Capítulo Dois

“É bom te ver sorrir. Deixa vir a moça que eu também vou atrás e a banda diz: assim é que se faz!” – Além do que se vê, Los Hermanos.

- Pensei que não voltaria mais pra mim! – eu exclamei enquanto quase esmagava Angelina em um abraço apertado.

- Você acha que eu seria capaz de te abandonar? – ela respondeu sorrindo enquanto me puxava escada acima em direção ao seu quarto.

- Me conta tudo! – eu disse assim que ela fechou a porta. – Quero saber detalhes dessa viagem.

- Eu vou contar, mas antes... – ela disse e virou-se para ir buscar algo dentro do seu closet. Depois de um tempo, Angelina voltou com uma caixa rosa nas mãos com um laço branco e me entregou. – Feliz aniversário!

- Amiga! – eu exclamei sorrindo e a abracei mais uma vez.

Abri a caixa cuidadosamente e quase caí pra trás com o que vi. Embrulhando em um papel manteiga branco estava o vestido mais lindo que meus olhos já viram. Era um modelo que remontava os clássicos dos anos 50, mas com rendas que o traziam para o atual romântico. Simplesmente perfeito.

- É lindo! – eu exclamei feliz!

- Achei sua cara e quando vi soube que seria o presente perfeito! – ela disse sorrindo também.

- Obrigada, Angel, você é a melhor, melhor amiga de todos os tempos! – eu disse e abracei mais uma vez.

Eu conhecia Angelina desde muito pequena. Sempre nos demos muito bem e nossos pais também eram amigos. Ela não estudou na mesma escola que eu e Maurício, mas sempre esteve ao meu lado e me apoio muito quando precisei. Ela seria uma das minhas madrinhas de casamento.

- Me conta as novidades! – ela me disse empolgada enquanto me puxava para sentar na cama.

- Mas foi você quem viajou. – eu respondi rindo. – As novidades devem vir de você!

- Não é possível que não tenha acontecido nenhuma bafão na sua festa! – ela disse com aquele jeito meio “Angelina” de ser.

- Nada. Juro. – disse beijando os mindinhos cruzados. – Mas... Aconteceu uma coisa.

Os olhos dela chegaram a faiscar de curiosidade. Por um momento me perguntei se era certo contar aquilo pra Angelina, mas ela é minha melhor amiga. Que mal teria isso?

- O filho da professora de balé chegou hoje de Londres. – eu disse sem mostrar interesse.

- E como ele é? – ela perguntou chegando mias perto.

- Normal... Bonito, se é isso que quer saber. – eu disse soltando uma risadinha nervosa. – Mas eu tenho noivo e não é legal ficar elogiando outro cara.

- Nada a ver amiga... Você está noiva e não cega! – ela disse e levantou-se da cama. Mentalmente, tive que concordar com ela.

A tarde passou voando e quando dei por mim já estava noite. Eu precisava voltar pra casa a tempo do jantar, pois meu pai sempre fazia questão de toda a família presente. Mesmo sendo apenas eu, ele e minha mãe.

- Que tal sairmos amanhã? – propus enquanto ela abria a porta da frente pra mim.

- Amanhã eu não posso, tenho uns probleminhas pra resolver. – ela disse mordendo o lábio inferior. – Mas depois de amanhã eu tô livre!

- Então está certo! – eu disse a abraçando. – Depois de amanhã a gente tem um dia de meninas. Só nós!

Ela sorriu e nos despedimos. Eu adorava dia de meninas. Compras, salão e fofocas em dia. Não que eu fosse muito fútil, mas eu gostava dessas coisas. Além do mais, tudo na companhia da nossa melhor amiga fica mil vezes mais interessante.

Voltei pra casa feliz com meu dia, no fim das contas até que ele tinha sido produtivo. Mas os passos de balé não saiam da minha cabeça. Eu os treinaria incansavelmente assim que chegasse em casa.

- Olá família linda! – exclamei assim que adentrei a sala, onde meus pais estavam.

- Nossa! Quanta felicidade. – minha mãe observou e sorriu.

- É que Angelina voltou de viagem e nós colocamos a conversa em dia... – comentei enquanto beijava a bochecha de minha mãe e depois de meu pai.

- O jantar está quase pronto, filha. – meu pai disse, mas sem me olhar.

- Vou subir, tomar um banho rápido e já volto. – disse e subi a escada de dois em dois.

Depois de tomar uma ducha rápida e colocar um bom e velho moletom acompanhado de um short jeans, desci e me sentei a mesa com meus pais.

Era estranho na mesma medida que era boa a relação que eu tinha com meus pais. Não escondíamos nada uns dos outros. Mesmo quando o assunto era sobre o escritório e os processos que meu pai tinha em mãos, toda a família sabia. Me orgulhava disso, pois nos tempos de hoje isso é bastante raro!

Depois de um jantar delicioso me despedi de meus pais e fui ensaiar. Meu quarto era bem grande, todo branco com borboletas lilases pintadas na parede onde ficava minha cama. No lado direito tinha uma porta que dava para o banheiro e no lado esquerdo duas portas, uma para meu closet e outra para a sala onde eu ensaiava.

Coloquei minhas roupas e as sapatilhas e dei início a um ensaio que varou a noite. Eu jamais conseguiria dormir sem executar aqueles movimentos perfeitamente. Sem erros. Era quase seis da manhã quando me convenci de que estava tudo do jeito certo e de que Beatrice não teria do que reclamar.

Não deu tempo de dormir. Tomei um banho, me arrumei e fui para o ensaio. Mais cedo como havia sido pedido. Ao descer do carro, olhei em volta, mas nem sinal de Joseph. Não me pergunte por que, mas na minha cabeça a qualquer momento ele poderia aparecer pra reclamar do jeito como estacionei o carro. Sorri sozinha da minha loucura e caminhei em direção ao prédio. Mais um dia de ensaio se iniciaria.

Continua...

n/a: olá amores! :) Demorei né? Desculpa... Minha intenção era postar no fim de semana, mas acabou que não tive tempo e ontem minha irmã precisou do note pra estudar e tals... Mas aí está o segundo capítulo! ;) Está bem básico, mas espero que gostem! Muito obrigada pelos comentários, de verdade! Beijos e até o próximo capítulo! :***

p.s.: qualquer erro me perdoem, estou morrendo com enxaqueca :/ me contem nos comentários que eu corrigirei! ;) obrigada! <3

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