Capitulo 10 - Not Right Now (Parte 2)

Musiquinha :))

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Nick’s POV

Saí de casa decidido a fazer a coisa certa. Pela primeira vez na vida ia encarar a realidade e concertar as coisas que, há muito, já deviam estar em seu devido lugar. Ía fazer isso por mim, pelo meu irmão, mas, acima de tudo, por ela! Eu estava fazendo isso pela Demi! Ao parar em frente a casa dela, senti minhas pernas tremerem. Será que ainda dava tempo de voltar atrás?

- Não Nick! Você PRECISA fazer isso!- disse a mim mesmo ainda dentro do carro – Você deve isso a ela!

Era exatamente isso! Eu tinha uma dívida com Demi, e nem que vivesse eternamente, conseguiria pagar. Mas já estava mais do que na hora de começar a limpar meu nome com ela. Respirei fundo e saí do carro. Caminhei lentamente até a porta da casa dela e, ao chegar lá, fiquei longos minutos criando coragem para tocar a campainha. Quando o fiz, torci (covardemente, eu sei!) para que ninguém atendesse. Claro, que minhas preces jamais seriam atendidas e, depois de alguns minutos, o pai de Demi abriu a porta.

- Oi Sr. Lovato! – eu disse sem graça.

- Ora se não é o pequeno Nick. – ele disse rindo – Antes tarde do que nunca hein, meu rapaz! A Demi está no quarto dela, pode subir!

Dizendo isso, ele saiu do meu campo de visão deixando a porta aberta pra que eu entrasse. Não preciso nem dizer que minha pernas simplesmente recusavam-se a me obedecer, mas finalmente, depois de muito lutar com meu cérebro, adentrei a casa fechando a porta atrás de mim.

Pé ante pé subi as escadas até o quarto dela e ao chegar em frente a porta senti todo o meu corpo vibrar de ansiedade e nervosismo. Respirei fundo pela milionésima vez e bati na porta levemente.

- Pai, eu já disse que não quero nada! – ela respondeu com a voz abafada.

- Demi... – comecei receoso – Sou eu. Nick.

Silêncio.

Fechei os olhos sem saber o que falar. Apenas esperava que ela abrisse a porta e me deixasse, finalmente, consertar a burrada que havia feito.

- Demi, por favor... – eu disse em tom baixo.

Silêncio.

Soltei um suspiro e encostei a cabeça na porta.

- Escuta o que eu tenho pra te dizer – eu disse em um tom um pouco mais alto – se depois de tudo, você ainda me odiar eu vou entender, mas por favor... Por favor, me escuta!

E mais silêncio.

Ela não ia querer me ver. Eu devia ter previsto isso. Soltei outro suspiro, dessa vez de derrota, e me virei em direção as escadas, mas antes que eu alcançasse o primeiro degrau ouvi o barulho de chaves e da maçaneta. Olhei pra trás e vi Demi de braços cruzados, olhos inchados e vermelhos, me encarando.

- Acho que é justo você também ter sua chance – ela disse dando de ombros – Vamos ver se você é menos estúpido que o seu irmão.

Sorri instantaneamente.

- Vem – ela me chamou e apontou o quarto com um acendo de cabeça.

Assim que entramos, ela fechou a porta e encaminhou-se até a cama, sentando-se em seguida.

- Sou toda ouvidos Nick e não tenho todo o tempo do mundo! – ela disse olhando para as unhas.

Ri com a imagem da garota em minha frente. Tão diferente do que eu conheci, mas ainda assim eu conseguia ver muito daquela menina ingênua e indefesa que eu ajudei a destruir. Sentia tanta falta dela! Das conversas, dos sorrisos, das tardes sem nada pra fazer, dos abraços... Da amizade que tínhamos.

Ao lembrar de tudo isso, senti as lágrimas correrem pelo meu rosto. Eu merecia o pior dos castigos por tudo o que eu havia feito. Demi percebeu que eu estava calado demais levantou os olhos até mim, mas antes que pudesse dizer algo seu rosto adotou uma expressão surpresa. Eu não estava fazendo nenhum escândalo, mas ela me conhecia tão bem que, mesmo que eu estivesse a milhas de distância, ela saberia que eu estava chorando.

- Você lembra das nossas tardes no parque? – eu perguntei entre soluços discretos.

Ela apenas assentiu com a cabeça.

- Éramos tão felizes! – ela disse em sussurro quase inaudível.

- Sim, éramos! – disse sorrindo com a lembrança.

Tomei a liberdade de sentar-me ao lado dela na cama e, contrariando minhas expectativas, ela apenas se acomodou melhor em seu lugar e abaixou a cabeça fitando os joelhos.

- Nós costumávamos rir e chorar – eu continuei – eu costumava te dar todo o meu tempo.

- Até a Selena aparecer. – ela disse meio irônica.

- É... Até eu me tornar um completo idiota. – eu disse e ela soltou um risinho em resposta – Sabe, no dia da briga, eu sabia que assim que saísse pela porta da sua casa tudo que tínhamos cairia por terra e que demoraria pra começar tudo de novo.

- Então porque foi embora? – ela perguntou virando a cabeça pra me encarar.

- Porque eu sou um covarde e estava louco de raiva – respondi sendo sincero – mas eu não quero continuara a me sentir assim, e é por isso que estou aqui.

Ela continuava a me encarar e o silêncio dela foi como uma permissão para que eu continuasse.

- Se não for tarde demais, talvez poderíamos mudar nosso destino e desfazer todos os nossos erros. Aliás, onde foi que nós erramos? Passamos de amor para não se dar bem, mas hoje em dia tudo o que sinto falta diz respeito a você. Diz respeito a nós!

- Nick eu não sei se é uma boa ideia – ela disse mordendo os lábios – nós saímos muito machucados de tudo isso.

- Eu não vou conseguir continuar assim, e você também não, porque você sabe que ainda amo você! – eu disse olhando o mais fundo que eu pude nos olhos dela – Eu sei o quanto dói, mas não podemos desistir. Não agora!

Ela ficou em silêncio por alguns instantes e pude notar uma lágrima que fez um caminho lento por todo o seu rosto até pingar em sua coxa e, de repente, tudo aconteceu muito rápido. Quando percebi, Demi estava com os braços envoltos em meu pescoço em um abraço desajeitado. Fiquei sem reação por uns instantes, mas logo retribui o abraço puxando-a para o meu colo.

Era com o que eu havia sonhado todo esse tempo! E ali, abraçado a Demi e compartilhado as lágrimas, pude ter certeza: Amor de verdade jamais morre, jamais diminui. Ele apenas adormece, até o dia em que o fogo da reconciliação o desperta pra que volte a tona, ainda mais forte e mais poderoso.

Separei o abraço com muito custo, não queria largá-la, olhei pra Demi e sorri junto com ela. Deus, como senti falta desse sorriso!

- Demi, eu sei que não tenho muito crédito com você, mas preciso de um favor seu... – eu disse meio receoso.

Demi fez uma cara confusa e esperou eu terminar de falar. Era isso, a única maneira de concertar as coisas e eu ía fazer tudo certo agora. 

Continua...

n/a: Olá lindas! :) Post da madrugada ^^ Lindas eu ia postar mais cedo, eu juro, só que quando cheguei da faculdade meu pai tava passando mal e tive que levá-lo ao pronto socorro e demorou pra caramba! Se alguém aqui tem a Unimed como plano de saúde, sabe do que estou falando! u.u Mas bem, lindas... O fim está próximo :( O capítulo seguinte já é o final! E eu preciso dizer que chorei escrevendo... :'((( Acho que é isso... Obrigada por tudo, comentem e deixem a opinião de vocês! Até o próximo post, Bjs! :**

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P.S.: desculpe pelas respostas sem criatividade, mas eu tô morrendo de sono! :/