Olá amores! :D
Eu sei que estou há um tempão sem postar e nem dou sinal de vida lá no tt, mas é que os preparativos pro final do ano e minha viagem em Janeiro ocuparam todo meu tempo :/ E é exatamente sobre isso que quero falar...
Bem, dia 3 de Janeiro eu estarei viajando rumo ao Rio de Janeiro (Brubs, tô chegando :3)por lá ficarei durante duas semanas mais ou menos... O problema é que eu não terei internet e nem tão pouco vou levar meu notebook, mas não arranquem os cabelos ainda porque vocês não ficarão sem capítulos :D Eu deixei dois capítulos escritos e quem virá postar aqui pra vocês será minha irmã linda e fofa *-* O nome dela é Sahmira (sim, meu pai não tinha criatividade u.u) e ela também tem um FC e é por lá que ela avisará vocês dos capítulos postados, então pra quem quiser seguir o user dela é @HereWithTW. Àquelas leitoras que EU avisava pelo tt, fiquem calmas que eu já deixei os users com ela e vocês serão informadas do mesmo jeito ;)
E é isso amores... Desejo a todas vocês um FELIZ ANO NOVO, com muita saúde, paz, amor e felicidades!! Vejo vocês ano que vem hehe <3
Amo vocês demais!!!!
Beijos e até o próximo post! :***
31 de dezembro de 2013
23 de dezembro de 2013
Capítulo Oito
“I push my
fingers into my eyes. It's the only thing that slowly stops the ache. If the
pain goes on I'm not gonna make it!” – Duality, Slipknot.
Mais
uma manhã de rotina. Mais uma manhã dedicada ao balé. Agora, apenas duas
semanas me separavam da estreia do espetáculo e a cobrança ficava cada vez
maior. Terminei o ensaio duas horas mais tarde e decidi ir almoçar com meu pai.
Tinha algumas coisas pra resolver com ele e aproveitaria o momento.
Estava
parada em um sinal vermelho quando ouvi meu celular tocar. Olhei pro banco do
passageiro e vi a tela brilhar o nome de Joe.
-
Oi senhor esquentadinho.
-
Só queria dizer que te perdoou por ter sido grossa comigo ontem à noite e como
prova disso, quero que vá jantar lá em casa hoje. – o tom pretencioso estava
lá, junto com o sarcasmo e certa dose de humor.
Eu
ri alto com a afirmação dele, mas antes que pudesse responder o sinal abriu e
eu tive que sair com o carro.
-
Joe, eu estou dirigindo, te ligo quando chegar ao escritório do meu pai. –
disse rápido e nem dei tempo pra que ele respondesse.
Cheguei
ao escritório do meu pai e assim que sai do carro tentei ligar para Joe, mas
ele não me atendeu. Liguei apenas duas vezes pra não ser chata. Será que tinha
ficado com raiva de mim? Decidi que tentaria ligar depois e se ele continuasse
a não me atender iria até a casa dele.
Entrei
no prédio e fui até o elevador e assim que entrei apertei o botão do sétimo
andar e esperei. A porta se abriu e eu caminhei até a sala do meu pai.
-
Oi Clara! – cumprimentei a secretária do meu pai e passei direto. Ela até disse
algo pra mim, mas não ouvi.
Entrei
na sala do meu pai e no mesmo instante foi como se o ar de todo o planeta
tivesse sumido. Por mais que eu mandasse o comando pra que meus pulmões
fizessem seu trabalho, nada acontecia. Uma dor alucinante e aguda acertou em
cheio meu peito e as lágrimas começaram a rolar por meus olhos. Não dava pra
acreditar no que eu via.
-
Filha eu posso explicar. – foi o que meu pai disse, enquanto fechava a fivela
do seu cinto e caminhava em minha direção. Mas meus olhos não estavam nele e
sim na pessoa que agora arrumava os cabelos com as mãos trêmulas e a face com
expressão típica de quem foi pego no flagra.
-
Angelina. – eu sussurrei incrédula.
-
Amiga, me perdoa... Eu posso... – ela disse antes de começar a cair em um choro
incontrolável.
-
Como você pode fazer isso comigo? – eu disse entre lágrimas. – Como puderam
fazer isso com a minha mãe?
A
essa altura minhas lágrimas pareciam mais uma cachoeira borrando toda a minha
maquiagem, fazendo-as ficarem negras. Passei as mãos pelos cabelos e sai
correndo daquele lugar, sem nem olhar para trás. Eu precisava contar para minha
mãe. Não a deixaria ser enganada assim, ela não merecia.
Durante
o caminho tentei ligar mais uma vez para Joe, mas ele não me atendeu. As
lágrimas não sessavam e eu soluçava desesperadamente. Cheguei em casa e nem sei
como consegui estacionar o carro sem batê-lo.
-
Mãe! – eu entrei em casa gritando por ela. – Mãe, cadê você?
Subi
as escadas correndo e entrei em seu quarto. O som estava ligado no banheiro e
deduzi que ela estava tomando banho de banheira, como ela adorava fazer. Respirei
fundo e entrei.
Não
sei como é ser baleada, mas tenho quase certeza que senti algo bem parecido com
isso. Se já estava difícil respirar, naquele momento tinha se tornado
impossível! Como se o mundo tivesse parado e emoldurado a cena em minha frente,
eu estava presa, imóvel e acabada.
Minha
mãe estava sim na banheira, mas não estava sozinha. Maurício estava com ela.
A
tantos ditados para isso que nem sei qual mencionar... Pode ser o “Mal sempre
vem a galope” ou “Não há nada tão ruim que não possa piorar” e não posso me
esquecer de “Desgraça pouca é bobagem”.
Maldita
lei de Murphy!
Naquele
momento já não conseguia ver mais nada, pois meus olhos estavam embaçados,
devido às lagrimas. Tudo parecia acontecer muito devagar a minha frente e os
gestos desesperados de Maurício e minha mãe pareciam não combinar com a
situação de fato. Foi só quando as mãos enrugadas e úmidas de Maurício tocaram
meus braços que um estalo forte ecoou pela minha cabeça, me fazendo despertar
para a realidade.
-
Não me toca! – gritei saindo de perto dele, como se tivesse alguma doença
contagiosa. Na verdade todo o ar parecia estar contaminado e meu estômago
começava a embrulhar.
-
Deixa eu te explicar, meu amor! – minha mãe disse enrolando-se na toalha.
-
Amor? Como você tem coragem de me chamar de amor? – eu gritava aos soluços
enquanto me curvava tamanha a dor que eu sentia.
Enterrei
o rosto nas mãos e cai em prantos, senti mais uma vez a mão de Maurício sobre
mim e me afastei. Meio desorientada sai daquele quarto e quase cai nas escadas,
já que minhas pernas tremiam. Ouvi Maurício chamar por mim e vir em meu
encalço, mas não parei para ouvi-lo. Entrei em meu carro e dei partida.
Continua...
*
”Enfio meus dedos nos meus olhos. É a
única coisa que faz a dor parar. Se a dor continuar, não vou aguentar.”
n/a: Olá amores! :D Promessa é dívida e como prometi está aí o capítulo bombástico! Ele está pequeno, mas o que virá depois está GIGANTE! u.u E aí? Perguntas respondidas OU ainda pairam dúvidas no ar? hahahaha... Muita calma nessa hora, antes de odiar alguém esperem os capítulos a seguir ;) Bem, meu dia tá mega corrido e eu tô mega cansada, por isso peço que me desculpem, mas eu não vou poder responder aos comentários :(( Mas eu li todos e AMEI! *-* E claro, FELIZ NATAL AMOREEEES!!!! \o/
n/a: Olá amores! :D Promessa é dívida e como prometi está aí o capítulo bombástico! Ele está pequeno, mas o que virá depois está GIGANTE! u.u E aí? Perguntas respondidas OU ainda pairam dúvidas no ar? hahahaha... Muita calma nessa hora, antes de odiar alguém esperem os capítulos a seguir ;) Bem, meu dia tá mega corrido e eu tô mega cansada, por isso peço que me desculpem, mas eu não vou poder responder aos comentários :(( Mas eu li todos e AMEI! *-* E claro, FELIZ NATAL AMOREEEES!!!! \o/
20 de dezembro de 2013
Capítulo Sete
“Quem vai me
abraçar, me compreender, me consolar? Quem vai me querer? Quem vai saber me
perdoar? E quando tantas tardes gelam, quem vai me esquentar? Eu sei que é você
e a todo instante vai me amar.” Até o Fim, Rosa de Saron.
Pelos
raios de sol que invadiam minha janela eu já poderia prever que aquele domingo
prometia ser um dia lindo. Levantei de bom humor e depois de um banho desci para o café
da manhã. Como era de se esperar, meus pais já estavam sentados a mesa.
-
Bom dia! – disse em tom cantarolado.
-
Bom dia, princesa. – meu pai disse.
-
Bom dia, querida. Parece feliz! – minha mãe comentou sorrindo. – Alguma
novidade?
-
Nossa, você deve ser algum tipo de adivinha né? – eu disse enquanto me servia
de um pouco de suco. – Tenho uma novidade sim.
-
E qual seria? – meu pai perguntou desviando sua atenção do jornal para mim.
-
Bom, como deve ser do conhecimento de vocês, Maurício marcou a data do nosso
casamento. – fiz uma pausa para ler a reação dos dois, mas nada de incomum
aconteceu. – Tendo em vista isso, decidi
que devo começar os preparativos como por exemplo: o vestido, coquetel, salão de festas,
decorações e todas essas coisas...
-
Isso é muito bom! – meu pai disse sorrindo. – Sabe que faço gosto desse
relacionamento.
-
Mãe? – minha mãe estava estática e olhava o nada a sua frente.
-
Eu... Me desculpe. – ela disse e saiu da mesa.
Olhei
para o meu pai com um grande ponto de interrogação imaginário na cara. Ele
maneou com a mão como quem diz “Não ligue para ela.”. E quando fiz menção de ir
atrás dela ele segurou meu braço.
-
Tenho que saber o que a deixou assim. – disse aflita e soltei meu braço
suavemente. Sorri para meu pai e depois de depositar um beijo em sua face, subi
ao encontro de minha mãe.
Dona
Débora estava sentada em uma poltrona que ficava próxima a grande janela
panorâmica do quarto que ela dividia com meu pai. Vi de relance que ela
segurava fortemente alguma coisa entre as mãos, mas não soube identificar o que
era de fato. Aproximei-me devagar e toquei seu ombro ao que ela deu um leve
pulo de susto. Quando seu rosto virou para mim, notei algumas lágrimas em seus olhos.
-
Mãe... O que aconteceu? – perguntei em um quase sussurro.
-
Tá tudo bem, eu só... – ela pegou em meu rosto, fazendo o contorno e sorriu pra
mim. – Sabe, quando eu soube que estava esperando você, eu fiquei tão feliz!
Sempre quis ser mãe... E quando soube que era uma menina foi como se nada mais
pudesse ficar melhor, mas eu me enganei... Porque aí nasceu você e tudo que já
era bom, ficou perfeito!
Eu
sorria encantada com o que ela estava dizendo. Sempre que via as fotografias da
gravidez da minha mãe percebia como era nítido o quanto ela já me amava, mesmo
dentro do ventre.
-
Eu carreguei você por nove meses dentro de mim e por mais um ano você dependeu
de mim pra se alimentar... – continuou ela. – E pelos anos que se seguiram, eu
me sentia especial em saber que era a mim que você recorria sempre que
precisava de ajuda, de conselhos... Eu era seu porto seguro. – ela fez uma
pausa pra controlar o choro que se formava. – E agora... Estão tirando isso de
mim!
-
Mãe, ninguém está me tirando de você... – eu disse enquanto secava as lágrimas
que lhe percorriam a face.
-
Estão sim! Logo você estará casada e terá sua própria família, seus próprios
filhos e se esquecerá de mim... Velha e sem utilidade! – dramatizou minha mãe.
-
E a quem você acha que eu vou recorrer quando estiver desorientada? Pelo amor
de Deus, mãe eu estou morrendo de medo de fracassar! – disse sorrindo, porém
apreensiva. – E se eu não for uma boa esposa? Uma boa mãe? E se eu errar em
tudo? E se eu não for como você?
-
Ah, por favor, não queira ser como eu. – ela disse firme.
-Porque
não? Você é uma excelente dona de casa, uma dama da sociedade, uma mãe
incrível! – disse com veemência. – Lógico que minha intenção é ser como você! E
sabe de uma coisa? Mesmo estando casada, com filhos, será no seu colo que eu
virei buscar conforto, carinho, paz... Porque eu sei que você sempre estará
aqui por mim.
-
Me perdoa filha! – ela disse e caiu em prantos. – Por favor, me perdoa!
- Porque está pedindo perdão? – eu disse sem entender. – Se for por estar
chorando, nem precisa... Acho que estaria do mesmo jeito se estivesse em seu
lugar.
-
Apenas saiba, que sempre fiz o meu melhor por você. – ela disse enquanto
segurava meu rosto com firmeza. – E se eu errei foi por que... Eu sou humana...
E não sou perfeita, ao contrário do que você pensa.
-
Tá tudo bem, mãe... – disse tentando tranquilizá-la. – Vamos descer agora? O
dia está lindo...
-
Vamos sim. – ela respondeu sorrindo um pouco. – Deixe-me apenas dar um jeito
nesses olhos inchados.
Minha
mãe levantou e foi em direção ao banheiro, deixando cair no chão o que presumi
ser o que ela segurava quando cheguei. Ao pegar o papel retangular, percebi ser
uma foto. Uma foto minha com Maurício.
Depois
de alguns minutos descemos de volta para a sala de refeições. Meu pai falava ao
celular com alguém, porém desligou assim que nos aproximamos e sorriu
ao nos ver juntas.
-
Vejo que está tudo bem agora. – disse com seu tom diplomático.
-
Só tive uma crise... – minha mãe disse indo abraçá-lo. – Afinal, nossa única
filha irá se casar.
-
Eu sei... Mas temos que agradecer que ela ao menos soube escolher bem com que
vai dividir a vida. – meu pai foi enfático. – Nos dias de hoje, tá cada vez
mais difícil confiar na índole dos seres humanos.
Naquele
momento eu não sabia, mas meu pai tinha acabado de dizer uma das maiores
verdades da vida.
O
resto do dia correu tranquilo. Vi um filme romântico com minha mãe, depois,
enquanto ela ia ao salão, ajudei meu pai com alguns processos no escritório
enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias. Mais tarde, lá pras cinco, seis da
horas, recebi um telefonema de Maurício. Entre outras coisas, queria saber como
estava, como tinha sido meu dia e que não poderia ir ao meu encontro hoje, pois
ficaria preso no trabalho mais uma vez. Eu já estava acostumada com isso e
tinha plena consciência de que não mudaria depois do casamento.
Conversei
um pouco com Angel pela internet e ela me mostrou a foto do novo carinha com
quem ela estava ficando. Até que era bonito, mas definitivamente, não fazia meu
tipo. Era um cara malhado demais e com cara de quem usava mais creme que eu e
ela juntas. Não que eu tenha preconceito com homens assim, mas metrossexuais
não são minha praia.
Ao
fim da noite, lá quase onze horas, meu celular tocou. No visor o nome de Joe
piscava e a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi: Como o número dele
foi parar na minha agenda?
-
Alô. – eu atendi já rindo.
-
Antes que me pergunte, eu peguei seu celular e coloquei meu número nele e
liguei pra mim do seu celular pra gravar seu número também. – ele disse sempre
com aquele ar confiante. – Só no caso de você precisar de mim.
Eu
ri da pretensão dele, mas antes que pudesse responder ele foi logo
acrescentando.
-
Você é pior melhor amiga do mundo! – ele disse fingindo raiva na voz.
-
Nossa, desde quando sou sua melhor amiga? – provoquei.
-
Desde quando você é minha única opção por hora... – ela disse debochado como
sempre.
-
Ai, assim você me magoa. – eu fingi certa indignação na voz.
-
Sabe, você devia ter ligado e perguntado se eu consegui o trabalho na agência
onde eu fui fazer entrevista. Lembra? – ele quase não respirou durante a frase.
-
Caramba! É verdade... Desculpa mesmo eu esqueci. – respondi verdadeiramente
culpada. Ele havia me perturbado durante o sábado inteiro contando sobre isso e
gastando toda a sua ansiedade comigo.
-
Pois é... Pra sua informação eu fui aceito e começo a trabalhar amanhã.
-
Isso é incrível, Joe, parabéns! – disse genuinamente feliz.
-
Eu sei, sou demais! Eles não conseguiram resistir ao meu talento incontestável,
sem mencionar meu charme...
Eu
explodi em uma gargalhada saída do meu âmago ao ouvi-lo dizer isso.
-
Ai Joe, você tem certeza que está na profissão certa. Acho que você leva jeito
pra comediante.
-
Olha aqui bonequinha de porcelana francesa, vai ver se eu tô na esquina! – ele
disse rindo.
-
Como vamos comemorar? – perguntei
-
Isso eu deixo por sua conta, afinal, não preciso lembrar que não conheço quase
nada por aqui. – respondeu calmamente.
-
Pode deixar, vou falar com Maurício e combinamos alguma coisa. – eu disse e me
dei conta que roía as unhas.
-
Vou ficar segurando vela? – sua voz tinha um pouco de indignação, mas não tinha
o tom divertido de costume.
-
Bom, eu posso levar uma amiga pra te apresentar. – disse sorrindo, mas por
algum motivo me arrependi logo depois.
-
Não tô interessado. – Joe respondeu seco.
-
Nossa... Por que falou assim?
-
Por que se eu quiser conhecer alguém, pode deixar que mesmo procuro. – a
irritação estava cada vez mais presente n sua voz. – E quer saber, não quero
mais comemorar nada!
E
a ligação foi finalizada antes que eu pudesse sequer perguntar o que estava
acontecendo.
Continua...
n/a: Oie! :D Bem, quero informar que esse é o último capítulo onde tudo está um mar de rosas... As turbulências vão começar e se eu fosse vocês apertaria o cinto, porque já no próximo capítulo o impacto vai forte! u.u Espero que tenham gostado desse capítulo e repito, tudo irpa se encaixar e eu já até prevejo vocês fazendo um "Aaaah, tá!" enquanto leem! kkk Enfim, comentem amores e acho que segunda eu posto o capítulo bombástico! :D Beijos e até a próxima! :****
17 de dezembro de 2013
Capítulo Seis
“When you have a friend by your side that helps you to find the beauty
of all. When you'll open your heart and believe in the gift of a friend.” –
Gift Of A Friend, Demi Lovato.
Era
um dia ensolarado, mas não fazia tanto calor. O vento soprava refrescante
embaraçando cabelos e balançando o tecido das roupas. Dia perfeito para sair
com as amigas. No meu caso, com a amiga.
- E
o que aconteceu com o Edu? - perguntei para Angelina, que andava ao meu lado
e de braços dados.
-
Não sei. A última vez que o vi foi na semana passada... - ela respondeu
desinteressada.
- Mas
vocês não estavam namorando? - a pergunta saiu divertida, pois eu já sabia a
resposta.
- Eu
namorando aquele pirralho? Nunca! - Angel parecia até ofendida com a pergunta.
- Engraçado
você dizer isso porque o Edu tem a mesma idade que você se não me falha a
memória. – disse coçando o queixo, fazendo uma caricatura de quem pensa em algo
sério.
- Que
seja. - ela disse dando de ombros. - Quero alguém que tenha mais conhecimento
que eu, que possa me ensinar coisas me mostrar o que ainda não seu... Gosto de
homens mais velhos.
- Mas
você nuca namorou alguém mais velho...
- Pois
é... Ainda não caiu nem um desses na minha rede. – ela disse meio descontente.
- Enquanto isso, me divirto com os Edus da vida...
Rimos
juntas disso e de outras pérolas que saíram da boca da minha melhor amiga
maluca. Por vezes eu me perguntava por que eu era amiga de Angel. Éramos tão
diferentes. Mas a resposta sempre vinha nesses nossos momentos juntas.
-
Tô morrendo de fome. – ela disse no momento em que passamos por um restaurante
japonês. – A fim de comer um japonês? Sem duplos sentidos, claro.
-
Isso nem passou pela minha cabeça. – eu disse rindo enquanto entrávamos no
restaurante.
Depois
de nossos pedidos feitos o celular de Angelina tocou. Ela olhou para o visor e
pareceu empalidecer. Não atendeu a ligação.
-
Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupada.
-
Não, nada. – ela disse dando um sorriso amarelo. – É só um carinha que eu
peguei em uma festa e agora não desgruda do meu pé.
-
Você ficou tão tensa... Não me diga que ele te ameaçou ou coisa assim! –
exclamei assustada.
-
Não! – ela quase gritou. – Não é nada disso. É que ele é realmente muito chato
e grudento e você sabe como eu detesto isso.
Assim
que ela terminou de falar o celular tocou novamente e, mais uma vez, ela
ignorou a ligação e desligou o celular em seguida.
-
Pronto! Assim ele não nos perturba mais.
-
Porque você não muda o número do celular? – perguntei de modo óbvio.
-
Tá louca? Olha o trabalho que vai dar espalhar meu número novo pra todas as
pessoas que eu conheço!
Realmente,
Angelina devia conhecer meio mundo!
-
Um dia ele cansa. – ela completou dando de ombros.
Nossa
comida chegou e o assunto foi esquecido.
- E
me conta como tem sido os ensaios? – ela perguntou distraída com a comida.
-
Intensos! – disse enfática. – Mas você sabe o quanto eu amo o balé, então meio
que eu gosto...
-
Você é maluca! O tempo que passa enfurnada naquela sala cheia de espelhos,
fazendo piruetas e adquirindo calos nos pés poderia estar sei lá... Fazendo
compras!
-
Mas eu já faço compras suficientes. – disse sorrindo.
-
Tá certo... – lógico que ela não concordou, mas também era óbvio que continuar
com o assunto não daria em nada.
- Por
falar em compras, preciso que me ajude com os preparativos do casamento. –
disse sorrindo.
-
Claro que eu ajudo, amiga! – Angel respondeu, mas deu um sorriso amarelo ao
terminar a frase.
-O
que foi? – quis saber.
-
Nada, mas é que... Deixa pra lá. – ela hesitou, porém isso só me deixou mais
curiosa.
-
Fala, Angelina!
-
Você tem certeza? – ela disse mordendo o lábio inferior.
-
Você quer dizer do casamento? – eu a vi fazer um breve aceno com a cabeça e
respirei fundo. – Porque não estaria, Angel?
-
Ai, amiga... Você é tão nova, tem tanta vida pela frente, tantos carinhas pra
conhecer e...
-
Angelina, pera aí! - eu a interrompi. – Você sempre me apoiou no casamento. O
que te deu agora?
-
Não sei, eu só vi que você pode tá cometendo uma burrada. – ela disse séria.
-
Eu sei o que eu tô fazendo. – respondi depois de analisá-la por breves
segundos. – O Maurício é o homem da minha vida e é com ele que quero construir
minha família! Entendeu?
Angelina
nada disse, apenas baixou os olhos e encerramos o assunto ali.
-
Desculpa se me exaltei com você, mas é que... – não consegui terminar a frase.
Estávamos
no estacionamento nos despedindo e eu não queria ir embora com aquela sensação
dentro do peito. Precisava deixar as coisas bem entre eu e minha melhor amiga.
-
Sem problema. Eu que devia ter ficado calada. - Angel respondeu com o sorriso
meigo que raramente ela mostrava.
-
Eu amo muito você amiga, sei que só quer meu bem. – eu disse enquanto a
abraçava.
-
Eu sempre vou querer apenas seu bem, minha linda! – ela disse.
Despedimos-nos
e cada uma seguiu para sua respectiva casa. Era bom saber que eu tinha com quem
contar. Uma amiga de verdade. O que é bem raro hoje em dia. Eu sabia que
Angelina estaria sempre ao meu lado. Pro que desse e viesse.
n/a: Oi lindas! :) Tenho boas notícias... TÔ DE FÉRIAS!!! \o/ Agora devo aparecer por aqui com mais frequência ;D Bem, o capítulo de hoje foi dedicado a amizade que será bem importante no decorrer da fic. Não coloquei uma foto da Demi com a Sel ou com a My por que não queria que imaginassem a Angelina sendo uma delas... :x Enfim, espero que tenham gostado, mais capítulos virão e mais cedo do que imaginam hahaha Comentem amores, beijos e até a próxima! :****
Comentários respondidos
13 de dezembro de 2013
Capítulo Cinco
“True
love might fall from the sky. You never know what to find, but didn't he blow
my mind this time. Didn't he blow my mind?” – Milk and Toast and Honey, Roxette.
(soltem a música quando eu der o sinal ok? *-* link)
-
Pronto, por hoje é só queridos!
Era
o fim de mais um ensaio exaustivo. Despenquei no chão e comecei a tirar as
sapatilhas. Antes de sair da sala, não pude me conter, tive que perguntar por
Joseph.
-
Ele saiu, foi até a agência de propaganda onde ele vai trabalhar. – Foi o que
Beatrice disse enquanto arrumava as coisas na sala. Agradeci e sai de lá apressada. Não vi o sorriso que ela pôs nos lábios segundos depois de me
responder.
Assim
que entrei no carro meu celular tocou. O visor piscava o nome de Maurício e eu
me apressei em atender.
-
Oi amor.
-
Já saiu do balé, linda? – ele perguntou do outro lado da linha.
-
Acabo de entrar no carro. Porque? – perguntei curiosa. Maurício conhecia meus
horários. Não que fosse do tipo de namorado controlador, mas conhecer os
hábitos da pessoa com que você pretende passar o resto da vida é algo normal.
Certo?
-
Estou saindo do trabalho e passo na sua casa daqui a meia hora. Tenho uma
surpresa pra você. – ele disse e pude ver o sorriso perfeito em seus lábios
enquanto falava.
-
Você sabe que eu odeio surpresas! – eu disse frustrada. Não é exatamente a
surpresa o que me desagrada e sim todo o mistério que a ronda. Não gosto de não
saber das coisas.
-
Mas dessa você vai gostar! Te encontro daqui a pouco? – acrescentou tranquilo.
Ele sabia que eu não negaria.
-
Claro, amor! – respondi e soltei um suspiro derrotado. – Estarei pronta.
Despedimo-nos
e dirigi até em casa. Tinha agora exatos 15 minutos para tomar um banho e
colocar uma roupa que me permitisse ir desde um restaurante para um almoço
romântico até uma padaria na esquina. Viu? Mais um motivo para eu odiar
surpresas!
-
Você não vai mesmo me contar? - perguntei a Maurício pela milésima vez desde
que ele dera partida no carro.
-
Claro que não! Já disse que é uma surpresa e surpresas não se contam! - ele
disse sorrindo enquanto dirigia.
-
Odeio surpresas! - sentenciei e cruzei os braços fingindo uma falsa raiva. No
fundo era só eu sendo um pouco mimada e muito curiosa.
(podem dar play :D)
Enquanto
seguíamos viajem para sei lá onde o rádio começou a tocar uma música antiga,
daquelas que meu pai costuma ouvir. Roxette, era o nome do grupo.
Repentinamente me deixei levar pela letra e viajei na paisagem encantadora que
via através da janela do carro. Quando dei por mim, o carro havia parado e
Maurício me encarava com o mesmo sorriso lindo de sempre.
-
Chegamos. - anunciou e desceu do carro.
Fiz
o mesmo e olhei ao me redor. Só havia árvores e mais árvores. Olhei pro meu
noivo com cara de confusa e o ouvi soltar um risinho antes de estender a mão
pra que eu pegasse.
Maurício
me conduziu até bem perto de uma árvore gigante com folhas bastante verdes.
Embaixo dela havia um tronco caído que serviu de banco para nos dois. Ao olhar
para o horizonte pude ver o sol em seus preparativos para se pôr.
-
O show está prestes a começar. - Maurício disse baixinho em meu ouvido.
Ficamos
olhando para o horizonte, abraçados. E enquanto o sol se escondia, testemunhamos
o céu variar do laranja radiante ao lilás celestial. Uma visão linda em um
momento único.
-
Foi aqui que meu pai pediu minha mãe em casamento. - ele disse sem tirar os
olhos do horizonte. - Eles estavam voltando da casa de uns amigos e minha mãe
fez meu pai parar o carro pra ver o pôr-do-sol. E antes que ele sumisse de vez
no horizonte, meu pai a pediu em casamento.
-
Não sabia que seu pai era romântico assim. - comentei distraída com os olhos
dele que agora estavam hipnotizadoramente verdes. Mais do que o normal.
-
Pois é... - ele concordou rindo e olhando, finalmente, em meus olhos. - Eu
marquei a data do nosso casamento. - disse de maneira doce que me fez querer
colocá-lo em meu colo. Mas minha reação ao que foi dito foi um gigantesco
sorriso.
Eu
não tinha dúvidas do quanto amava Maurício. Ele era tudo o que eu podia querer
em um homem. Sinceridade, gentileza, educação, hombridade... Sem contar que ele
era lindo! Eu estava prestes a me casar com um verdadeiro príncipe!
-
Você não vai dizer nada? - ele perguntou por fim diante do meu silêncio
prolongado.
-
Desculpa, mas eu estava ocupada pensando no que eu poderia ter feito de tão bom
pra te merecer. - eu respondi e o vi corar. Não resisti. Passei meus braços em
volta do pescoço dele e o beijei. Sentindo em minha boca o gosto doce que vinha
dele, apenas para ter mais certeza de que era aquele gosto que eu queria sentir
para o resto da minha vida.
Voltamos
para casa depois de alguns minutos sentados ali, presos àquele momento mágico
que nos cercava. Assim que estacionou em frente a minha casa, percebi que ele
não entraria, pois sempre que ficava para o jantar deixava o carro na garagem.
-
Não vai jantar com a gente?
-
Acho melhor não... – havia certa hesitação na voz dele. Algo que seus olhos também
demonstravam.
-
Algum problema? – perguntei enquanto tocava a mão dele que repousava em sua
perna direita.
-
Não, mas é que tô cansando... É melhor eu ir para casa. – ele disse e sorriu,
de modo a tentar me tranquilizar. Não conseguiu.
-
Se você tiver algo para me contar, não precisa ser agora, mas saiba que eu
estou aqui pra te ouvir e pra te ajudar. - eu sabia que havia algo de errado,
mas não quis forçar nada.
O
vi fechar os olhos e soltar o ar lentamente. Por um momento pensei que veria
Maurício chorar. Seus olhos ficaram vermelhos.
-
Eu amo muito você! – foi o que ele disse.
-
Eu também o amo demais! – minha resposta.
O
abracei apertado e depois de um longo beijo - urgente da parte dele - saltei do
carro e o vi partir. Não posso negar que fiquei magoada por saber que algo
estava acontecendo e ele não quis dividir comigo. Mais ainda por pensar que
tinha algo a ver com minha família. Devia ser algo sobre a data marcada do
casamento e ciúme do meu pai. Ainda assim, preferia que ele tivesse dito algo. Como disse antes, odeio não saber das coisas.
Continua...
*
“Amor verdadeiro pode cair do céu. Você nunca sabe o que encontrar, mas não é
que ele me surpreendeu desta vez. Não me surpreendeu?”.
n/a: Oi amores! :D Capítulo lindo, mas acho que vocês não curtirão muito u.u hahaha Mas vocês não podem negar que o Maurício é fofo *-* E marcou a data do casamento :x Ou seja... Pois é! u.u O que poderia mudar o rumo dessa história? Será que existe algo que pode mudar isso? Ou o destino da Demi é mesmo entrar na igreja ao encontro de Maurício? Não perca as cenas do próximo capítulo de SWEET DISASTER! ~música de suspense~ kkk viajei, ok! Mas é isso amores! Comentem, digam o que acham e conversem comigo que eu prometo sanar algumas -eu disse ALGUMAS- dúvidas ;) Beijos e até o próximo capítulo! :***
DIVULGAÇÃO>>>>>> A garota que eu quero
10 de dezembro de 2013
Capítulo Quatro
“Have you seen that girl, have you seen her.
She's the freakiest thing you gotta meet her. You'll do whatever it takes to get
her by your side.” – Walks Like Rihanna, The Wanted.
No
inicio ter minha visão de vários ângulos me incomodava. Era muito estranho
poder ver cada detalhe de um movimento e saber se era esse o resultado que você
queria ou não. Passei a odiar espelhos por alguns meses e não podia ver nenhum
na minha frente. Depois passei a entender que nós - eu e o espelho - podíamos
ser amigos. Desde então ele passou a ser meu melhor amigo. O único que me
mostrava meus erros sem medo de me magoar, pois sabia que era pro meu bem. O
único que sempre falou a verdade. Estar diante dele, enquanto treino os passos
já incansavelmente ensaiados é como se estivéssemos conversando.
-
Isso, assim esta ótimo! - ele dizia orgulhoso. - Não, não, agora ficou muito
exagerado! Seja mais suave.
Eu
sempre ouvia seus conselhos.
E
esse é o momento em que você começa a me achar louca.
-
Querida você ainda esta aqui? - senhora Mathews disse entrando na sala.
-
É... Decidi treinar um pouco mais... - respondi meio ofegante.
Ela
sorriu e acenou com a cabeça.
-
Soube que foi até minha casa ontem. – ela disse sorrindo.
-
Ah, é... Joseph me levou pra lá por que...
-
Porque você estava sem dormir... – ela completou minha frase e respirou fundo.
O sorrido desapareceu de seus lábios. – Você passou a noite ensaiando, não foi?
Não
respondi, apenas baixei os olhos e respirei fundo.
-
Querida, por que? – ela perguntou erguendo meu queixo para olhá-la.
-
Eu precisava que os passos ficassem perfeitos! – disse sincera e quase
suplicando pelo entendimento dela.
-
Mas querida, você é perfeita! – ela disse sorrindo.
-
A perfeição só vem com trabalho árduo. A senhora me ensinou isso! – eu disse
firme.
-
Eu sei que ensinei, mas se preocupar demais com isso pode fazer mal, meu amor.
– ela disse com ar maternal e aquele sorriso doce nos lábios.
-
O balé é a razão da minha vida, senhora Mathews. Eu preciso ser realmente boa
nisso! – eu disse sendo o mais sincera possível.
Ela
apenas sorriu e acariciou meu rosto.
-
Um dia você irá entender que perfeição nem sempre é o que importa. – ela disse
e sorriu, meio triste... – Mas, por hora apenas me prometa não cometer a
loucura de deixar de dormir de novo!
-
Eu prometo. – disse sorrindo e dando um abraço apertado na senhora que eu tanto
queria bem.
Esperei
que ela saísse e recomecei desde o inicio. Eu prometi não ficar mais sem dormir. Não disse nada sobre deixar de ensaiar.
Rodopios e saltos executados uma, duas, três
vezes. E quantas mais fosse preciso. Eu simplesmente perdia a noção do tempo
quando ensaiava.
-
Você não cansa não? - ouvi uma voz familiar me dirigir a palavra e soltei um
risinho acompanhando de um suspiro de cansaço.
-
Oi Joseph. - disse e sorri balançando a cabeça.
-
É sério! Esse negócio todo de repetir a mesma coisa centenas de vezes deve ser
chato pra cacete! - ele disse e cruzou os braços, encostando-se melhor na
parede próximo a porta.
-
A prática leva a perfeição. Já ouviu falar? - perguntei enquanto sentava no
chão. Estava me rendendo ao pedido desesperado do meu corpo por descanso.
-
Já sim, mas no seu caso esta levando a loucura... - ele disse e eu apenas ri.
Não conseguia levá-lo a sério. Vai ver era pelo ar de deboche ou de ironia que
sempre acompanhava cada palavra dita por ele.
-
Bem, então serei uma louca perfeita ao menos... - olhei para ele sorrindo e
senti um arrepio percorrer pela minha espinha quando notei que ele também
sorria.
-
Que tal você deixar de ser perfeita por um dia e me mostrar a cidade? - ele
perguntou com uma sobrancelha levantada, como quem faz um pedido irrecusável.
Pensei
por uns instantes e resolvi aceitar. Não custava nada fazer novos amigos.
-
Tá certo. Mas você vai ter que esperar eu tomar um banho e tudo mais... - eu
disse levantando-me e indo até minha bolsa.
-
Não tem problema, só não vai tomar o banho perfeito se não ficaremos aqui a
noite toda. - eu não pude deixar de rir com a "piada" e não respondi,
apenas dei-lhe um tapa no braço ao passar por ele em direção a saída.
-
Nossa! Você não se cansa de comer essas coisas gordurosas não? – ele disse,
assim que entramos em uma pastelaria. Claro que foi ele quem sugeriu. E claro
que ele estava curtindo com a minha cara.
-
Haha, que engraçado você! – eu respondi sorrindo forçado. – Mas saiba que se o
Gabriel não conseguir me carregar a culpa é inteiramente sua!
-
Gabriel? O nome do seu noivo não era Maurício? – ele perguntou meio confuso.
-
Gabriel é o bailarino que dança comigo. – respondi, prestando mais atenção no
cardápio do que no que dizia. – Nunca pensei que pastel pudesse ter
tantos recheios!
-
Bom, eu já escolhi. Vou ficar com esse de frango e cheddar, porque é a única
coisa que não parece tão estranha pra mim. – Joseph respondeu e disse o número
do pastel para o garçom.
-
Eu vou querer o de calabresa com cheddar. – disse diretamente ao garçom.
- Você também enfia o pé na jaca mesmo né? – ele disse rindo.
-
Quem tá na chuva é pra se molhar, não é o que dizem? – eu respondi dando de
ombros.
-
Então... Quando vou receber o convite pro casamento? –
ele perguntou de maneira presunçosa.
-
Quem disse que você será convidado?
-
Eu disse. – ele respondeu, prático.
-
Alguém já te disse que você é muito arrogante? – perguntei de maneira sincera.
Eu realmente queria saber isso.
-
Devem ter dito, mas é lógico que eu não dei a mínima. – ele respondeu
simplesmente.
-
Então é isso o que você faz? - perguntei
enquanto o garçom colocava copos e molhos sobre a mesa.
-
O quê? – ele perguntou confuso.
-
Quando recebe uma crítica. Você finge que não ouve?
-
É... Bem por aí. – ele disse dando de ombros.
Fiquei
calada enquanto o observava o garçom chegar com nossos pedidos e Joseph começa a comer. Como alguém conseguia não ligar pra outras
opiniões? Como ele conseguia não se deixar abater quando era criticado?
-
Come. – ele disse apontando pro pastel em minhas mãos. – Frio deve ficar horrível.
Eu
sorri e dei uma mordida. Mas meus pensamentos já não estavam ali.
-
Juro! Nunca mais como essa coisa. – disse enquanto procurava um analgésico em
minha bolsa.
-
Mas só na sua cabeça que a combinação calabresa e chadder não teria sal a beça!
– ele disse enquanto guiava meu carro.
-Caramba,
minha cabeça vai explodir! – disse no momento em que encontrei a cartelinha de
remédio dentro de um dos bolsos “secretos” da minha bolsa. - Dobra na próxima a
esquerda. – eu disse antes de por o comprimido na boca e engoli-lo. – É essa
toda branca com portão preto.
-
Bom, está entregue. – ele disse puxando o freio de mão.
-
E como você vai voltar pra casa? - perguntei preocupada.
-
Eu pego um táxi, pode deixar. – ele disse e saltou do carro. Eu fiz o mesmo.
-
Obrigado pela companhia. – ele disse colocando as mãos no bolso.
-
Por nada. – eu disse e sorri.
-
Quando vamos fazer isso de novo? – ele perguntou meio desinteressado e, por um
momento, me perguntei se essa despretensão era fingida. – Você sabe. Eu não conheço ninguém aqui
sem ser você e minha mãe.
-
Tudo bem, a gente pode marcar alguma coisa. – eu disse e sorri. – Aproveito a
oportunidade e te apresento o meu noivo. Vocês vão se dar super bem.
-
Tenho certeza que sim. – ele disse e baixou os olhos sorrindo de alguma coisa
que eu não compreendi, mas decidi não perguntar. – Vou indo, então.
-
Tá certo. – eu disse meio sem saber o que fazer. -
Tchau.
-
Tchau. – ele disse e virou-se se pondo a caminhar, mas antes que desse três
passos voltou-se pra mim novamente – Ah, antes que eu esqueça, pode me chamar
apenas de Joe. Você sabe, Joseph é muito formal.
Eu
ri e concordei levemente com a cabeça.
Continua...
*
“Você viu aquela garota? Você a viu? Ela
é a coisa mais maluca, você tem que conhecê-la. Você vai fazer o que for
preciso para levá-la ao seu lado.”
n/a: Oie! :) Mais um capítulo cheinho de Jemi! <3 Acho que tô sendo muito legal com vocês... Sei não, acho que tá na hora de dar uma mudada nisso u.u kkkk Bem, mais uma vez o desastre gastronômico do recheio de cheddar com calabresa fica por conta da minha irmã e pra quem interessa ela ficou sim morrendo de dor de cabeça porque a pressão dela subiu levemente e passou a noite vomitando :/ Por tanto, não façam isso em casa! u.u kkk Enfim, amores meus, volto em breve com o capítulo cinco e falando sério, não se acostumem só com sorrisos... :x Comentem tá, babies! Beijos e até a próxima! :***
Divulgação>>>>>>> http://iloveyouforevermylove.blogspot.com bem, recebi esse pedido de divulgação, mas pra mim aparece 'Permissão negada'. Porém pediram pra divulgar e aí está! ;D
6 de dezembro de 2013
Capítulo Três
“Hoje o tempo
voa, amor. Escorre pelas mãos. Mesmo sem se sentir. Não há tempo que volte,
amor. Vamos viver tudo o que há pra viver. Vamos nos permitir” – Tempos
Modernos, Lulu Santos.
-
Isso... Muito bem... Está brilhante... Perfeito...
Era
o que Beatrice repetia enquanto eu executava os movimentos já previamente e
exaustivamente ensaiados. Uma felicidade sem tamanho tomou conta de mim ao ver
o sorriso de satisfação e orgulho que ela ostentava no rosto. Naquele instante
eu soube que tinha valido a pena.
-
Bom, depois desse show de balé, me sinto na obrigação de lhe dar o dia de
folga. O que acha? – ela disse enquanto me trazia uma garrafinha de água
mineral.
-
Tem certeza? – perguntei apreensiva. – A apresentação tá tão perto...
-
Você é incrível, Demetria... Não vejo em mais o que podemos melhorar. – ela
disse enquanto caminhava até o aparelho de som e o desligava. – Você está
perfeita.
Eu
sorri. Largamente e abertamente, eu sorri. Eu estava perfeita, ela disse. Não
havia nada melhor para se escutar.
Decidi
aceitar o dia de folga, pois estava exausta e morrendo de sono. Caminhei até
meu carro e qual não foi a minha surpresa ao chegar lá e encontrar Joseph
encostado nele, enquanto virava uma chave nos dedos. Demorei um pouco, mas
quando finalmente foquei na chave me dei conta... Era a minha chave!
-
Ei, o que faz com a chave do meu carro? – perguntei rispidamente.
-
Devia perguntar a você como ela veio parar em minhas mãos, não acha? – ele
disse com o mesmo jeito debochado de sempre.
Parei
pra pensar por alguns minutos, mas tudo em minha cabeça era um grande branco.
Mal me lembrava do que tinha acabado de dizer... Percebendo minha confusão, ele
se aproximou e me estendeu a chave.
-
Você deixou cair quando chegou. – ele disse e sorriu.
-
Oh! Obrigada. – eu disse e soltei um suspiro de alívio. – Eu não dormi essa
noite e acho que tô meio estabanada.
-
Você não dormiu? – ele disse surpreso. – E está dirigindo? Você é maluca ou
suicida?
Meu
raciocínio estava tão lento que não consegui sequer entender o que ele disse,
quanto mais elaborar uma resposta.
-
Vem, eu te deixo na sua casa. – ele disse e pegou as chaves da minha mão.
Não
me opus, até porque não tinha nem como fazer isso. Nota mental: nunca mais
perder uma noite de sono.
Foi
difícil levantar as pálpebras, pois elas pareciam duas pedras que tinham
vontade própria e insistiam em permanecer fechadas. Quando consegui abrir os
olhos, os fiz passear ao meu redor e não reconheci o lugar onde estava. O
quarto era simples, todo branco com uma mesa onde tinha um computador e vários
papéis, a cama onde eu estava tinha uma coberta azul celeste, mesmo tom que
cobria os travesseiros e o edredom que estava em cima de mim era de um tom
quase roxo.
Levantei
da cama e tentei me concentrar na última coisa de que eu me lembrava, mas minha
cabeça estava doendo e meus pensamentos meio embaralhados. Passei as mãos pelos
cabelos e decidi sair dali e descobri onde eu estava e porque estava ali.
Ao
sair do quarto me deparei com um corredor que não era tão grande e findava em
uma escada. Por ali não havia ninguém. Desci as escadas e cheguei em uma grande
sala muito bem decorada com móveis claros e cortinas cor de creme. A televisão
estava ligada, mas não tinha ninguém assistindo.
Ouvi
um barulho vindo de um cômodo do lado direito da escada e me encaminhei até lá.
Era uma cozinha linda com armários amadeirados e louças e utensílios em aço
inox, mas o que me chamou atenção mesmo foi a pessoa que tentava, meio sem
jeito, cozinhar algo no fogão.
-
Parece que o mesmo dom que eu tenho pra dirigir você tem para cozinhar. – eu
disse meio sem jeito e me aproximando devagar.
-
Pensei que não fosse mais acordar, bela adormecida. – ele disse por sobre o
ombro e sorriu.
-
Como eu vim parar aqui? – perguntei logo e Joseph virou-se para mim e sorriu de
canto.
-
Você dormiu segundos depois que eu dei partida no carro. – ele disse rindo e eu
o acompanhei. – Como eu não sabia onde era a sua casa, decidi trazer você pra
minha.
Assenti
com a cabeça e me entretive com o copo de suco que ele havia colocado na minha
frente. Não sei por que, mas senti que não estava com um estranho. Apesar de
mal conhecer Joseph, me sentia a vontade ao seu lado. Conciliei isso ao fato
dele ser filho da mulher que eu considerava uma segunda mãe e, portanto, quase
meu irmão.
-
Tá com fome? – ele perguntou enquanto despejava uma gororoba no prato de
porcelana branco.
-
Até estou, mas eu não vou comer isso aí... – eu disse apontando com cara de
nojo para o prato.
-
Você está desdenhando da minha comida? – ele fez cara de ofendido e eu apenas
confirmei com a cabeça. – Você tem toda a razão, não levo o menor jeito pra
cozinha... O problema é que minha mãe ainda está na academia e vai demorar um
pouco...
-
Porque a gente não sai pra comer alguma coisa? – eu propus.
-
Pode ser... – ele disse depois de pensar um pouco. – Ontem eu conheci um
lugarzinho aqui perto que eu gostei muito.
-
Ok, vamos lá. – eu respondi sorrindo e ele sorriu em resposta. – Mas eu dirijo!
-
Vou logo avisando que não tive tempo de fazer meu plano de saúde aqui no Brasil
hein? – ele respondeu com as mãos para o alto, como se eximisse de culpa. Eu
apenas revirei os olhos e ri. - Vou só pegar minha jaqueta e minha carteira.
Joseph
subiu as escadas quase que correndo e eu caminhei até um grande espelho que
havia na sala e tentei dar um jeito na minha aparência. Prendi melhor os
cabelos e limpei o grande borrão preto em baixo dos meus olhos e dei leves
batidas nas bochechas para parecer mais saudável. Desamassei minha blusa e
nesse instante me dei conta de que estava com um short jeans por cima da meia
de balé e uma blusa por cima do colã. Corri até o meu carro e peguei a mala que
sempre andava comigo.
-
Você pode esperar só um instante? – perguntei assim que ele desceu. – Preciso
ir ao banheiro.
-
Claro, é logo ali. – ele disse apontando para uma porta discreta que ficava bem
depois de toda aquela sala enorme.
Abri
a mala e comecei o trabalho. Tirei as roupas de balé e coloquei meu vestido
florido e soltinho. Pra marcar a cintura usei um sinto verde claro bem fino.
Tirei meu all star e coloquei uma sapatilha vermelha. Soltei meus cabelos e
escovei prendendo apenas parte dele com um grampo. Olhei para o espelho e me
conformei que aquilo era o melhor que podia fazer e sai do banheiro.
Joseph
estava sentado no sofá distraído com a televisão. Quando notou minha presença,
tive a impressão que sua boca se abriu brevemente. Sorri tímida com o olhar que
ele me lançou.
-
Podemos ir. – eu disse e comecei a me direcionar a porta.
-
O que você carrega nessa mala? Um salão de beleza portátil? – ele perguntou,
debochado como sempre e eu apenas ri.
Chegamos
em frente a uma espécie de barzinho, onde tocava uma música agitada que eu
nunca tinha ouvido antes. As pessoas riam e falavam meio alto e eu estava
completamente assustada. Nunca, em toda a minha vida, tinha ido a lugar desse
tipo.
-
Vem! – ele disse me puxando pra dentro daquele lugar estranho.
-
Você não pode estar falando sério. – eu disse sorrindo descrente e ele riu da
minha cara de espanto.
-
Deixa eu ver... A patricinha nunca veio em lugar desses, certo? – ele disse
puxando a cadeira pra que eu sentasse em uma mesa.
-
Está certíssimo! – eu exclamei sorrindo de verdade.
-
Bom, sempre há uma primeira vez. – ele disse e pediu o cardápio do garçom que
passava.
-
Meu Deus! – eu exclamei. – Não há nada que não seja uma bomba calórica aqui?
-
Ei, você tem que se permitir um pouco sabia? – ele disse franzindo o cenho e
rindo. – Curte a vida porque a vida é curta, gata!
Joseph
piscou pra mim e eu sorri. Respirei fundo e decidi me permitir só por aquele
dia. Escolhemos nossos pedidos. Tudo regado a muita gordura e açúcar. E
começamos a conversar.
-
Engraçado, eu te conheço a menos de dois dias e parece que fazem anos que somos
amigos. – eu disse sorrindo e ele abriu um sorriso ainda mais largo.
-
Então, Demetria...
-
Por favor, me chama apenas de Demi. – eu disse depois de tomar um gole do
refrigerante. – Demetria é muito formal.
-
Ok, Demi... – ele recomeçou frisando meu apelido e eu assenti sorrindo. - Me
conta qual é desse anel de brilhante ai no seu dedo. – ele disse depois de um
gole na cerveja que ele tomava.
-
Anel de noivado. – eu respondi simplesmente e ele quase cuspiu a bebida na
minha cara.
-
Noiva? Quantos anos você tem? – ele disse atônito.
-
Acabei de completar 18. – respondi rindo da reação dele que parecia ter
recebido a uma notícia absurda.
-
Você é maluca, na boa. – ele disse e se recostou na cadeira. – Qual o nome do
cara?
-
Maurício. – eu disse sorrindo ao lembrar do meu noivo.
Ele
riu, mas antes que ele pudesse dizer algo, meu celular tocou. Era meu pai,
preocupado, óbvio. Eu não dava notícias desde a manhã. Depois de algumas perguntas,
pediu pra eu voltar logo pra casa.
-
Preciso ir, muito obrigada, eu amei sair da minha rotina e, de quebra, fazer um
amigo novo. – disse e me levantei.
-
Imagina, precisando estamos aí... – ele respondeu sorrindo meio sem graça.
-
Quer que eu te deixe em casa? – perguntei enquanto abria minha bolsa em busca
da minha carteira.
-
Nem pensar! – ele respondeu e pousou a mão sobre a minha, me impedindo de
continuar minha busca. – Eu pago a conta!
-
Deixa de ser chato! Não me custa nada...
-
Você fica com a próxima conta. Pode ser? – ele sugeriu.
-
Pode sim. – eu confirmei, incerta, mas confirmei. – Não respondeu se quer carona
até sua casa.
-
Vou ficar mais um pouco por aqui... – ele disse e levantou o copo de cerveja
pra mim. Britânicos!
E
ri e acenei em despedida, caminhando para o carro. Nem me toquei que pela
primeira vez na vida não conseguia tirar o sorriso do rosto.
Continua...
n/a: Oi! :) Amores, eu sei que o capítulo anterior não estava tudo isso e que eu demorei pra postá-lo, mas poxa... só três comentários? :(( Fiquei triste, mas resolvi postar logo o capítulo três pra vocês! Por favor, comentem! Eu preciso da opinião de vocês! :(( É isso... espero que gostem desse capítulo que tem mais cenas Jemi e tals... enfim! Comentem, please! Beijos e até o próximo capítulo! :***
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