26 de janeiro de 2013

Desculpa :(

Oi, lindas! 
Bem, nem sei como começar... Eu estou morrendo de vergonha por ter ficado tanto tempo sumida e sem dar nenhuma explicação, mas peço que me desculpem de verdade. 
Tenho vários motivos que fizeram com que eu me afastasse, não só do blog, mas da internet como um todo. Aconteceram coisas bem complicadas na minha vida e, como algumas aqui já sabem, tive/tenho alguns problemas emocionais que jamais se curarão e quando certas coisas te atingem em cheio e completamente desprevenida, é difícil segurar a barra. 
Passei um bom tempo longe de tudo, viajei para a casa da minha tia que fica no interior, pra me afastar do que estava me fazendo mal. MUITO MAL. Não conseguia pensar em nada de bom e, mais uma vez, meu psicológico deixou a desejar e acabei me rendendo a maneira "mais fácil" de resolver tudo. 
Fiz coisas das quais me envergonho demais e machuquei pessoas que não queria atingir. Foi bem difícil e, juro pra vocês, se não fosse por Deus, essa autora louca e problemática que vos falam, não estaria aqui...
Bem... Não posso dizer que tudo está 100% agora, mas posso garantir que estou bem melhor. A cada dia que passa, consigo enxergar o mal que estou fazendo a mim por causa de pessoas que nem mesmo se importam comigo. Quase tirei o presente mais lindo que Deus pode nos dar, quase tirei minha vida por coisas que não valeria a pena derramar nenhuma lágrima. Me sinto completamente envergonhada, mas quero deixar um conselho de amiga a todas vocês: JAMAIS SE SINTAM MENOR QUE OS OUTROS, JAMAIS DEIXEM QUE PALAVRAS MESQUINHAS E EGOÍSTAS ATINJAM VOCÊS, JAMAIS DEIXEM QUE PISEM EM VOCÊS, JAMAIS SE DEIXEM ABALAR POR QUEM NÃO MERECE! APROVEITEM A VIDA, POIS ELA É SÓ UMA! 
Então, depois dessa explanação sobre o ocorrido, vou comentar um pouco sobre a fic. O capítulo seguinte está pela metade e eu, como devem imaginar, estou sem muita cabeça para escrever. Não quero postar qualquer merda para vocês u.u 
Não sei se tenho direito, mas peço que tenham só um pouquinho de paciência comigo. Vou demorar só mais um pouco e vou fazer o possível pra postar até segunda ok?! 
Muito obrigada a todos os comentários, vou fazer questão de responder a cada um deles! Obrigada as novas seguidoras, POR FAVOR NÃO SE ASSUSTEM, eu costumo ser legal! :D Enfim... Espero que me entendam e me perdoem! :((
Volto em breve com capítulo novo! :)
Beijos e obrigada por tudo!   

14 de janeiro de 2013

Capítulo 31 - Now I'm Speechless Over The Edge I'm Just Breathless...


O som estridente do despertador me acordou para mais um dia. Uma segunda-feira, para ser mais exato. O clima estava chuvoso, o que só aumentou minha preguiça e levou minha vontade de levantar da cama para bem longe.

Hoje podia ser um dia normal para as outras pessoas, mas, para mim, era uma data importante, hoje eu estava completando 29 anos de vida, é... Quase 30. Ao contrário dos outros, eu não tinha medo dessa idade, para mim era só um número. O que importa é quem você é por dentro e, nisso, eu posso garantir, tenho bem menos que minha identidade denunciava.

Sem ter outra escolha, levantei da cama e caminhei a passos arrastados até o banheiro. Mirei meu rosto no espelho do banheiro e não notei nada de diferente. Isso era tão patético, em um dia nós tínhamos uma idade e aí você acorda e pronto, está um ano mais velho. Ridículo.

- Bom dia, Demi! – exclamei para a foto que estava de volta ao espelho. Desde que terminei com Mandy, para ser mais específico. E sim, eu era louco e estava falando com uma foto. Deve ser a idade...

Fazia dois anos que eu não a via, dois anos desde o nosso último contato e a única coisa que eu pensava, noite e dia, era: “Porque tudo teve que ser assim?” Eddie e Denise passavam pouco tempo em casa e nos víamos raramente, mantendo apenas o contato entre bons vizinhos. Notícias dela? Nenhuma.

Depois de um demorado banho, arrumei-me, calmamente, para o trabalho. Hoje me daria um presente, tomaria café na Starbucks. Saí de casa e senti o frio cortante que fazia do lado de fora. Corri até meu carro, para estar logo no conforto do meu aquecedor.

Entrei na cafeteria e pedi um capuccino com alguns coockies. Enquanto esperava meu pedido, fui premiado com uma companhia inesperada.

- Oi, Joe. – Ashley disse, sorrindo e segurando a mão de uma linda menina.
- Oi, Ash. – eu disse, meio surpreso. Fazia muito tempo que não a via.
- Eu não quero incomodar, mas hoje é seu aniversário e eu te vi aqui e, bom...  Vim apenas te dar parabéns. – ela disse, meio sem jeito.
- Nossa! Você lembrou... Bom, obrigado! – eu disse sorrindo. – Quer sentar?
- Ah, não... Eu só vim comprar meu café e da Lisa, já estou de saída. – ela disse, passando as mãos no cabelo, em sinal de nervosismo.
- Sua filha é linda. – eu disse verdadeiramente, olhando para a menininha de cabelos claros e olhos verdes.
- Obrigada. Ela tem sido tudo para mim. – ela disse de modo comovido.
- Em pensar que você não queria ter filhos... – eu disse de modo nostálgico.
- Eu era uma grande idiota! – ela disse fazendo uma careta de reprovação.

Um momento de silêncio se seguiu. Ashley abria a boca algumas vezes, como se pensasse em dizer algo, mas perdia a coragem no meio do caminho. Decidi encorajá-la.

- Diz... – eu disse, bebericando meu café, que havia acabado de chegar.
- Er... Eu não tenho certeza se devo, ou posso fazer essa pergunta... – ela disse incerta.
- Você só saberá se tentar. – eu disse, erguendo as sobrancelhas.
- Bom, você e a Demi... É, ainda estão juntos? – ela perguntou, mordendo o lábio inferior ao terminar.
- Não. – respondi simplesmente e Ashley abriu a boca em forma de “Oh!” em reação a minha resposta.
- Desculpa, Joe. Eu estraguei a sua vida... – ela disse, com o olhar triste.
- Tá tudo bem. É passado... – eu disse, maneando a cabeça em negação.
- Você é especial, Joe. – ela disse sorrindo verdadeiramente. – Tem um coração de ouro e merece ser muito feliz!
- Obrigado, de verdade! – eu disse sorrindo sinceramente.
- Foi bom rever você. – ela disse e se despediu de mim com um aceno.

Fiquei pensando nesse reencontro, tão inesperado e pensei em tudo o que passei em minha vida. Muita coisa mudou desde que me mudei para aquela casa. Mais de quatro anos depois, jamais imaginaria estar aqui. Sócio de uma das empresas mais importantes dos Estados Unidos e, mesmo assim, morando na mesma casa.

Muitos me perguntavam o por  quê de ainda morar ali, de não ter me mudado para uma casa maior e em um bairro mais luxuoso. A resposta: Eu simplesmente não conseguia. Eram muitas lembranças, muitos momentos vividos ali para serem deixados para trás. Sem contar o fio de esperança que ainda percorria meu corpo, toda a vez que olhava para a casa ao lado, ou passava pela sala de balé, que há muito não era aberta.

Saí da Starbucks e dirigi até o escritório. Para a minha surpresa, Alice e os demais funcionários me esperavam com um bolo e alguns petiscos. Uma espécie de aniversário surpresa.

- Alice, que isso? Não precisava... – eu disse, enquanto recebia um abraço caloroso dela e um embrulho pequeno e retangular em minhas mãos.
- Claro que precisava! Graças a você essa empresa é o que é hoje! – ela disse sorrindo. – E além de um funcionário exemplar é um amigo muito estimado!
- Obrigado. Você também é uma grande amiga. – eu disse sorrindo.
- Vamos! Abra logo o presente. – ela disse, animada.
- Ok... – respondi e abri o embrulho em minhas mãos, revelando uma linda caneta dourada com um pequeno cristal cravejado em seu prendedor. – É linda! Nossa... Você realmente me conhece!
- Claro que sim e sei que essa caneta ainda assinará vários contratos importantes. – ela disse e passou as mãos em meus braços em uma carinho amigável.
- Deus te ouça! – eu disse e sorri.

Depois de comermos e conversamos um pouco, voltamos ao trabalho. Durante o dia, recebi várias ligações que me deixaram muito felizes. Minha mãe, meu pai, Nick e até Kevin me desejaram parabéns.

O dia de trabalho foi tranquilo e quando a tarde caiu já estava a caminho de casa. O trânsito, típico desse horário, não conseguiu tirar a alegria de dentro de mim. Muitos dizem que depois de um tempo, não e mais a mesma coisa comemorar aniversários, e eu até concordo, mas ter a sensação que, pelo menos em um dia do ano as pessoas se lembram de você e se importam em te ligar apenas para dizer parabéns, é muito gratificante.

Já passavam das sete quando, finalmente, consegui chegar em casa. Estacionei o carro e caminhei em direção a porta, mas o carro dos Lovato parando em frente a casa deles me chamou atenção. Decidi parar para cumprimentar.

Eddie saiu do carro e logo em seguida, do lado do carona, Dianna também surgiu, sorrindo. E então, a porta traseira do lado do motorista se abre e de lá surgi o mais belo e mais inesperado presente.

- Demi? – indaguei em um misto de surpresa e felicidade.

Ela sorriu para mim e foi como se meu mundo girasse e o chão sumisse em baixo dos meus pés. Ela estava mesmo de volta? Ou era um sonho, como tantos outros que já tive?

- Minha princesa voltou, Joe! – Eddie respondeu minha pergunta, sem nem ao menos saber.
- Ela não está linda? – Dianna perguntou enquanto acariciava os cabelos da filha.

Eu não conseguia formular uma resposta. Eu mal conseguia me mover! Tinha os olhos vidrados no dela que me encaram do mesmo modo.

- Quanto tempo, não é mesmo, vizinho? – ela disse com aquele tom sexy que eu adorava e que fazia cada pelo do meu corpo se arrepiar.

E então, por um instante, tudo pareceu voltar ao normal. Como se nada tivesse, realmente, mudado. Ela estava ali. Eu estava ali. E tudo agora parecia fazer sentido.


Continua...



n/a: Oiiieeee!!! :DD Posso dizer? AMO esse capítulo! *-* Escrevi ele super facilmente, como se ele fluísse por conta própria, sabe?! Os próximos capítulos também serão lindos, afinal, serão os últimos :(( Mas então... Demi is back!! Quem sabe o que vai acontecer agora? Só tem mais dois capítulo o 32 2 0 33 e o epílogo e então, acaba... espero que gostem do final! ;) É isso amores, COMENTEM MUUUITO e até o próximo! ;) Bjus! :***


n/a Especial: Quero agradecer a Flavinha *-* (link do blog dela Jemi Fan Stories) e o blog Jemi Histórias (desculpa, eu não sei o nome da dona :c) que me deram esse selinho, mas como eu já repassei, estou só agradecendo! ;) Muito obrigada, lindas! :**



*O título é um trecho da fofa e linda música, Lovebug, dos meus maridos, Jonas Brothers e sua tradução é: Agora Estou Mudo No Limite, Sem Fôlego.



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11 de janeiro de 2013

Divulgação especial! :)

Amores, esse post é para uma divulgação mais do que especial do Blog da Thalya que eu sigo, leio e AMOOOO!!! A fic é linda, super bem escrita e envolvente! Eu estou viciada nessa história e recomendo muito!! Sem contar que a autora é uma fofa que sempre me apoia e eu devo isso a ela! Então, sigam e amem o blog dela. Vocês não vão se arrepender!!! :DDD

Link do blog: I'm with you

Capítulo 30 - I'm Better, So Much Better Now.


Abri meus olhos para mais um dia de que chegava. Os raios de sol iluminavam meu quarto, trazendo uma atmosfera alaranjada para o ambiente. Espreguicei-me, ainda deitado em minha cama, retorcendo o lençol que me cobria. Sentindo-me novo, pus-me de pé e caminhei até o banheiro. Depois de uma boa chuvarada, desci para a cozinha pronto para o meu café da manhã.

Era uma típica manhã de domingo e eu estava com a agenda cheia. Começaria com uma corrida pela praia com Nick, depois um almoço com minha mãe e terminaria o dia com Mandy, que há dois meses ocupava o lugar de namorada em minha vida.

Já fazia três meses desde que a encontrei naquela noite e então trocamos telefones e voltamos a nos falar e sair juntos. Não demorou muito para que eu assumisse nosso relacionamento. Eu me sentia bem, Mandy me fazia bem, e nesses últimos meses estava feliz, como há tempos não era. Parecia que, finalmente, eu havia conseguido seguir em frente.

O que não significava que eu não pensava mais em Demi, mas a frequência com que isso acontecia havia diminuído. Eu ocupava minha cabeça com outras coisas. Reaproximei-me de minha família, saía mais com meu irmão e, claro, tinha Mandy também.

Terminei meu café no extao momento em que a buzina soou do lado de fora. Era Nick. Peguei minha carteira e as chaves, saindo, em seguida. O sol parecia brilhar mais intensamente agora e me arrependi por não ter me lembrado dos óculos escuros.

- Esqueceu-se dos óculos, não foi? – Nick disse assim que entrei no carro. – Como eu havia imaginado...

Meu irmão abriu o porta-luvas e retirou de lá um estojo, entregando-o para mim.

- O seu problema é me conhecer bem demais... – disse rindo e colocando o Ray Ban de armação prata que ele havia me entregado.
- É pra isso que servem os irmãos... – ele disse dando de ombros.

Levamos uns vinte minutos para chegar na praia. Corremos por quarenta minutos com pequenos intervalos. Paramos em um quiosque para comprar água e voltamos para o carro. O destino agora era a casa de nossa mãe e só de pensar no almoço que me esperava, minha boca salivava instantaneamente.

- Como está com a Nicole? - perguntei, mas para puxar assunto.
- Voltamos. - ele respondeu com um sorriso no rosto. 
- Vocês parecem um ioiô. - eu disse, rindo brevemente.
- Nem vem, estávamos separados antes mesmo daquele dia na boate, voltamos só agora... - ele disse tentando se defender.
- Se você diz... - eu disse dando de ombros e rindo.
- E você? Como está com a Mandy? – Nick perguntou durante o caminho.
- Indo... – respondi vagamente.
- Você não a ama, não é?! – meu irmão me perguntou olhando de relance para mim.
- É complicado... – comecei – Eu gosto dela, da companhia e de tudo o mais... nosso relacionamento me faz bem, mas...
- Mas você não a ama. – dessa vez não era uma pergunta.
- Acho que não sou mais capaz de amar. – disse soltando um suspiro alto.
- Está enganado, meu irmão. – Nick disse e parou o carro, podendo olhar para mim antes de continuar. – O problema é que você ainda ama. A Demi.

Essas palavras me fizeram tremer. Há muito tempo que eu não escutava o nome dela, ele vivia apenas em minha mente, em minhas lembranças... Sacudi a cabeça em negação e saí do carro, caminhando a passos largos até a porta da frente da casa onde cresci.

- Ei, Joe, espera. – Nick chamou – Não queria te deixar chateado, nem nada, mas...
- Tudo bem, Nick... Só não toca nesse assunto de novo, ok?! – eu pedi e o vi balançar a cabeça em consentimento.

Entramos em casa e fomos direto para a cozinha, de onde já podíamos sentir um cheiro maravilhoso de comida caseira. Todos estavam em casa, até Kevin e sua esposa, Danielle, estavam lá. Era muito bom poder estar em família novamente.

Depois do almoço inigualável de Dona Denise, pedi para me Nick me deixar em casa, afinal eu ainda tinha que sair com Mandy.

Ao chegar em casa, fui direto para o banheiro tomar um banho. Uma chuveirada era tudo que eu precisava para relaxar um pouco. Depois disso, saí do banheiro e coloquei minha boxer. Ainda estava cedo, então eu tinha tempo para revisar umas coisas do trabalho.

Peguei minha pasta em cima da cadeira e coloquei em cima da cama, mas ao tentar abrir, vi que o botão estava emperrado. Tentei forçar, em vão, consegui apenas um corte no dedão que fez o sangue escorrer por minha mão.

- Droga... – xinguei baixinho, caminhando em direção ao banheiro.

‘Eu tinha uma caixinha de primeiros socorros por aqui em algum lugar’ pensei, enquanto abria todas as gavetas do armário do banheiro. Encontrei a pequena caixa branca com uma cruz vermelha na última gaveta e ao retirá-la encontrei algo que fez meus joelhos cederem e eu cair sentado no chão.

A foto de Demi, que por muito tempo ficou pendurada no espelho desse mesmo banheiro e que eu havia escondido depois que cheguei de Londres, estava ali. Olhando para mim. Peguei a foto com cuidado e encostei as costas na parede fria atrás de mim.

O aperto em meu peito se fez presente de novo e a saudade parecia ter voltado mais intensa do que nunca. Os olhos dela naquela foto pareciam tão sinceros e tão penetrantes, como se estivesse realmente olhando para mim.

Ouvi meu celular tocar, mas não movi um músculo para atender. Devia ser Mandy e ela era a última pessoa com quem queria falar agora. Nesse instante decidi não mais sair de casa. Ficaria ali, só eu e ela, mesmo que em uma foto. Como nos velhos tempos. Porque sim, ela sempre estaria presente em minha vida. Mesmo depois de tudo, mesmo depois de tantas decepções eu ainda tinha muito dela em mim.*


Continua...


n/a: Lindas, eu tô triste :( a fic está na reta final e eu só tive 10 comentários no capítulo anterior :'(((( isso me desmotiva e reflete nos capítulos que escrevo! Tipo esse que, além de pequeno, está horrível! Eu só postei em consideração aquelas leitoras que sempre estão aqui e merecem ter os capítulos, mas eu peço: Por favor, COMENTEM!!! É muito importante para mim tá?! Bem, no capítulo anterior recebi alguns questionamentos sobre o Nick ter ficado com uma menina e, realmente, eu me equivoquei em fazer isso, mas já consertei esse pequeno errinho :) Obrigada a quem notou e me avisou tá?! De coração e podem fazer isso sempre que encontrarem algum erro! u.u No mais, é isso... Beijos e até a próxima!



*O título do capítulo é um trecho da música Chasing The Sun dos lindos e talentosos meninos do The Wanted e sua tradução é: Estou melhor. Muito melhor agora.
*Essa frase foi inspirada na música My Immortal da banda Evanescence.


COMENTÁRIOS RESPONDIDOS AQUI!


***DIVULGAÇÕES***

8 de janeiro de 2013

Selinhos e Divulgações! :D

Quero agradecer aqui as lindas Thalya Santos, dos blogs I'm not a normal girl e I'm with you, e a Fernanda, do blog Jemi - Try Again, que me deram esse selinho! *.* Obrigada pelo carinho meninas! :**

Vamos lá então:



Repassando para:
1 - Together


Perguntas:

1 - Qual é o seu signo? Aries

2 - Do que você mais gosta da sua aparência? Eu vivo uma relação de amor e ódio com meus cabelos, mas, na maioria do tempo, eu os amo.

3 - Qual foi o seu maior mico? Com certeza entrar em um carro achando que era o do meu pai quando na verdade era um estranho. -.- horrível...

4 - O que te deixa com raiva? É bem difícil me deixar com raiva, mas, em suma, distorcer o que eu digo me deixa com muita raiva.

5 - Qual que é a sua melhor qualidade e defeito? Minha maior qualidade é ser paciente e meu maior defeito e ser passiva demais.

6 - Qual o assunto predileto da sua turma? Depende... Falamos muito sobre videogames, filmes, séries... essas coisas... :D

7 - Pratica Esportes? Seu preferido? Não. Natação.

8 - Que estilo de pessoa te chama atenção? Gosto de pessoas descoladas, não sou preconceituosa pra fazer amigos, mas sempre reparo muito no estilo da pessoa, acho que por gostar bastante de moda, pessoas estilosas chamam minha atenção.

9 - Qual a sua música favorita? E sua banda?  tenho uma infinidade de músicas que AMO, mas vou colocar aqui meu vício do momento que é Shane a Light do McFLY. *.* Jonas Brothers e McFLY.

10 - Qual é o filme de sua vida? Saga Harry Potter *------------------------* 


Agora, três fato sobre mim:

1 - Sou viciada em leitura. Atualmente leio mais de 30 fics e ainda estou lendo a trilogia dos Jogos Vorazes. u.u

2 - Sou chocólatra. Compulsiva. 

3 - Tenho vontade de dar palestras sobre minha experiência na reabilitação e ajudar pessoas a superarem, assim como eu venho superando todo o dia. 


****DIVULGAÇÕES****


Capítulo 29 - Nobody's Home.


Oi, amores! Hoje a música será essa e vocês podem colocar pra tocar agora, já no início do capítulo! ;)

***

Nunca pensei que voltar pra casa seria tão ruim. Mesmo com zeros a mais na minha conta bancária, mesmo amando o lugar onde eu morava, mesmo sabendo que era o certo, nada disso me reconfortava. De que adiantava estar em casa, se ela não estava lá?

Foi decepcionante abrir a porta da frente e deparar-me com a casa vazia, exatamente como estava minha vida naquele momento. Não havia ninguém ali, ninguém com quem compartilhar minhas experiências, ninguém com que conversar, nem ao menos em quem descontar toda essa minha mágoa e tristeza. Eu estava completamente sozinho.

You say you wander your own land
(Você diz que perambula em sua própria terra)
But when I think about it I don't see how you can
(Mas quando eu penso nisso eu não vejo como você pode)
You're aching, you're breaking
(Você está sofrendo, você está quebrando)
And I can see the pain in your eyes
(E eu posso ver a dor em seus olhos)
Says everybody's changing and I don't know why
(Diz que todo mundo está mudando e eu não sei por quê)

Adentrei a casa e fechei a porta atrás de mim, joguei minha mala e as chaves do carro no sofá e me arrastei até a cozinha. Senti-a péssimo, acabado, como se um caminhão carregado com areia tivesse passado por cima de mim... Várias vezes!

Abri a geladeira e tirei de lá uma garrafa com suco, despejei o líquido laranja em um copo e o tomei, sentindo-o umidificar minha boca e proporcionar uma sensação boa de satisfação. Repeti o ato, sem pensar muito, concentrar-me no suco e em como ele agia em mim, fazia-me esquecer do que ocupava minha cabeça e, nem preciso dizer, vocês já devem saber quem a ocupava. Sempre ela!

So little time
(Tão pouco tempo)
Try to understand that I'm
(Tente entender que eu estou)
Trying to make a move just to stay in the game
(Tentando fazer um movimento só para continuar no jogo)
I'm trying to stay awake and remember my name
(Eu tento ficar acordado e lembrar meu nome)
But everybody's changing and I don't feel the same
(Mas todo mundo está mudando e eu não sinto o mesmo)

Demi não entrou em contato comigo depois que saiu do hotel, nem eu tive a sorte de encontrá-la por coincidência novamente. Durante toda a viagem, minha vontade era que aquele avião caísse, com certeza a dor de morrer seria menor que a dor que se instalou em meu peito desde que perdi a sensação dela em minha pele.

Com a maior dificuldade do mundo, subi as escadas, jogando as peças de roupa que tirava do meu corpo pelo caminho. Ao chegar no banheiro, já estava apenas de boxer, fechei a porta e olhei-me no espelho e nem sequer reconheci aquele homem no reflexo. Não era eu, aquele li no espelho estava bem longe de ser o Joseph Jonas que existiu a mais de dois anos atrás, antes de tudo, antes de eu quase casar, quase ser pai, quase ter Demi pra mim... Antes de eu quase ser feliz.

You're gone from here
(Você se foi daqui,)
Soon you will disappear
(logo você irá desaparecer)
Fading into beautiful light
(Sumindo em uma luz bonita)
Cos everybody's changing and I don't feel right
(Porque todo mundo está mudando e eu não me sinto bem)

Passei as mãos pelos cabelos e joguei um pouco de água no rosto, tirei a peça de roupa que faltava e entrei em baixo do chuveiro, deixando a água fria cai sobre mim, massageando, de forma quase dolorida, minha pele. Então, como uma luz que se acende, a realidade me arrebatou e me vi completamente sozinho.

Levei as mãos ao rosto no momento em que as primeiras lágrimas começaram a descer, confundindo-se com a água que caia do chuveiro. Parecia patético um homem de 27 anos chorar feito um bebê, mas eu não me importava. Precisava por aquilo pra fora, antes que me sufocasse por dentro.

So little time
(Tão pouco tempo)
Try to understand that I'm
(Tente entender que eu estou)
Trying to make a move just to stay in the game
(Tentando fazer um movimento só para continuar no jogo)
I'm trying to stay awake and remember my name
(Eu tento ficar acordado e lembrar meu nome)
But everybody's changing and I don't feel the same
(Mas todo mundo está mudando e eu não sinto o mesmo)

Eu não tinha mais ninguém em minha vida, não tinha Ashley, não tinha Demi... Que perspectiva de vida eu teria dali em diante se eu não conseguia tirar Demetria da minha cabeça! Como seguir em frente como ela pediu? Como fingir que não sinto nada, quando na verdade tudo o que eu mais queria era tê-la aqui comigo? Como ser feliz, sem o único motivo de felicidade que meu coração reconhecia?

Senti meus joelhos cederem e me vi sentando no chão com a água caindo sobre mim. Queria poder ficar ali para sempre. Na segurança da minha casa e no conforto do piso do meu banheiro com a terapêutica água sobre a minha pele.

So little time
(Tão pouco tempo)
Try to understand that I'm
(Tente entender que eu estou)
Trying to make a move just to stay in the game
(Tentando fazer um movimento só para continuar no jogo)
I'm trying to stay awake and remember my name
(Eu tento ficar acordado e lembrar meu nome)
But everybody's changing and I don't feel the same
(Mas todo mundo está mudando e eu não sinto o mesmo)
Oh, everybody's changing and I don't feel the same
(Oh, todo mundo está mudando e eu não sinto o mesmo)

Perdi a noção das horas e quando dei por mim, minha mão já estava completamente enrugada. Levantei-me e fechei o chuveiro, pegando a toalha em seguida e enrolando-a em minha cintura saindo do banheiro em seguida.

Já no quarto sentei-me na cama e fitei a parede branca como se fosse a coisa mais interessante do mundo e me perdi em pensamentos, como se estivesse em um mundo paralelo, até que, não me pergunte como, caí em um sono profundo.

Estava em uma sala muito clara por causa dos fortes raios de sol que entravam pelas grandes janelas que rodeavam o cômodo, não havia móvel, apenas o chão perfeitamente encerado e brilhante. Eu estava sozinho.

Comecei a andar pelo lugar, que era grande pra uma sala comum, parecia mais um salão. Avistei, do meu lado esquerdo, uma grande porta de vidro e atrás dela, eu podia ver nitidamente, estava Demi. Vestida com suas roupas de balé e fazendo aqueles movimentos graciosos que a faziam parecer um anjo. Os raios de sol a deixavam com uma espécie de aura ao redor, reforçando a imagem angelical que ela tinha.

Fiquei ali, parado, observando cada detalhe, cada gesto, até que Demi levantou o olhar e encontrou os meus pelo reflexo do espelho e sorriu, fazendo-me retribuir o gesto. Mas quando pensei em avançar, abrir a porta de vidro que nos separava, percebi a sombra de alguém atrás de mim, alguém que não apareceu no reflexo do espelho.

Virei-me para trás e percebi que Jay avançava sorrindo e que o sorriso de Demi era para ele. Jay levou a mão até a maçaneta da porta, passando por mim como se não estivesse ali, atravessou a sala e foi de encontro a minha garota que o recebeu com um beijo.

Aquela cena me desesperou, fazendo-me sair do estado de paralisação e ir até a porta, mas ela não abria. Olhei para os dois que estava lá dentro e percebi que o beijo havia sido aprofundado. Continuei a forçar a porta sentindo o desespero crescer em mim. Eu precisava tirar Demi dali.

A cena continuou e fitei, aflito e apoderado de um ódio eu nem eu sabia que podia sentir, o cara descer a blusa de Demi até a altura da barriga e começar a massagear os seios dela. Senti uma repentina ânsia de vômito enquanto começava a chutar a porta que parecia feito de um vidro inquebrável.

Eu gritava o nome dela com toda a minha força, mas minha voz não saía, batia na porta e chutava, porém eram como baques surdos. Enquanto me desesperava do lado de fora, lá dentro os dois estavam quase nus e se agarravam de um jeito violento. As lágrimas de raiva e repúdio começaram a surgir em meus olhos ao ver Demi, minha Demi naquela cena grotesca.

Uma música que eu conhecia começou a tocar ao fundo, mas ela destoava completamente da cena. Olhei ao redor para ver se encontrava de onde vinha a melodia, mas não encontrei nada. De repente, senti-me sendo puxado dali, e vi Demi desaparecer da minha visão.

Então, acordei com o som do celular, estridente, vindo de algum lugar do chão. Abri os olhos e senti meu coração pulsar como louco dentro do peito. O sonho ainda recente em minha memória. Toquei em meu rosto e senti o suor que escorria de minha testa e vi que ela se misturava com as lágrimas em minhas bochechas.

Levantei meu corpo na cama e demorei alguns minutos para lembrar que devia procurar meu celular. Cambaleei até onde estava minhas calças e peguei o aparelho dentro do bolso. Antendi sem nem ao menos ver quem era.

- Alô. – eu disse com a voz arrastada.
- Bro? Acordei você? – era a voz de Nick do outro lado da linha.
- Sim, mas, acredite, me fez um grande favor. – eu disse caminhando de volta a cama e sentando-me nela.
- Pesadelo? – ele perguntou meio sem jeito.
- Foi... E o pior que é daqueles que perece bem real. – eu disse, passando as mãos pelos cabelos.
- Nossa... Sei como é... – ele disse com a voz longe.
- Ok, mas você não ligou apenas para me acordar, certo?! – eu disse tentando mudar de assunto.
- Não cara, liguei pra te convidar a ir comigo em um lugar novo que inaugura hoje, topa? – ele perguntou animado.

Eu pensei por alguns instantes e, sem que eu pedisse, é claro, as imagens de Demi nua nos braços de outro fizeram meu coração doer, mas enxergar a realidade. Ela estava com ele nesse momento e enquanto eu chorava e me martirizava por tudo, ela estava transando com ele em algum lugar de Londres. Não era justo.

- Joe? Ainda tá aí? – Nick me chamou depois de eu ter ficado um tempo em silêncio.
- Tô sim cara e sim, eu vou com você! – respondi pondo-me de pé e caminhando até o armário, sentindo-me mais confiante do que há poucos horas atrás.

Despedi de meu irmão e comecei a trocar de roupa, em menos de vinte minutos estava pronto e depois disso, passaram-se no máximo dez minutos até Nick chegar. Antes de sair de casa prometi a mim mesmo que não me sentiria culpado por nada, nem tão pouco preso a um sentimento que, pelo visto, apenas eu continuava a cultivar. Essa noite o Joe que eu abandonei em algum lugar lá do passado, estaria de volta.

Chegamos ao local e tudo me parecia tão absurdamente novo. Como se a muito tempo eu não me sentisse bem em fazer algo e esse sentimento de diversão e ansiedade fez-me sentir um adolescente outra vez.

Dentro do local, muitas pessoas dançavam e bebiam, espalhadas pelo salão ou em mesas redondas em cores berrantes e feitas de acrílico. Caminhei com Nick até o bar e ocupamos dois bancos próximos ao balcão, onde pedimos nossas bebidas.

- Então? Como foi a viagem? – Nick perguntou, sem olhar diretamente pra mim.
- Normal. – disse dando de ombros.
- Apenas normal? – ele insistiu.
- Eu encontrei com ela. – disse, por fim, depois de um longo suspiro. – Ela está mesmo namorando e aparentemente melhor sem mim.
- E você? – ele disse, dessa vez me encarando.
- Eu o quê? – perguntei, mirando a bebida que o barman acabava de por em minha frente.
- Está melhor sem ela? – Nick perguntou, antes de virar a garrafa de cerveja.
- Vou ficar, a partir de hoje. – disse e bebi minha cerveja.

Ficamos conversando, bebendo e vendo a movimentação na pista de dança. Nick já estava com uma menina do lado e eu me sentia cada vez mais patético por não me sentir atraído por nenhuma das centenas de mulheres que rebolavam na pista.

Pedi licença e fui ao banheiro, mas assim que cheguei na porta, uma mulher tropeçou e quase caiu, mas eu a segurei.

- Opa! Essa foi quase... – ela disse sorrindo e levantou os olhos para me olhar. Foi quando a reconheci.
- Mandy? – perguntei e ela franziu a testa.
- Como sabe meu nome? – ela perguntou meio assustada.
- Não se lembra de mim? Joe, da faculdade! – eu disse e ela começou a olhar mais de perto para mim.
- Oh meu Deus! Joe é você? – ela disse e jogou-se em meus braços em um abraço apertado.

Mandy e eu éramos amigos na faculdade, daqueles que não se largam por nada e são como irmãos. Nunca tivemos nada de romântico, mas sempre a achei linda. Depois que acabamos o curso, Mandy teve que mudar de estado e então perdemos contato. Mal podia acreditar que a estava vendo depois de tanto tempo.

- Nossa, como você mudou! – ela disse, agora tocando em meu rosto e me fazendo rir.
- Você também mudou, está mais bonita! – eu disse e ela me deu um tapa no braço. Típico.
- E Ashley? Ainda estão juntos? – ela perguntou colocando as mãos na cintura.
- Hmm, longa história, mas se você aceitar sentar-se comigo eu conto tudo o que aconteceu comigo nesses últimos anos. – eu disse e estendi o braço para que ela pegasse, o que Mandy fez sorrindo.

Fomos até onde Nick estava, mas ele já havia saído dali. De certo foi para um lugar mais reservado com a tal mulher. Comecei a contar para Mandy todos os acontecimentos dos últimos anos, inclusive sobre Demi. Isso fez-me sentir bem, como há muito não sentia.

Algo me dizia que, agora, tudo estava certo. Eu estava seguindo meu caminho e reencontrar com Mandy me fez acreditar, ainda mais, que o velho Joe estava de volta e, junto com ele, minha felicidade. 


Continua...


N/a: Heeeeeeeey todo mundo!!! :)) Como estão? Espero que bem :) Capítulo que começa depressivo, mas tem uma reviravolta no fim né?! O que acharam? Joe chutou a depressão pra longe e foi ser feliz!! \o/ #amo Lindas, como já disse antes, a fic está no fim, mas peço que continuem comentando ok?! Nem preciso dizer que vocês são meu combustível né?! :D É isso, amores... Aproveitem o capítulo e até a próxima! Bjs! :**


*O título do capítulo é o nome de uma música, perfeita, da, também perfeita, Avril Lavigne e sua tradução é: Ninguém está em Casa. 


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4 de janeiro de 2013

Capítulo 28 - It's Like I'm Walkin' On Broken Glass.


Acordei com os raios de sol batendo em meu rosto, as cortinas balançavam com o vento e uma brisa suave adentrava ao cômodo. Sorri pela sensação de plenitude que meu corpo estava experimentando. Abri os olhos levemente, ao mesmo tempo em que joguei meus braços para o espaço ao meu lado. Não encontrei nada. Despertei em um estalo pelo susto. Onde estava Demetria?

Levantei-me da cama e procurei minha boxer, que estava jogada próxima à poltrona do quarto. Andei pelo cômodo e procurei por toda a parte, nenhum sinal dela. Ela tinha mesmo ido embora? Caminhei de volta para cama e senti o vento acariciar minha pele novamente, fazendo com que eu desviasse minha atenção para a sacada.

Meu coração pareceu saltar e meu sorriso, de alívio, confesso, foi quase instantâneo. Ela estava lá, com uma das minhas camisas de botão, debruçada na sacada, seus cabelos dançavam no ritmo do vento e, eu podia ver em seu perfil, que ela estava de olhos fechados. A visão mais linda que meus olhos já viram. 

Aproximei-me com cuidado e a abracei por trás, fazendo-a sobressaltar pelo susto. Demi abriu um sorriso ao me ver, gesto esse que imitei sem hesitar. Selamos nossos lábios de maneira calma, apenas para aproveitar. Eu mal podia acreditar que isso estava mesmo acontecendo. Depois de dois anos, ela estava ali, em meus braços.

- Senti tanto sua falta... – falei baixinho no ouvido dela.
- Foi por isso que veio até aqui? – ela perguntou no mesmo tom.
- Na verdade não... – eu respondi sorrindo e afastando-me um pouco para que pudesse a olhar nos olhos. – Vim a trabalho.
- Então o que estava fazendo em pub, senhor trabalhador... – ela disse com olhar inquisidor.
- Não tinha nada pra fazer, resolvi me distrair... – respondi dando de ombros.
- Quando volta? – perguntou de modo mais sério.
- Amanhã à noite. – respondi no mesmo tom de seriedade.

O silêncio ocupou o lugar e chagava a machucar nossos ouvidos, mas todas as palavras que foram omitidas, puderam ser lidas em nossos olhos. Demi me abraçou forte e eu retribui do mesmo modo. Era bom demais tê-la ali... Bom demais para ser verdade...

- Vem, vamos pedir nosso café da manhã. – eu disse puxando-a pela mão.

Não demorou muito para chegar. Comemos em silêncio. De certa forma estávamos desconfortáveis um com o outro. Tanta coisa aconteceu nesse tempo em que estávamos separados, tantas coisas mal resolvidas e tantas perguntas que deviam ser respondidas... Esperávamos só a oportunidade certa.

Terminei de comer e fiquei observando a garota a minha frente, melhor, a mulher a minha frente. Demi havia crescido e não só aparentemente, tenho certeza que ela deve estar mais madura do que sempre foi. Continuava linda! Cada traço, perfeitamente desenhado, do rosto dela, o jeito delicado de se portar, de falar... Perfeita como sempre! Não pude evitar o sorriso que se formou em meus lábios enquanto a admirava.

- O que foi? – Demi perguntou meio sem graça.
- Nada. Apenas olhando... – eu disse, ainda com o sorriso bobo no rosto.
- Tá me deixando sem graça assim. – ela disse, corando levemente.
- Não acredito! Demetria Lovato com vergonha?! – exclamei em um tom de surpresa exagerada, fazendo-a rir. – Londres opera milagres, por acaso?
- Para com isso, Joe! – ela disse entre risos.
- Repete... – eu pedi, fazendo-a parar de rir e me olhar confusa.
- O quê? – ela perguntou, unindo as sobrancelhas em sinal de dúvida.
- Meu nome. – respondi, olhando intensamente para os olhos dela.
- Joe! – ela disse sorrindo.

Fechei os olhos e respirei fundo. Deus, como eu havia sentido falta disso! Como havia sentido falta dela! Minha Demi! Levantei, calmamente, e fui até ela, estendi minha mão em sua direção e a puxei para cima, colando-a em meu corpo. Demi pareceu fraquejar com nossa proximidade, pois se agarrou firmemente em meus braços.

Nosso contato visual era intenso e dizia muita coisa. Levei minha mão até seu rosto e o contornei com a ponta dos dedos e a vi fechar os olhos lentamente. Com o dedo indicador, desenhei o contorno dos lábios rosados e entreabertos de Demi, fazendo suspirar pesadamente. Com a outra mão pousada em sua cintura a puxei para mais perto, fazendo, assim nossos corpos quase fundirem-se.

- Você tem noção do quanto senti sua falta? – perguntei em sussurros, próximo à boca que eu mais desejava no mundo.
- Deve ter sido tanto quanto eu... – ela respondeu, ainda de olhos fechados e em um sopro de voz.
- Acho difícil... – eu disse e Demi abriu os olhos e franziu o cenho.
- Por que? – ela perguntou. – Acha que não senti sua falta?
- Não é bem assim, é só que... Bom, não fui eu quem escolheu passar por isso. – soltei, um pouco mais sério.

Senti Demi afastar-se de mim e me olhar de um jeito diferente. Um misto de dúvida, tristeza e incredulidade. Mas o que eu havia falado demais? Era a mais pura verdade. Foi ela quem escolheu me esquecer, terminou tudo por um e-mail, me apagou do mundo dela e curtiu feliz sua estadia em Londres enquanto eu definhava por ela lá nos Estados Unidos.

- Você fala como se pudesse ter sido diferente, foi você quem me deixou vir, esqueceu? Bastava uma palavra sua e eu teria desistido de tudo pra ficar com você! – ela exclamou de um jeito magoado.
- Eu não podia na época, você sabe! Eu pensava que o filho que a Ashley esperava fosse meu! Não podia abandonar meu filho! – disse em tom de obviedade, cerrando os olhos.
- Mas e depois, me fez acreditar que poderíamos ficar juntos, mesmo longe e que me esperaria voltar, mas não foi bem isso que aconteceu! – ela disse, colocando as mãos na cintura.
- Como não foi? Demetria, eu te espero há DOIS ANOS! – eu vociferei, quase com raiva.
- Bela maneira de esperar, saindo com toda a população feminina da nossa cidade! – ela disse irônica.
- Olha quem fala! Não fui eu quem enviou um e-mail pra você, dizendo que estava namorando outra! – disse tão irônico quanto ela.
- Fiz isso por você! – ela praticamente gritou a frase.
- Por mim? Por favor, Demetria, você ofende minha inteligência assim! – exclamei, passando as mãos pelos cabelos, nervoso.
- Pensei que ficaria melhor sem mim. – ela disse em tom mais baixo.
- Como pode pensar uma coisa dessas? Como pode tomar decisões por mim? – perguntei indignado.

Demi não respondeu nada. Incrível como estávamos tão bem e de repente encontrávamos em meio a uma briga. Necessária, mas ainda assim, uma briga.

- Você não sabe como eu fiquei, você não sabe o que eu sofri, quantas noites passei chorando feito um imbecil naquela maldita sala de balé enquanto você se divertia com seu namorado! – eu disse, liberando toda a mágoa que havia guardado em meu peito.
- Você fala como se tivesse sido fácil pra mim! – ela respondeu, secando algumas lágrimas que rolaram pelo rosto.
- E não foi? Afinal, você ainda está com o cara não é?! Dois anos! – eu disse e senti as primeiras lágrimas darem o ar de sua graça.
- Foi o único modo que achei de esquecer você, de seguir em frente! – ela disse entre soluços.
- Então não me condene por ter feito o mesmo! – respondi de modo sério, quase frio.
- Não estou! – ela gritou e colocou as mãos no rosto para esconder o choro, mas os soluços e o balançar de seu corpo a condenavam.

Por mais que me doesse vê-la daquele jeito, era necessário colocar tudo pra fora, caso contrário, isso acabaria com nós dois.

- Eu amo você! – eu disse em tom mais baixo. - Por Deus, como eu amo você!

Demi tirou as mãos do rosto e me olhou de modo surpresa, como se o que eu disse fosse algum tipo de novidade.

- Mesmo depois de tudo e de tanto tempo, eu amo você! – repeti, abrindo os braços em sinal de rendição.
- Joe... Eu também amo você! – ela respondeu quase sem voz.
- Então... Volta comigo quando eu for embora? – perguntei esperançoso.
- Eu... Não posso... – ela respondeu depois de ponderar por alguns segundos.
- Porque não? – perguntei de um jeito que a fez dar um passo pra trás.
- Meus estudos, Joe... Cheguei à metade agora, não posso simplesmente abandonar tudo! – ela disse de um jeito suplicante. Como se implorasse para que eu a entendesse.

Ficamos em silêncio por algum tempo. Andei devagar até um sofá próximo e joguei meu peso em cima da superfície fofa. Alguma coisa me dizia que estava prestes a perdê-la novamente.

- Acho melhor eu ir embora...- ela disse e caminhou na direção de suas roupas, começando a trocar-se em seguida.

Eu não tinha forças para impedi-la, então só a observei. Quando Demi estava pronta, levantei e caminhei até ela. Era a última tentativa. Abracei seu corpo por trás e soltei minha respiração pesadamente em seu pescoço, fazendo-a fechar os olhos.

- Por favor, não vai embora, fica aqui comigo. – eu pedi baixinho no ouvido dela.
- Pra que, Joe? Pra nos torturarmos mais? – ela disse e virou-se pra mim. – Já não basta toda a tortura pela qual passamos?

Não respondi. Ela estava certa. Eu iria embora no dia seguinte e ela ficaria aqui por mais dois anos. Era demais para nós dois alimentar algo que não iria para frente. Pelo menos não agora...

Demi pegou sua bolsa e caminhou até a saída, parou antes de sair e virou-se pra mim mais uma vez.

- Eu adorei te encontrar. Foi a melhor coisa que me aconteceu desde que cheguei aqui! – ela disse e sorriu tímida.
- Se... Você mudar de ideia... – eu comecei a dizer, mas fui interrompido por ela.
- Não vou mudar de ideia, Joe, não insista! – ela disse decidida – Espero que encontre alguém que te faça esquecer-se de mim ou que pelo menos o ajude a passar pelos momentos difíceis, como Jay tem me ajudado. – ela disse e saiu antes que eu pudesse responder.
- Isso será impossível... – disse para mim mesmo.

Era difícil aceitar que eu a tive e a perdi em um espaço de poucas horas. Deus! Quando isso tudo teria um fim? Quando eu deixaria de amá-la? Quando deixaria de doer tanto? Joguei-me na cama totalmente acabado. Em pensar que eu ainda tinha uma reunião de negócios para enfrentar... Em pensar que esse era o menor dos meus problemas...


Continua...


n/a: Oi linda! :) Amores, mais 6 capítulos e a fic acaba, chorem comigo! :(((( Coisas lindas, desculpem pelo capítulo pequeno, mas eu o escrevi correndo pra postar o mais rápido o possível... :S Espero que tenham gostado! Me digam o que acharam, cometem! O que será que vai acontecer? O que fará esses dois se reaproximarem hein?! Conversem comigo, babies, fico feliz em responder as perguntas de vocês! :)) É isso... Até o próximo post, bjs! :****

n/a Epecial: Ta aí o capítulo, DemiZ, desculpa a demora, amor! Espero que não fique chateada comigo! :(( Bjs! :**



*O título do capítulo é um trecho retirado da música S.O.S dos perfeitos, lindos, gostosos, talentosos, Jonas Brothers e sua tradução é: É Como Se Eu Estivesse Andando Em Vidro Quebrado.