e decidi fazer ela ficar em coma e acordar depois... E aí nasceu a fic! :D Antes que perguntem... Não, ela provavelmente não terá uma continuação porque tudo o que já escrevi nesse sentido ficou uma droga! :/ Enfim... Espero que gostem :D Comentem, conversem comigo, deixem sua opinião e tals... Beijos e até próximo post! ;***


p.s.: responderei os comentários do epílogo em um post onde responderei os comentários da mini fic também! :) 


12 de novembro de 2013

Epílogo

A neve caia levemente na face rosada de Demi enquanto caminhava apressada até seu destino. O inverno havia chagado em Londres e todos na rua andavam como uma versão fashion dos esquimós. O vento quente bateu reconfortante na pele de Demi assim que ela passou pela porta de vidro.

- Bom dia! - a moça de uniforme creme e cabelos castanhos cumprimentou sorridente.
- Bom dia Melissa! Alguma novidade? - perguntou enquanto retirava as luvas e caminhava para sua sala sendo seguida pela moça.
- Bem, eu confirmei a palestra de amanhã e agendei uma visita pra semana que vem da Senhora Wine. Ela precisa de ajuda para a filha de 15 anos.

Demi parou por um instante, já sentada em sua confortável cadeira giratória e de frente pra sua mesa.

- 15 anos... - murmurou. Melissa apenas abaixou os olhos e respeitou o silencio. Aprendeu durante os meses que trabalha ali que Demi sofria por cada novo caso na mesma proporção que se emocionava quando via uma vida salva. - Esta certo. Obrigada. Como andam as coisas no outro setor?
- Mais agitados. Várias entradas só essa semana. - ela disse mordendo o lábio inferior.
- Daqui a pouco será preciso expandir. - Demi concluiu para si própria. - Obrigada Melissa, se precisar eu chamo.

A moça pediu licença e saiu da sala. Desde que voltou para Londres, Demi só tinha certeza de uma coisa: queria ajudar as pessoas. Especialmente as que sofrerem do mesmo mal que ela. Passou alguns meses como voluntária e, depois de alguns empréstimos e sociedades, abriu a própria clinica.

Três batidas suaves e compassadas puderam ser ouvidas antes de a porta abrir.

- Bom dia, flor do dia! - a voz galanteadora era a mesma e parecia perfeitamente certa à camisa social azul-clara de mangas longas, levemente dobradas até os cotovelos, a calça e os sapatos também sociais e pretos. - Posso saber se a senhorita já tomou seu café da manhã?
- Hm, ainda não porque meu namorado ainda não veio me buscar pra isso. - Demi disse sorrindo.
- Mas que namorado desnaturado! - o rapaz respondeu caminhando até a mesa e apoiando-se nela com as duas mãos. - Ele devia cuidar melhor da namorada maravilhosa que tem.
- Mas ele cuida. Muito bem! - ela disse e curvou-se sobre a mesa para beijar os lábios rosados de Joe que sorriu depois.  – Como foi seu começo de dia? Fiquei sabendo que teve várias entradas essa semana?
- Muitas! E é impressionante como me vejo em cada um deles... – Joe disse com os olhos tristes.
- Sei como é... – Demi acariciou a mão do namorado e sorriu compreensiva.

Pois é... Joe não só viajou com Demi para Londres como compartilhava com ela o mesmo sonho de ajudar pessoas que passaram pelo mesmo problema que ele. E bem diz por aí que dois é melhor que um. Agora, além de namorados, eram sócios da clínica de reabilitação para dependentes químicos e pessoas com distúrbios alimentares e emocionais. Compartilhavam mais que o mesmo sentimento, tinham em comum os mesmo sonhos i ideais. 

- Bem, vamos para o café? – ele disse dando o braço para que a namorada o pegasse e assim ela fez.

Assim que abriu a porta, Demi foi sufocada por balões vermelhos e confetes jogados em sua cabeça por funcionários eufóricos. Mas o que era aquilo? Não era seu aniversário nem nada!

- O que é isso? – Demi perguntou sorrindo. 

Porém o sorriso logo se transformou em queixo caído assim que viu Joe ajoelhado aos seus pés com uma caixinha de veludo nas mãos. Não. Ele não podia estar fazendo isso!

- Demi, eu sou péssimo com as palavras, mas... – ele riu nervoso e umedeceu os lábios antes de continuar. – Você aceita se casar comigo?

É. Ele estava fazendo isso.

Demi olhou para seus funcionários. Todos cúmplices daquele momento e telespectadores também. E seus olhos marejaram. A resposta era óbvia e saiu naturalmente, como devia ser.

- Claro que sim.

O coro uníssono tomou conta do ambiente, mas tudo que Demi percebeu foi o sorriso lindo que brotou no rosto de Joe. Se ela tivesse dúvidas, o que não era o caso, saberia naquele instante que estava fazendo a coisa certa.

O beijo veio acompanhado de mais gritinhos e sorrisos eufóricos. Um beijo meio tímido e feito para selar o amor que nasceu ainda na infância e permaneceu por anos. E depois de tudo o que passaram, ainda continuava forte e insolúvel. Como se ainda tivessem naquela casa da árvore com os pés pendurados e sentindo o vento acariciar seus rostos. 

E agora, apenas o “Para Sempre” os esperava.

Ah, o nome da clínica? Foi ideia de Joe. Chamava-se: Clínica de Reabilitação Elliot.




Agora sim, Fim. 





n/a: Agora acabou! :(((( Ai gente, tô chorosa! Essa fic, como já cansei de dizer, foi/é muito importante pra mim e me despedir dela tá sendo mais difícil do que imaginei... Quero agradecer imensamente a cada leitora linda que dedicou um pouco do seu tempo pra acompanhar minha fic, obrigada a cada comentário feito, cada elogio, cada surto (que eu amo) enfim... Obrigada por ficarem comigo mesmo depois de eu ter furado muitas vezes com vocês. (desculpa mais uma vez por isso!). Não quero me estender muito aqui, então é isso... Uma nova fic vem por aí e eu espero que vocês gostem e continue me amando! (me deixa sonhar que vocês me amam hahaha) Até o próximo post meus amores que vai ser de UMA MINI FIC linda que escrevi tem um tempo e tals... ;) Enfim, não esqueçam de me contar o que vocês acharam do fim, se gostaram se não gostaram... :D Beijos e até logo! :***




11 de novembro de 2013

Divulgações Especiais! \o/

Oi amores! :)
Eu sei que vocês estão ansiosas pro epílogo, mas calma... O motivo do post hoje é outro!
Vou fazer umas divulgações aqui que me pediram e uma delas é bem especial! ;)

O primeiro é o blog da Bruna:


Leiam, amem, se joguem enfim... É Jemi! \o/ hahaha 


O segundo é o blog da Estela:


Se joguem também amore, o blog é lindo e a fic também! ;)


O terceiro e último, porém nem um pouco menos importante, é o blog da Ana Sartt:


Amores, vou falar um pouco mais desse blog, mas é pelo fato da autora ser uma amiga minha e tals... Acreditem em mim, vocês não vão se arrepender de ler a fic dela! Não é Jemi, porém a história te prende já no primeiro capítulo (que até a data desse post é o único capítulo postado) e eu tô roendo meus dedos pelo próximo capítulo porque JSHDjhdsshLDJHklhsd é muito perfeito! Sério, leiam, sigam, amem, adorem, reverenciem essa fic pq vale a pena! u.u E se vocês pensarem: "Ah, ela tá dizendo isso só porque é amiga da autora" Ótimo! Mais uma razão pra você ler e saber se eu tenho razão ou não! hahaha :D 



É isso amores! Espero que gostem desses blogs como eu gostei e tals... <3
Quem quiser que eu divulgue é só deixar o link do blog nos comentários que eu divulgo com o maior prazer ok?! ;)

O epílogo vem esse fim de semana (ou antes :x) relaxem... ;)
Beijos, amores meus! :****

8 de novembro de 2013

Twenty-four - Capítulo Final

4 anos depois...

Esse era o dia mais feliz da vida de qualquer estudante e o mais esperado também. Depois de noites em claro, cabelos arrancados por cauda de trabalhos e relatórios, depois de centenas de provas e praticas, eis que chega o dia. É, esse dia chega, pode parecer distante no início, mas sempre vem. O dia da formatura. O gostinho de vitória e de dever cumprido escorrendo pela boca e o olhar de orgulho de todos ali presentes. Os amigos que foram feitos, os amores também... Tudo era motivo de festa.

Mesmo sabendo e sentindo tudo isso, Demi não estava tão entusiasmada assim. Sentada nas cadeiras da frente ao lado de Miley e Selena, ela sabia que devia estar como elas: com um sorriso enorme no rosto. Mas não podia e o motivo era simples: Joe não estava ali.

Sempre que imaginou esse e qualquer outro dia relevante em sua vida, Joe estava lá. Sorrindo pra ela e dizendo que a amava, mesmo que fosse como amiga. Mas isso não aconteceria hoje.

Desde o dia que seu melhor amigo - e ex-namorado - saiu da faculdade sendo conduzido por uma maca, Demi não mais soube dele. Os pais de Joe mudaram-se para um cidade mais próxima a clinica, o que fez Demi e Mike perderem contato com eles. E pra ela restou apenas conviver com o vazio que Joe havia deixado.

Demi deu mais uma olhadinha para trás e viu seus pais sentados lado a lado, sorrindo orgulhosos dela. Ao lado deles estava Mike, o amigo que Joe havia lhe dado e que nunca lhe deixou na mão. Era como se de certa forma ele soubesse que ela fosse precisar de alguém.

Demi não mentiria se fosse perguntada, mas preferia não tocar no assunto, mas sim. Ela e Mike namoraram por um tempo. Tempo esse que parecia tão distante agora e parecia até coisa da sua imaginação. Eles terminaram por entender que isso não era o que eles queriam e que tudo era obra da carência, não do amor. Felizmente a amizade continuou e então Demi ganhou um irmão.

A garota voltou sua atenção para o palco no exato momento em que o orador da turma se preparava para discursar.

"Todos costumam agradecer a muitas pessoas quando chegam aqui, mas quando me deram a honra de ser orador da turma, eu pensei: não quero fazer um discurso triste. Quero algo que motive as pessoas e que as faça entender que esse não é o fim. Pelo contrario, isso, meus caros amigos, é só o começo. O primeiro passo para o grandioso futuro que nos espera..."

Durante todo o discurso do, agora, colega de profissão, Demi tentou conter as lágrimas e foi bem sucedida, porém quando ouviu seu nome ser chamado para que lhe fosse entregue o certificado de conclusão do ensino superior, foi como se tudo que estava guardado em si explodisse e o choro veio. Abraçou as amigas que também choravam e depois que tudo acabou abraçou também os pais e Mike.

- Estou tão orgulhosa, minha filha! - a mãe disse secando suas lagrimas e as da menina depois.
- Você não tem ideia do tamanho do orgulho que eu estou de você - o pai disse sorrindo e chorando ao mesmo tempo.
- Bem vinda ao mercado de trabalho, eterna caloura. - Mike disse rindo e abraçou a amiga. - Parabéns!
- Obrigada! - ela disse ainda afundada no abraço. – Aliás, obrigada a vocês todos pelo apoio sempre!
- Demi, a gente precisa pegar nossas coisas lá no quarto, vem! - My a chamou já a puxando pela mão.
- Uma pena o namoro de vocês não ter dado certo... - a senhora Lovato disse, passando a mão de leve no ombro de Mike.
- Não era o certo. Demi ama outra pessoa e eu tô muito feliz com minha noiva agora. - ele respondeu sorrindo.
- E por falar nessa outra pessoa... - o pai de Demi disse, com certo receio. - Você tem notícias dele?

Mike fez uma expressão que nenhum dos dois, senhor e senhora Lovato, pode entender como algo bom.

***

- Engraçado né? – Selena dizia enquanto pegava suas malas. – Parece que foi ontem que chagamos aqui...
- Nem me fala... – My disse secando as lágrimas do próprio rosto. – Vou sentir tanta saudade de vocês...

As três amigas se abraçaram em meio a lágrimas e soluços. Era uma despedida sim, pois cada uma seguiria caminhos diferentes. Demi voltaria para Londres e trabalharia com sua mãe; Selena estava com passagens compradas para Alemanha onde seu pai morava e onde ela queria começar sua vida; Já Miley estava de casamento marcado e era a única que ficaria nos Estados Unidos, só que em Nova Iorque. Destinos muito diferentes pra quem viveu quatro anos juntam... Não dava pra mentir, estava doendo dizer adeus.

- Por favor, não se esqueçam de me mandar e-mail, mensagens no Facebook, Twitter, Skype e afins... – Demi disse secando as lágrimas. – Nem que seja de longe quero acompanhar cada passo da vida de vocês duas!
- Você também, vê se não se esquece da gente! – Miley disse e caminhou até a cama onde estavam suas coisas.

Demi foi em direção a cama onde estava sua mala, mas tropeçou na perna da mesma.

- Ai! Caramba! – exclamou no mesmo momento que se abaixou pra ver o estrago que a topada tinha deixado. Mas o que encontrou faria um estrago bem maior. E não seria nos dedos do pé.
- O que é isso? – Sel perguntou ao ver que amiga tinha um envelope nas mãos.
- Não sei... – Demi respondeu sentando-se na cama e sendo seguida por suas amigas. – Mas está endereçada a mim.
- Então abre! – My disse impaciente.

O papel estava amarelado, como se esperasse por ela a muito tempo. O coração de Demi disparou só de imaginar a possibilidade daquela carta ser de... Não, não poderia ser dele. Poderia?

Ao abrir o envelope, a garota percebeu que a letra estava tremida e pequenas manchas revelavam que seu autor havia chorado ao escrever. Mal passou os olhos pelas primeiras palavras e ela própria já estava aos prantos.


“Para minha Dems,
Isso não vai durar para sempre, meu bem, e esse é o tempo em que você deve manter-se firme, pois eu não vou deixar você se render. Saiba que nós podemos ir muito alto juntos e podemos fazer isso através da tempestade. Podemos passar por tudo isso juntos, fazer tudo juntos. Nunca esqueça que eu serei sua força, assim como você será a minha. O meu amor será sua armadura nesse campo de batalha que se forma a seu redor. E um dia, de mãos dadas, poderemos caminhar juntos. Apenas aguente firme, pois eu estarei aí em breve!
Com amor,
Joe.”


As três garotas presentes no quarto choravam, mas apenas uma era consolada. Joe havia escrito aquela carta em algum momento do passado que Demi não soube precisar, mas isso tão pouco importava. Ela abraçou aquele pedaço de papel como se fosse o próprio Joe ali em seus braços e nos ombro das amigas ela chorou um pouco mais.

- Vem, temos que ir... – Mily disse secando suas próprias lágrimas e respirando fundo.
Ambas deram uma última olhada no quarto e saíram. Selena foi quem fechou a porta. Andaram pelo corredor, abraçadas até chegarem ao estacionamento. Abraçaram-se uma última vez e seguiram seus caminhos.

Demi caminhou até o carro de seu pai que a ajudou a colocar a mala dentro do carro. A garota deu uma última olhada para o prédio antigo que foi sua casa por tanto tempo e sorriu. Apesar de tudo, aquele lugar tinha trago Joe de volta a sua vida, mesmo que o tenha levado depois. Fechou os olhos e abriu a porta do carro, mas antes que pudesse entrar, sentiu uma mão repousar em seu ombro e ao virar-se quase desmaiou ao ver quem era.

- Cheguei muito atrasado? –Joe perguntou sorrindo com uma sobrancelha levantada. Demi não se lembrava de ter visto o amigo tão bonito como agora. Ele estava saudável.

A única resposta que Demi conseguiu dar foi o enorme sorriso que seus lábios formaram e que logo se refletiram nos dele. O mundo parou naquele instante. Porque nada mais importava, quando eles estavam juntos. Mesmo que apenas a se olhar.



Fim.



*A carta foi uma adaptação feita por mim da música  I'll Be Your Strength do grupo britânico The Wanted e quem quiser pode ouvir a música (que é linda demaaaais!) aqui!


n/a: Oie amores! :) Capítulo final postado, mas calma que ainda tem um epílogo aí que vai ser a cereja do bolo ok?! ;) espero que tenham gostado, como eu gostei. Comentem bastante e me contem o que acharam porque é através da opinião de vocês que eu posso melhorar, amores! :D O epílogo não deve demorar, então em breve a despedida será mesmo necessária :(( Mais uma vez obrigada por tudo e até a próxima! Beijos! :***